- Querida poderia nos deixar sozinhos por um instante?! Assuntos de família.
– Sofya pediu cinicamente.

- Acho que eu posso participar! – Heyoon contrariou.

- Heyoon, por favor, acho que Sofya e eu temos que falar de negócios. – Pedi acariciando seu rosto, ela assentiu silenciosamente, levantou-se e saiu. 

- Ah Joshua, ela está tão bonita, acho que o divórcio fez bem a ela. – Sofya me torturou assim que Ada deixou a sala. – Talvez você nem a reconhecesse se a visse, ela está mais mulher. – Continuou. – É Josh o que uma escolha errada não faz. – Ela concluiu suspirando. Sofya sempre foi a principal defensora de Any, ela sempre acreditou que minha maior burrada tinha sido o divórcio.

- Que bom para ela. – Dei os ombros.

- Nós conversamos um pouco. – Contou. – Sabe o que eu descobri?! – Sofya fez suspense.

- O que?! – Perguntei tentando disfarçar minha curiosidade, aquelas eram as primeiras notícias que eu tinha dela, depois que nos separamos todos os nossos amigos ficaram do lado dela e me isolaram completamente e por mais que eu soubesse o quanto o divórcio havia a ferido não conseguia entender o porquê nossos amigos tomaram partido dela.

- Ela está C-A-S-A-D-A! – Sofya revelou e eu senti uma fincada no estômago. Eu raramente pensava em Any, eu me sentia um pouco culpado pelo fim do nosso casamento, mas nestes poucos momentos que isso acontecia eu sempre me lembrava de como ela jurava que me amaria eternamente e que eu seria o único homem a toca-la, e agora por mais estranho e egoísta que fosse eu me sentia um pouco traído. – Não casada, casada. – Minha irmã explicou e eu senti uma onda de alívio. Noiva é melhor que casada. – Ela está morando junto. – Sofya contou em tom de provocação, ela sabia que antes de pedir Any em casamento eu tentei convencê-la a morar comigo, mas ela negou, dizendo que achava que morar junto sem casar era inadequado.

- Que bom para ela. – Falei novamente tentando não demonstrar meu orgulho ferido.

- E agora maninho está pronto para admitir que foi um burro?! – Minha irmã interrogou com expectativa.

- Não, porque não foi uma burrice. – Desdenhei. – Ela está feliz, não está?! Eu fiz o certo. – Afirmei convicto.

- Vai, vai acreditando nisso, quando você estiver velho e sozinho vai se arrepender de ter deixado a única mulher que te amou de verdade. – Sofya previu saindo da sala, deixando-me sozinho e afogado em coisas do passado.

O vento fresco da primavera bateu em meu rosto assim que cheguei a minha casa tarde da noite, eu havia permanecido na faculdade até que fosse expulso da biblioteca, o último ano não estava sendo fácil e tudo o que queria naquele momento era descansar.

... - Elly, estou em casa. – Chamei minha esposa, porém não ouvi nada em resposta, provavelmente ela tinha desistido de me esperar e foi dormir. Deixei minhas coisas em um canto qualquer da sala e fui em direção ao quarto tomando cuidado para não fazer qualquer barulho que pudesse acordar Luna. Contudo, ao entrar no quarto fiquei completamente embasbacado ao vê-la em pé com uma perna apoiada na cama segurando uma garrafa de tequila e usando a minha lingerie favorita, a preta com cinta liga.
- Seja bem-vindo ao bar de tequila Any. – Ela falou sorrindo como nunca para depois tentar servir uma dose em um copo que estava sobre sua coxa, porém as coisas não saíram como o planejado e ela desajeitadamente derrubou o copo no chão e a bebida caiu sobre seu corpo. – Droga! Eu treinei tanto! – Protestou infantil e eu corri até ela.

- Deixa que eu resolvo isso. – Falei abaixando e beijando sua coxa extraindo dela cada gota de bebida que havia sido derramada, senti o arrepio percorrer todo seu corpo e seu contorcer sobre meus toques. – Esse é o meu jeito favorito de tomar tequila de agora em diante. – Afirmei olhando em seus olhos e ela me puxou para um beijo apaixonado e repleto de desejo.

Abraça-me {Adaptação)Where stories live. Discover now