CAPÍTULO 11: A JUSTA - PARTE 2

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- Já imaginou como seria o nosso casamento? No caso, como será? - Indagou Camila alegre, rodopiando pelo quarto do príncipe Caio.

- Não existe um dia se quer onde eu não imagine. - Caio se serviu de um cálice com suco de uvas que se encontrava em seu quarto.

- Confesso que o espartilho incomoda um pouco, mas até mesmo isso valerá a pena no grande dia. Nosso casamento será radiantes, terá a presença de nossas famílias, nossos amigos, companheiros. E o meu vestido? - Camila se jogou sobre a cama de seu namorado idealizando o momento perfeito. - Será branco, de seda com mangas longas, em minha cabeça uma das mais lindas tiaras e pulseiras lindas pelo meu braço. - A mulher então se sentou. - Eu nem consigo imaginar a minha face quando entrar e enfim lhe encontrar sobre o altar, Caio.

- Só não pode chorar de arrependimento. - Brincou Caio se sentando ao lado da amada enquanto ambos riam.

- Seu bobo. - Camila deu um leve tapa nos braços do príncipe. - Eu não vou nem acreditar que aquele momento será real, uma simples serva se casando com o príncipe herdeiro Blake, o próximo rei desse castelo.

- Não há posições que definam o amor, Ca. Amor é amor, não importa entre quem. Nosso amor é sincero e naquele dia eu não vou conter as lágrimas, depois de tanta espera, enfim, estaremos unidos em matrimônio e nada poderá mudar isso. Haverá diversas flores em ambos os lados, colorindo e trazendo suave néctar ao lugar, do modo que amamos. Os passarinhos cantarão lindamente, como se tivessem sido ensaiados para aquele dia. Nosso amor será conhecidos até os confins de Gorgue.

- Não podemos esquecer a festa também, será deslumbrante. Até porque é nosso casamento, um casal tão magnífico como nós não pode passar despercebido. Fartura, danças, músicas, nada pode estar excesso, precisamos de algo memorável. - Afirmou Camila enquanto Caio se perdia no brilho dos olhos dela.

- Eu prometo a você que nada estará em falta. - Ele acariciou o rosto de sua amada. - Eu amo você, Camila e nada pode separar o nosso amor.

- Nem a morte e nem a vida. Eu também te amo, meu Caio. Juntos até que a morte nos separe. - Os olhares apaixonados os levaram aquele beijo longo, lento e romântico, como se os anjos do amor estivessem ali sobre aquele quarto. Intenso era o sentimento que ambos nutriam e inabalável era seu amor.

NO CAMPO DA JUSTA.

- Caio? Terra chamando Caio. - Pietro estava a cerca de dois minutos chamando o príncipe que relembrava um de seus momentos com Camila. O príncipe então acordou e começou a rir, Pietro nada entendia.

- Desculpe, Pietro. Eu acabei me perdendo nos meus pensamentos, nem ouvi você me chamando direito. No que posso ser útil?

- Apenas lhe avisar que em alguns minutos a Justa terá seu início, príncipe. O arauto do castelo regente virá lhe chamar. - Comunicou o representante do Conselho que logo se retirou retornando ao seu posto.

- É isso, Ca. Em breve nosso sonho se realiza. - Afirmou Caio pra si mesmo recordando de sua lembrança. - Juntos até que a morte nos separe.

O príncipe então seguiu seu caminho até o seu cavalo, gostava de conversar com o animal antes do início da competição, reforçar os laços com seu considerado, amigo.

Em outra parte da Justa se encontrava Marian, próximo a uma árvore, um pouco isolada das barracas, não conseguia segurar as suas lágrimas. Suas unhas apertavam os seus braços e nem mesmo os pássaros conseguiam a animar. Ela nem mesmo percebeu a sorrateira aproximação do Padre Timóteo.

- Padre? Me desculpe. - Afirmou a garotinha surpresa secando rapidamente a lágrima de seus olhos. - Posso ajudar o senhor em algo? - A princesa deu um sorriso de canto para disfarçar o seu choro.

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