Traumas são dificilmente esquecidos ou superados.
Elizabeth Foster, passou por muitos deles. Entretanto, ela não perdeu sua essência de garota doce, o passado lhe mostrou quanto o mundo pode ser cruel e ser quieta era uma das melhores alternativas...
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O ser humano erra e erra várias e várias vezes. Mas eu sempre me perguntei até quando cometeríamos os mesmos erros, quando íamos nos dar conta que isso que você fez ou que está prestes a fazer vai ser o maior erro de todos ou o maior acerto. Não posso falar que sou santa, não, na verdade, nunca fui.
Olhando meu reflexo pelo o espelho do banheiro feminino eu constato que não eu nunca fui perfeita ou santa igual os outros acham. A tentação de fazer algo proibido é mil vezes, melhor do que fazer algo permitido, quando se lê a placa "proibido" tudo fica mais intenso mais perigoso. Com isso eu me lembro dos últimos meses na minha antiga cidade, acho que foi o mês que eu mais fiz besteira em toda a minha vida, não era porque eu queria me mostrar rebelde ou algo do tipo.
Não, era porquê eu podia.
Aliás, não me arrependo. Afinal o inferno que eu vivi desde quando eu tinha oito anos tinha sido preso e eu estava livre. Me lembro que eu saia para festas e ficava bêbada ou dançava até meus pés doerem, me permitir dar o meu primeiro beijo até a minha primeira vez.
Aquilo era liberdade, a liberdade que eu não pude ter ao longo dos anos eu estava aproveitando ali. Então santa? Não mesmo. A única coisa que eu me arrependo daquela fase era deixar minha mãe preocupada pela a hora que eu chegava, mas o resto não. Eu vivi ali um ano perdido da minha adolescência.
Enxugo as mãos e vou para o refeitório, me sento ao lado de Emi que estava extremamente animada e ao lado de Ben que parecia um cachorrinho abandonado pelo fato de seu namorado não ter vindo hoje.
— Por que está tão feliz? — questiono me sentando ao lado da loira que abre um sorriso imenso, mas em vez dela me responder Ben que fala:
— Ah, ela não te contou?
— Contou o quê?
— Adivinha que dia é domingo! — Emi diz eufórica.
— Um domingo normal? — os dois gargalham de mim.
— É halloween!! — respondem em uníssono. Jesus, verdade. Derek havia comentado.
—E como todo o halloween em Town River nossa querida amiga — aponta para Emi que joga os cabelos para trás — Faz a melhor festa de toda a cidade além disso é o seu aniversário. São os dois maiores eventos o Halloween e o jogo no mês que vem tirando o passeio de fim de ano como formatura.
— Por que não me disse que seu aniversário é esse domingo— acuso em choque, ela faz aniversário no dia da bruxas, que peculiar.
— Esqueci. — diz dando de ombros — Mas eu quero os dois e Luca na minha casa para nos arrumarmos.
— Mas sábado tenho que fazer o trabalho com Derek — murmuro baixinho.
— O quê?! — os dois simplesmente dizem em choque, eu não contei sobre os nossos encontros repentinos e nem que ele tem uma irmã, afinal, se ninguém sabe acredito que é para continuar ser assim.
