05. "beg her now for one more day."

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Camille não se lembrava de muita coisa. E isso a assustava.

Acordar em um local onde você não se lembra de ter dormido em primeiro lugar, é assustador. E, sinceramente? Um pouco desconfortável.

Piscando diversas vezes e apertando com muito mais força os olhos quando as luzes atingem sua visão, causando uma pontada insuportável em seu crânio, Camille se mexe na cama.

Ela tenta se sentar, mas os diversos fios e IVS conectados a ela, não permitem e uma mão a empurrando gentilmente contra a cama também faz o trabalho de mantê-la parada.

"Não. Você tem que ficar quieta, filha." Tony diz, parado ao lado da cama dela.

Leva alguns segundos para ela entender de quem é a voz.

"Pai?" Ela pergunta, tentando abrir novamente os olhos, dessa vez com mais calma. "O que aconteceu?"

Tony suspira e segura a mão da filha contra a dele. "Você e o Happy sofreram um atentado."

Camille franze os lábios, olhando para o teto.

"eu não... Eu não me lembro."

Tony franze a testa e aperta o botão para chamar o médico. O quarto é invadido por enfermeiras e médicos que correm todos os exames em Camille.

O Stark não sabe o que fazer. Ele se lembrava da noite em que havia recebido o telefone, a preocupação e o desespero o deixaram quase zonzo enquanto se apressava para o hospital.

A garotinha dele estava novamente em uma cama hospitalar.

Aquela noite havia sido uma das piores de sua vida.

Happy havia sido levado às pressas para cirurgia, ele tinha sido o mais afetado pela explosão, usando seu próprio corpo como um escudo para proteger Camille. A adolescente havia batido a cabeça com muita força e tinha algumas queimaduras em suas pernas e braços.

Tony não se lembrava do que os médicos haviam dito. Hemorragia ou talvez inchaço cerebral, a necessidade de cirurgia ou de um dreno caso o inchaço não diminuísse, e havia algo sobre danos cerebrais porque ela não estava conseguindo respirar sozinha, mas os médicos estavam esperançosos de que aquilo era apenas temporário.

Foram 5 malditos dias, mas Camille estava dando sinais de melhora. E ele sentiu que podia respirar ao vê-la abrir os olhos.

"Nós precisamos fazer alguns exames." O neurologista informou Tony ao puxá-lo para o lado de fora do quarto da filha. "Mas ela parece bem."

"Então, ela não teve nenhum dano?"

O médico suspirou, olhando pela janela do quarto. "Ela parece bem, mas ainda precisamos desses exames. Camille não consegue abrir completamente os olhos por sentir muita dor, mas isso já era esperado, ela teve um trauma sério na cabeça e não se lembra completamente daquela noite ou de outras coisas."

Tony passou a mão pelo rosto. Aquilo era um pesadelo.

"Ela está bem, Sr. Stark. Ela estar acordada, ciente de que ano estamos, de quem ela é e de quem o senhor é, já é uma grande vitória."

O Stark assentiu e respirou fundo antes de entrar novamente no quarto da filha.

Camille pareceu perceber a movimentação e abriu levemente os olhos, observando o pai, sorriu.

A enfermeira que estava ao lado da garota acenou educadamente para o homem. "Ok, Camille, vamos te dar um pouco de morfina para ajudar com sua dor."

Tony permaneceu em silêncio e apenas se aproximou mais da cama quando a enfermeira deixou o quarto.

"Como você está se sentindo?" Ele perguntou.

She is a Stark  ▹ TONY STARK DAUGHTEROnde histórias criam vida. Descubra agora