Sexto Capítulo.

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(Alerta: Pode conter cenas de violência explícita e tortura nesta postagem. Será marcada com um (*) no início e final da cena.)

[CAPÍTULO SEIS]

1920.

Primavera. [06/13]

Duas semanas depois...

12:15pm. Sexta feira.

Quatorze dias e o feriado de Spring Break chega ao final, trazendo à tona todos os compromissos dos habitantes de Sheerground. Ora, não teria como ser para sempre, mesmo que uns quisessem isso e outros não. Afinal, por conta deste feriado muitos trabalhadores ficam em casa e dessa forma, deixam de produzir, logo deixam de ganhar o pão de cada dia. Agora, quem não tinha essa mesma preocupação era fã deste feriado, lamentando-se que eram apenas quatorze dias. Mas, é tempo o suficiente para se deleitar como bem entender.

O que podemos tirar como conclusão destas primeiras semanas em Sheerground, com a lei seca ainda sem seu clímax, é que tudo corria maravilhosamente bem. Uma vez que para os relatórios e em noticiários o consumo de bebida alcóolica decaiu desde quando a lei entrou em vigor. Ou seja, estava tendo frutos positivos. Quem assistia ou ouvia de casa, ou até mesmo as autoridades que botavam as mãos naqueles relatórios feitos por seus subordinados, aquilo era a realidade. Não tinham motivo para desacreditar, correto?


Errado. Em Sheerground por exemplo, desde que Morgan Rodriguez fez aliança com as cinco principais famílias de Nova York, o contrabando de bebidas alcóolicas apenas aumentou. Morgan praticamente tinha a cidade em mãos, não apenas pela máfia, mas sim por ter os aliados certos. Ou, será que a concorrência queria que ele pensasse dessa forma? De qualquer modo, muitas perguntas para pouco tempo. Sabemos que, independente de qualquer suposição ou teorias, Sheerground estava relacionada com o tráfico de bebidas alcóolicas, e outras coisas a mais, já aproveitando o momento para fazer tudo de uma vez.


Era compreensível que todas estas informações não fossem repassadas para o povo, afinal estamos em uma era de proibição. É o que as línguas maliciosas dizem: "o que ninguém sabe, ninguém estraga". Então, silêncio, por favor. Não há mais nada a verem por aqui.

Meio irritado consigo mesmo, mas tentando não demonstrar isso, Nathan saiu da sala de interrogatório

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Meio irritado consigo mesmo, mas tentando não demonstrar isso, Nathan saiu da sala de interrogatório. Era notório que o que rolou dentro daquela sala não foi bem o que ele queria que acontecesse. Desde o dia em que Alice Edwards confessou ser culpada pelos homicídios da família Smith e de Rose Lincoln, Nathan Prescott não conseguia acreditar naquilo. Mesmo que houvessem testemunhas e provas que apontassem Alice como culpada não era o suficiente para acreditar. Para o investigador profissional em crimes de homicídio, todas as peças foram muito bem pensadas antes de serem colocadas no tabuleiro. Como se algo, ou alguém, quisesse que a dona do The Queen fosse incriminada de qualquer maneira.

Sheerground - A Era da ProibiçãoWhere stories live. Discover now