Traumas são dificilmente esquecidos ou superados.
Elizabeth Foster, passou por muitos deles. Entretanto, ela não perdeu sua essência de garota doce, o passado lhe mostrou quanto o mundo pode ser cruel e ser quieta era uma das melhores alternativas...
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Sentimentos é algo que você simplesmente não pode ignorar.
Por mais que você tente, você vai sempre estará pensando naquela pessoa em especial. O rubor nas bochechas quando ela te elogia, as borboletas na barriga quando ela diz algo, quando sua pele se arrepia somente com um mísero toque. Tudo isso são sentimentos borbulhando pelo o sangue, vários ao mesmo tempo. Amor, desejo, carinho, tristeza, ciúmes, raiva e medo. Tudo isso fica misturado no momento em que você olha para a pessoa que você está apaixonada. Um borrão de sentimentos. Você sente raiva e tristeza pela pessoa.
E isso tudo é perigoso.
Porque sentimentos intensos são sempre perigosos.
Você nem percebe quando cai neles e quando vai ver você está tão fundo que inevitável em que algum momento você se machuque. Se me perguntassem o que eu faria se me apaixonasse eu diria para a pessoa fugir.
Meras ilusões amorosas podem te destruir com uma simples palavra ou com um olhar e até mesmo com um toque. Então eu falaria para a pessoa fugir.
E eu mesma não consegui fugir.
Olho para o seu sorriso largo e para a covinha no lado direito, os cílios são tão longos que quando ele pisca eles roçam levemente em sua bochecha. Os cabelos caem em sua testa e meus dedos coçam para arrumá-los, os olhos escuros estão com um brilho de diversão enquanto o mesmo conversa com o Henry.
Não consegui fugir.
E eu me vejo completamente apaixonado por Derek Turner.
Me lembro de um tempo em que eu achei que eu nunca iria amar alguém profundamente. Me lembro de falar que o amor era uma merda, pois ele só machuca. E eu estava completamente errada. Eu tinha essa ilusão porque uma pessoa plantou essa ideia na minha cabeça. O amor não é uma merda.
Na verdade, ele é uma coisa linda. É bonito, bonito de se ver, bonito de se sentir.
— Ei — Ben aparece em minha frente estalando os dedos, pisco — Vamos antes que os monitores nos vejam.
— Sim, claro.
Percebo que eu estava tão alheia que os meninos estão bons metros na nossa frente. Decidimos fazer as trilhas hoje já que amanhã a noite iríamos embora. Então aqui estamos nós onze da noite, fugindo das cabanas para irmos em uma trilha para ver cachoeiras.
— E se alguém nos ver? — questiono nervosa.
— Ninguém vai nos ver — afirma Emi me lançando um sorriso — As trilhas se fecharam há muito tempo, os monitores não passam mais por aqui.
Olho de esguelha para Ben.
— E por que fechou?
— Alunos iam escondidos para as cachoeiras — ele conta — Fumavam, bebiam, faziam sexo...enfim decidiram fechar.
