Mar x Mar

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Annabeth POV -

- A última notícia que recebemos é que a secretária, Penélope Moore, não saiu do local de trabalho. Ela deveria ter largado umas duas horas antes e também é provável vítima deste ocorrido acontecido aqui, no zoológico aquático Aquarius, do biólogo Marinho Perseu Jackson. Ele também não saiu do local e os bombeiros estão se preparando para entrar.

A repórter estava em frente ao empreendimento do meu marido, um dos Aquários mais famosos do país.

- Di immortalles! - Xinguei. - Vamos, Ally. Temos que socorrer seu pai.

- Socorrer??? Vocês não podem fazer nada. Os bombeiros já estão lá! Fique tranquila senhora Jackson! - Mirella disse.

Ok, mais um problema. Se livrar de uma mortal.

- Eu vou com vocês. - Sally falou.

- Não. - Falei imediatamente. - Você vai levar Mirella em casa.

- Mas, senhora Jackson... - Mirella tentou contestar.

- Sem "mas". Preciso resolver muitas coisas. Pode me ajudar com isso, Sally? - Perguntei.

- É claro, querida. Vá tranquila. Eu cuido das coisas por aqui.

Sally sempre cuidava das coisas. Eu realmente não precisava me preocupar.

Acenei pra Ally e peguei a chave do carro.

Assim que saímos à frente da casa Jackson, vi um vulto passando na minha frente.

- Ai! - Ally e o vulto exclamaram. Os dois esbarraram e caíram sentados no chamado.

- Jacob! - Ally exclamou.

No mesmo momento, o celular vibrou. Verifiquei a tela.

- Lucas? - Atendi.

- Tia Annabeth... Precisamos de ajuda.

Deixei os dois pombinhos resolverem as jovens vidas atrapalhadas deles, enquanto escutava a história do amigo de infância do meu filho.

Ally POV -

Levei um susto e logo em seguida o esbarrão.

- Ai! - Exclamamos.

Massageei meu peito e tentei processar o que aconteceu. Quando abri os olhos, encontrei dois olhos azuis eletrizantes.

- Jacob! - Falei. - O que está fazendo aqui?

Ele estralou o pescoço e se levantou, esticando a mão para me ajudar a levantar.

Aceitei-a.

- Eu vim falar com você. Eu tô muito apaixonado e não quero mais ficar longe de você. Quero anunciar isso pra todo mundo? Cadê seu pai?

Pisquei os olhos tentando me concentrar e não me perder em paixão. Provavelmente, ele estava usando seu charme de neto de Afrodite, mesmo que involuntariamente. Não é possível.

- Isso é muito fofo, mas meu pai não está aqui. Ele foi atacado por alguma coisa no Aquarius. Estou indo até lá.

- "Estou" uma ova. Estamos. Vou com vocês.

- Vamos, Ally. - Minha mãe entrou dentro do seu porshe prata.

Suspirei.

- Vamos. - Chamei.

Percy POV -

Respirei fundo quando cheguei à porta da minha sala. Mas, quando eu entrei, provavelmente perdi o fôlego de novo.

A espada de Peter estava rasgando o peito do último telquine, espalhando pó dourado pelo ar e mandando a criatura diretamente para as profundezas do Tártaro.

Assim que o pó se extinguiu, nossos olhos se encontraram.

- Como você conseguiu derrotar todos sozinho? - Perguntei.

Peter deu três passos a frente e pude notar seus olhos: irreconhecíveis. "De novo não." Pensei.

- Peter, olhe bem pra mim. Eu sou seu pai.

Ele deu um sorrisinho e ignorou tal fato.

Sua expressão era de ódio. Ele ergueu sua espada e avançou.

Nossas espadas se chocaram com um tremendo estrondo. Dei um passo pra trás para ganhar mais força na defesa.

Não demorou muito tempo para eu sentir água vindo atrás de mim. Pulei pra trás o mais alto que eu pude e fiz aquele líquido me segurar. Um surfe de onda diferente.

- Você também deve ter se esquecido que eu sou filho de Poseidon. - Gritei lançando toda aquela água nele. A qual eu sabia (e foi comprovado logo em seguida) que não fazia mal a ele.

Peter foi engolido pela onda, mas logo que a água se espalhou pelo chão, ele apareceu caminhando intacto.

Mar versus Mar. Água versus Água. Neto de Poseidon versus filho de Poseidon.

A água não poderia nos machucar.

Me concentrei e congelei a água a qual Peter pisava. Seus pés ficaram presos.

Ele tentou se mexer e forçar os pés por alguns segundos. Mas logo se enfureceu e lançou a ponta da espada até o gelo com toda uma grande força.

Na mesma hora a poça se fragmentou e ele estava livre para correr novamente ao meu encontro.

As coisas ficaram mais difíceis.

Peter deferia golpes de espada que em geral ele não fazia. Parecia que quando ele era possuído por esse raios dessa jóia, seus poderes aumentavam dez vezes mais. E isso me deixava de saia justa, mesmo que eu ainda conseguisse lutar com ele e tivesse mais experiência, eu não poderia atacar meu próprio filho.

Então, eu estava na desvantagem de apenas me defender dos golpes.

Prendi sua espada na minha. Uma técnica que aprendi com Luke logo quando cheguei ao Acampamento Meio-Sangue.

- Peter, pare com isso. Acorde!! - Dessa vez eu sabia que ele poderia acordar. De alguma forma.

Mas, acho que me servir de vítima não ia funcionar de novo.

Encontrei brecha para dar uma rasteira nele. Ele caiu. Impulsionei a espada até ele, morando acertar o caso e o prender no chão, mas ele logo desviou e tornou a levantar.

Ataque em cima, embaixo, esquerda direita, chute, joelhada, testa, ataque frontal, cotovelada, finco de espada. Era sim que Peter avançava e eu defendia ou desviava para não virar picadinho.

Ataquei com mais seriedade pela primeira vez e isso o empurrou para longe.

- Peter, você não vai me matar. Desfiz minha posição de luta. - Precisa se lembrar, cara. Lembre-se de quem você é.

E então, Peter parou e me analisou com cuidado. Seus olhos piscaram inocentemente, apesar da cor deles não ter mudado.

Ele se aproximou devagar. Me olhou, como se estivesse voltando ao normal, porém repentinamente seu olhar mudou e sua espada se ergueu.

Com a velocidade de um semideus antigo, me defendi. Virei para defender mais um golpe.

Logo, outra onda, dessa vez grande e forte veio contra mim e eu me concentrei para respirar. Fui inundado por boa parte da água que provavelmente anteriormente ficava nos aquários dos golfinhos. Comecei a nadar, para me recuperar do choque e surpresa que foi, do nada, toda essa água em mim.

Rapidamente, o vulto de Peter apareceu na minha frente e eu só senti a lâmina da sua espada, entrando na minha costela.





Percabeth: Peter Jackson e o LegadoWhere stories live. Discover now