28 ━━━ Uma paz merecida

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O carro entrou em silêncio depois que Solaris contou como tinha sido a visita do Governador e permaneceu durante toda à volta da prisão. Eles viram o estado da prisão, torres destruídas, o campo cheios de walker, e isso era apenas uma parte.

Aurora tinha as mãos na porta do carro observando tudo pela janela aberta sentindo Carl se inclinar perto dela para fazer o mesmo. Seu corpo ficou rígido com a aproximação, sua mente indo rapidamente para o momento que Carl atirou no menino a sangue frio.

Ele tinha abaixado a arma por que Carl atirou assim?

E parece que o menino tinha percebido seu jeito e se afastou bruscamente. Aurora não teve coragem de olhá-lo nos olhos ainda. Assim que Carol abriu o portão e sua mãe parou o veículo, ela saltou do carro. Aurora respirou fundo enquanto esticava as pernas, se sentindo mais confortável e segura ali na prisão. Era bom estar de volta.

— Você está bem? — Carl se aproximou novamente dela. Aurora olhou ao seu redor, Carol se aproximava e os outros que estavam no carro saindo. Beth sendo a primeira à se afastar até o bloco de celas. Vendo sua mãe e Hershel cochichando do outro lado do carro.

— É bom está de volta. Não gosto da mata. — Aurora respondeu em uma sinalização.

— Aurora, eu.

— Meninos, pegar as coisas. Vamos. — Solaris falou em um tom alto interrompendo Carl. O menino deu um passo pra trás pela interrupção mordendo as bochechas.

— Vamos. — Carl chamou e Aurora o seguiu. Solaris estava no porta malas e assim que eles se aproximaram o suficiente, ela os entregou uma mochila cada.

— Daqui a pouco eu entro, ok? — Solaris comunicou à filha recebendo um aceno em resposta.

— Carl. — Aurora falou cautelosa de cabeça baixa, mas sentiu que o menino tinha ouvido — Por que você atirou? — ela se forçou a levantar a cabeça e olhá-lo nos olhos.

— Eu tinha que cumprir minha missão. — Carl respondeu sem hesitar, sua voz saindo friamente — Proteger minha irmã, você, Beth e Hershel.

— Ele estava abaixando a arma. — Aurora revidou angustiada com a falta de emoção de seu amigo.

— Eu não podia abaixar a guarda. E se fosse uma armadilha? — Carl continuou — Eu teria feito de novo.

Aurora parou seus passos. E Carl se virou para ela.

— Você ao menos sentiu alguma coisa? — Aurora sussurrou sentindo seu coração acelerar. Ela estava ansiosa com as atitudes de seu amigo, ele era só uma criança e essas ações não eram de uma criança. Carl permaneceu frio.

— É claro que eu senti. — A voz dele saiu irritada — Mas em um mundo como esse, temos que empurrar nossas emoções para o fundo se quisermos sobreviver. — ele gesticulou.

— Eu te aconselho a fazer o mesmo Aurora, ou você vai ser morta. Você precisa aprender a fazer coisas assim. Você tem que parar de agir como uma criança. — Carl continuou enquanto Aurora apertava sua mandíbula cada vez mais — Porque eu, ou sua mãe, Daryl, Glenn, Michonne, todos desse maldito grupo não podem está lá pra te proteger.

— Nunca mais fale comigo. — Aurora falou com a voz entrecortada — Você não é mais meu amigo. — ela se afastou dele rapidamente para entrar no bloco de celas com um grande nó na garganta, perdendo o olhar e a respiração rápida de Carl.

Aurora passou a mão pelo rosto vermelho de tanto segurar as lágrimas, ela passou pelo portão, onde o restante do grupo estava reunido, Rick se virou pensando que era seu filho, mas a menina permaneceu de cabeça baixa e jogou a mochila que trouxe na mesa junto com as outras. O líder do grupo a olhou estranhamente, mas não falou nada. Porque seu filho veio logo atrás.

𝐑𝐎𝐂𝐊𝐀𝐁𝐘𝐄 | 𝐓𝐡𝐞 𝐰𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐝𝐞𝐚𝐝 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora