Traumas são dificilmente esquecidos ou superados.
Elizabeth Foster, passou por muitos deles. Entretanto, ela não perdeu sua essência de garota doce, o passado lhe mostrou quanto o mundo pode ser cruel e ser quieta era uma das melhores alternativas...
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
ANOS DEPOIS
Pego as sapatilhas amarelas e o all star preto na porta de casa.
— Chloe! — eu chamo enquanto calço a bota preta.
A garotinha de três anos corre em minha direção, seus cabelos pretos voando se destacando pelo macacão vermelho. Ela sinaliza para os pés que estão só com meias e eu calço suas sapatilhas, colocando um casaquinho preto em seu corpo pequeno. Os grandes olhos verdes me encararam e ela sorri, erguendo as mãozinhas para cima.
— Mama, mama. — ela fala com a voz doce e eu pego a minha filha no colo, enquanto destranco a porta de casa.
— A mamãe pegou, meu amor — Chloe sorri e tomba a cabeça para o lado, eu me viro em direção a porta e chamo: — Aaron! Nós vamos chegar atrasados.
O garoto de sete anos desce as escadas correndo, vestindo calça jeans preta e uma blusa cinza escura com uma jaqueta verde musgo. Eu aponto para o seu tênis e ele se senta no chão colocando o sapato.
— Mamãe! — ele chama puxando o meu sobretudo — Chloe pegou as baquetas de novo! E eu não sei onde ela colocou. — eu coloco Chloe na cadeirinha do carro vendo o seu sorriso sapeca, e me viro para o meu filho mais velho.
Ajeito os seus cabelos ruivos que estão bagunçados, os olhos castanhos-escuros estão fixados na irmã que sorri mostrando a língua.
— Eu vou pegar elas de volta, meu bem — beijo o topo da sua cabeça e o mesmo assentiu me dando um beijo na testa — Vamos que já estamos atrasados.
Aaron conversa comigo o trajeto inteiro enquanto Chloe fica cutucando o irmão toda hora.
— Mamãe, a tia Lia e Tucker vão vir para o jogo do papai? — Aaron pergunta, enquanto salta do carro.
Ele engancha a sua mão com a da Chloe e segura na minha, nós três entramos no estádio.
— Não, querido. Tia Lia tem escola ela não pode. — eu explico para o garotinho que faz uma careta.
Lia está com dezoito anos, e está estudando para ser aceita em medicina e Tucker é o seu namorado.
Quando Derek e eu nos formamos, e quando ele entrou para a liga estadual para jogar juntamente com Henry e Luca e eu finalmente abri minha escola de música, engravidei e tivemos Aaron há sete anos atrás. Depois disso veio Chloe. E estamos esperando mais um, e o Derek ainda não sabe...
— Tia Emi e tio Ben vão estar aí? — ele pergunta, segurando a mão da irmã guiando-a pelo local.
— Sim, meu bebê.
— Mamãe! Já falei que sou grandinho e para você não me chamar de bebê — ele faz sinal para eu me abaixar, e eu fico na sua altura sorrindo largamente enquanto ele sussurra: — Pelo menos não em público, mamãe, eu gosto, mas não em público. Eu tenho que ser descolado.
