O Agiota

Capítulo 8

- Vai embora, anda! - Disse o recepcionista.

Então ele era do lado de William, eu rapidamente me ajeitei e sai andando como se nada tivesse acontecido. Quando saí do hotel um carro já estava a minha espera, e para minha surpresa era o próprio Levy quem estava dirigindo, e estava só nós dois no veículo.

- Parabéns, se saiu muito bem. Mas dá próxima vez saia rápido do quarto, não fique lá admirando a pessoa morrer.

- Admirando? Eu estava em choque.

- Logo você se acostuma.

- Eu não vou fazer mais isso, você tem seus homens, mande eles fazerem seus serviçinhos sujos.

- Mulher sempre chama menos atenção, a gente não espera que você irá fazer algo criminoso.

- Pelo que eu vejo você já tem dinheiro suficiente, porque não saí dessa vida?

- Quanto mais você tem, mais você quer. Eu não vou abandonar um posto que levei anos para construir, hoje eu sou o homem mais temido do país. - Ele falava aquilo com orgulho, como se fosse o trabalho mais lindo e gratificante do Planeta. - O mundo é dos espertos, Maite, por isso que ele nunca será seu.

Depois daquela infeliz declaração eu não disse mais nada, tudo o que eu queria era estar na minha casa, exercendo minha profissão que levei duros 5 anos para conseguir. Eu estava tão exausta das noites não dormidas, das torturas físicas e psicológicas que eu encostei a cabeça na janela do carro e me permiti adormecer, mesmo estando ao lado do maior psicopata que eu já tinha visto.

Quando chegamos em "casa" fui levada até o quarto que eu havia destruído, mas ele já estava todo em ordem novamente.

- Eu vou te dar mais uma chance de ter um quarto e dormir decentemente, caso quebre um copo que seja eu vou te jogar lá no porão novamente. Estamos entendidos?

Apenas balancei a cabeça em concordância, eu estava tão cansada que apenas queria me jogar naquela cama e ter um segundo de paz que seja.
Foi dada a ordem para Lagarto ficar de segurança na porta dentro do quarto, mas nem me importei ou retruquei, apenas caminhei até a cama e desabei na mesma.