Percabeth: Peter Jackson e o Legado

Jacob Resolve

Peter POV -

- Ter poderes e não poder usá-los. Fala sério. - Resmungou Jacob enquanto caminhávamos pela trilha.

Era desconfortável estar com ele no momento. Saber que ele estava bêbado, completamente enciumado e irritado com o Andrew. Ele realmente havia sido meio babaca com a minha irmã.

Desde a infância, ele era meu melhor amigo. E agora eu não conseguia nem conversar com ele direito. Agora ele estava tenso, calado.

Eu iria falar com ele sobre tudo, só não sabia como.

- Seja racional, Jacob. - Falei. - Como falaram, você vai gastar muita energia voando.

Jacob bufou.

Voar sempre foi algo que Jacob era apaixonado. Desde criança, ele fazia manobras que seu pai só veio fazer depois dos 16.

Claire me dirigiu um olhar, como se dissesse que ele não tem jeito mesmo.

- E aí, Peter. O que você fez durante todos esses anos? Ainda toca piano melhor que qualquer criança de 9 anos?

Olhei pra ela.

- Você lembra. - Sorri.

- Mas, é claro. - Ela sorriu de volta.

- É, eu segui muito essa linha de música. Também aprendi outros instrumentos. - Respondi. - Hmmm.. eu ainda gosto um pouco de esportes e, com certeza, de água.

Ela riu.
- Neto de Poseidon.

- Sim.

- E os estudos? - Ela perguntou.

Sorri, sem graça.

- Nota máxima sempre ainda.

Ela confirmou com a cabeça.

- Bem óbvio. - Ela confirmou. - Eu ainda sou um caos na escola. Quase fui expulsa ano passado, porque briguei com um garoto que tentou furar fila na hora do lanche e minhas notas são um pesadelo. É um milagre eu passar, por causa da dislexia.

Ri. Um clássico de Claire.

- Bem a sua cara.

Jacob parou.

- Pessoal, conseguimos chegar na Avenida. Agora precisamos encontrar um posto de gasolina.

Avistamos a pista a 500 metros de nós.

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O posto de gasolina foi fácil de achar. Só havia um problema.

- Alguém trouxe dinheiro ou cartão pra pagar a gasolina? - Perguntei.

Claire me olhou como se eu fosse louco.

- Peter, você é o responsável aqui!

- Hãn... Achei que você tinha trazido, como sua mãe era a motorista ou algo do tipo, você seria a responsável.

Esfreguei os olhos.

- Jacob, você trouxe alguma coisa? - Perguntei.

- Não. Mas, eu tenho uma solução. Fiquem aqui.

Ele se dirigiu à uma frentista jovem que estava finalizando de pôr diesel em um carro e trocou algumas palavras.

Percebi a mulher de repente parecer que havia sido enfeitiçada. Ela parecia totalmente perdida nos olhos de Jacob.

Ele deu um sorriso bobo e a mulher corou.

Claire e eu trocamos olhares.

Após uns 2 minutos, ele voltou pra onde havíamos parado.

- Resolvido.

- O que você fez? - Claire perguntou.

- As maravilhas de ser neto de Afrodite. - Expliquei.

- Ah... - Claire entendeu. Ela olhou novamente para a mulher. - Ela parece ter se apaixonado pelo seu sorriso.

- Eu espero que você não use isso com minha irmã. - Olhei pra ele, bravo.

- Fala sério, Peter! - Ele exclamou, ofendido. - O amor verdadeiro não funciona assim. Isso aí é só pura luxúria, paixão, prazer. Seduções da minha avó, Afrodite.

Assenti.

Eu não estava mesmo bravo com o Jacob. Só queria proteger minha irmã, fazendo um discurso de irmão mais velho.

Logo, vimos a mulher enchendo um garrafão com combustível para nós e vindo em nossa direção.

- Aqui está, Jake. - Ela disse. - Na próxima, eu posso te ajudar com um sorvete.

Claire e eu trocamos olhares de novo. Isso estava virando rotina.

- Quem sabe outra hora. - Ele falou mansamente. Ele piscou e ela se derreteu.

Jacob nos puxou pra ir embora.

- Missão concluída sem precisar lutar. - Jacob falou.

- "Jake"? - Claire ironizou.

Ele revirou os olhos.

- Só estava encenando.

- Jacob, não cante vitória antes de chegarmos na van. - Falei, com medo que um monstro aparecesse.

Ele acenou.

- Vamos acelerar o passo. - Falou Claire, praticamente correndo.

A acompanhei, com Jacob em meu encalço.

Assim que adentramos na floresta, algumas empousai nos esperava de braços abertos.

- Falei pra não cantar vitória. - Eu disse.