Escola

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Peter POV -

- Fala, Jacksons!!! - Jacob gritou quando nos viu descendo do ônibus escolar.

Retorno das aulas. 2° ano do ensino médio, finalmente.

- Eae! - Cumprimentei Jacob, dando um soquinho em cima da mão fechada dele, depois embaixo, depois na frente.

- O-oi - Ally gaguejou.

Aparentemente, há uns 3 anos, Ally percebeu que estava gostando do neto de Júpiter como algo a mais e ele era a única pessoa que deixava ele com vergonha.

Ela não me contou nada. Eu apenas notei. Não era difícil perceber, mas parece que meu melhor amigo não prestava atenção nos sinais amorosos da minha irmã.

O filho dos Grace era filho único e estudava na Goode também. Mas, era bom mais alguém que soubesse nossos segredos também - sobre sermos netos de deuses.

- Ally!!! - Uma garota loira, de cabelo curto e olhos verdes divertidos veio saltitando até minha irmã, a abraçando.

- Mirella!!!! - Ally gritou também, abraçando a amiga como uma louca.

- Mirella! Olá... - Cumprimentei educadamente.

- Er, oi, Peter... - Ela falou, meio nervosa. - Amiga, vamos indo? Nossa primeira aula no primeiro ano irá começar logo! Go! - Ela saiu puxando Ally.

Jacob cruzou os braços.

- Nem parece que elas se viram nas férias. - Ele comentou.

- Por que toda vez que eu estou perto, a Mirella corre? - Perguntei.

- Oh Peter... - Jacob falou, chamando a atenção pra que eu olhasse pra ele. - Você tá lerdo igual o seu pai? Ela gosta de você.

O olhei, surpreso.

- Que? Ela é melhor amiga da minha irmã. - Respondi.

- É, mas ela gosta. - Nesse momento Alyssa passou por nós com algumas amigas.

- É, mas acho que eu tô a fim de outra pessoa... - Falei, a admirando.

- NÃO BRINCA! - Jacob me tirou do transe. - Tá gostando da Alyssa?

Ele riu.

- Qual é a graça? - Perguntei.

Ele passou o braço no meu pescoço.

- Nada não. Só é engraçado o fato de você estar gostando de alguém. - Ele riu, me balançando. - Vamos logo, temos uma aula pra assistir.

Ally POV -

Sentei no canto esquerdo da sala, na segunda fileira das cadeiras, como sempre. Em todas as aulas do primeiro ano, todos os meus colegas já sabiam minha preferência.

Ah não. - Pensei. Depois que larguei minha mochila no chão e me deparei com o enorme texto no quadro branco. Forcei a vista pra tentar parar as letras flutuando pra fora da lousa e tentando ler coisas como "Aristóteles" no lugar de "Atrjakesmfja".

Nessas horas eu, COM CERTEZA, queria estudar como meu irmão se dedicava. Até que herdei um pouco a inteligência da minha mãe também e era aprovada, mas minhas notas muitas vezes viam como 8 ou 7,5, devido à dislexia e isso me frustrava e me irritava, porque na maioria das vezes eu sabia as respostas das perguntas que errava por simplesmente não conseguir ler.

"Mas, Ally, essa aqui tava na cara!" - Minha mãe sempre dizia quando via uma prova minha com alguma nota diferente de 10.

O professor ergueu os olhos quando o último aluno entrou - um garoto ruivo com um sorriso irônico no rosto. Ele usava um blazer preto, calça jeans surrada e all star. Uma combinação engraçada. Tudo isso parecia representar um garoto rebelde.

O sr. Blake, professor de filosofia e sociologia, levantou e saiu do seu birô.

- Alunos do primeiro ano, conheçam o sr. Johnson. Bem vindo, sr. Johnson. - O professor apresentou.

- É Andrew. E eu que digo: seja bem vindo ao meu mundo.

Ele lançou um olhar divertido para os alunos.

- Com licença. - E andou devagar e com as mãos nos bolsos até os fundos da sala.

Troquei olhares com Mirella.

Que garoto esquisito. Virei meu rosto para analisá-lo.

Ele se sentou todo largado na última cadeira da fileira do meio e me olhou por alguns segundos, antes de virar o rosto como se eu fosse alguém irrelevante.

Annabeth POV -

- Não tenho muitas lembranças de colégio. Boa parte dos meus estudos foram através de aulas particulares dentro do Acampamento Meio-Sangue, não é mesmo? - Comentei.

- Eu fui expulso de todas as escolas do Estado e explodi uma delas. - Percy comentou, de dentro do box do banheiro.

Estava sentada na borda da banheira, enquanto conversava com Percy durante seu banho no chuveiro.

- É, você ganhou. - Sorri. - Percy, já faz 1 hora que você tá nesse banho. Sai daí.

- Amor, tava relaxando aqui. - Ouvi o som da água parar.

- Mas, eles estão quase se formando e sempre conseguimos mantê-los seguros.

- Seguros? Alguns monstros já esbarraram neles sem estamos por perto.

- Nenhum forte. Eles treinaram, sabem se defender de certa forma. Estou com um mal pressentimento.

O box foi aberto.

- Credo, Annabeth. Relaxa. Ainda bem que ninguém pior chegou fazendo o caos. - Percy estava com apenas uma toalha branca na cintura.

- Uau. - Falei, o admirando.

Ele sorriu, sem jeito.
- Annabeth, você já vê isso há mais de 17 anos. - Falou, andando do nosso banheiro ao nosso quarto. O segui. - E esquece essa história de mal pressentimento.

Percy abriu a porta do guarda-roupa. O abracei por trás.

- Então, me faça esquecer. - Ele riu. Deixei ele se virar.

Percy segurou meu rosto, já me beijando.

Beijei seu pescoço e puxei sua toalha.

- Está empolgada, sra. Jackson. - Ele sussurrou.

- Vamos aproveitar que as crianças ainda não chegaram. - Respondi o beijando intensamente.










Percabeth: Peter Jackson e o LegadoWhere stories live. Discover now