Tranquilo Demais?

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Peter POV -

- Então, me explica uma coisa: você não está mais namorando, a Ally está com o Jacob e o Andrew é gay? - Lucas perguntou, pra confirmar.

- Isso aí. - Falei, fechando a porta do táxi.

- Então, tá. - Ele deu de ombros. - Cara, faz tempo que não venho aqui.

Lucas parou para admirar o Aquarius - o aquário do meu pai. Era um lugar muito bem frequentado, com diversas espécies de animais marinhos, com área aberta e subsolo com paredes de vidro que percorriam todo o ambiente e faziam com que qualquer ser humano se sentisse dentro do mar.

Detalhes de decoração brilhantes e azuis, com alguns cristais. Era algo muito organizado e bonito. Tudo planejado pela minha mãe, a filha preferida da deusa da sabedoria.

Entrei pelo portão enorme espelhado junto com o meu amigo de infância, não parando na recepção.

- Oi, Penélope! - Cumprimentei a adorável recepcionista do lugar e segui pelo corredor principal.

Luzes azuis refletiam pelo caminho e ali já haviam paredes transparentes, exibindo pequenas arraias e alguns peixes ali.

Virei a esquerda.

- Ei, a gente não ia ver a Sra. Margaret? - Lucas perguntou, ajustando a mochila no ombro.

- Primeiro vamos dar um alô no meu pai. - Falei.

Bati na porta e logo ouvi um "entra".

Lucas me seguiu.

- Peter? Veio fazer o que aqui? - Meu pai perguntou.

- Ué, não posso? Vim ficar de bobeira com o Lucas. A gente não tinha nada pra fazer.

Meu pai fez uma cara de "é sério?"

- Não devia estudar trigonometria?

Eu olhei pro meu pai com uma cara de "é sério?"

- Já sei aquilo de trás pra frente. - Falei.

- Lucas com certeza não sabe. - Meu pai falou.

- Qual é, senhor Jackson... Eu... - Meu pai lançou um olhar pra ele. - É, realmente não sei. Mas, temos tempo pra estudar. As provas já passaram. O seu filho que vai precisar refazer...

- É verdade.

- Mas, então... Viemos ver a Sra. Margaret, nadar, mergulhar, sei lá... Qualquer coisa. - Falei.

- Ele levou um fora da namorada... - Lucas disse.

- Lucas! - Ele sorriu.

- Ih, sinto muito.

- Tá tranquilo. - Falei.

- Sua irmã?

- Foi pra casa com a Mirella.

Percy Jackson suspirou.

- Então, tudo voltou ao normal.

- Se é que pode se disser que temos algum dia normal... - Falei. - Bom, eu vou lá. Posso usar sua roupa de mergulho reserva?

Claro. Divirta-se. - Peter acenou.

Ally POV -

- Mano, como assim o seu pai ainda não sabe? - Mirella perguntou se jogando na minha a cama, com um balde de pipoca.

Tirei os olhos do computador e girei a cadeira de rodinhas para olhá-la.

- Foi repentino. - Falei, dando de ombros.

- Amada, seus pais não conhecem a família do Jacob desde sempre? - Ela questionou.

- Se conheceram na adolescência...

- Então, conhecem o Jacob desde que nasceu. Então, qual o problema? - Ela perguntou jogando uma pipoca pra cima, tentando pegar com a boca, porém errando e deixando a pipoca se perder pelo chão.

Lancei um olhar mortal pra ela, cujo meu pai dizia que eu herdei da minha mãe.

Na mesma hora, ele se levantou e foi procurar.

- Esse pode ser o problema. A gente sempre saiu juntos. Sempre estive na casa dele e ele na minha e sempre saímos em família. Sei lá. É estranho. E ao mesmo tempo não é por ser o Jacob, é por ser um cara. Meu pai vai infartar. Eu sempre fui a princesinha dele.

- É, seu pai é o maior babão. - Mirella falou.

- Literalmente, falando. - Minha mãe chegou na porta do quarto. - Do que estão falando, além do Cabeça de Alga?

- Cabeça de Alga... - Mirella riu.

- Nada.

- Nada? - Minha mãe era a filha da deusa da sabedoria, quem eu queria enganar?

- Jacob. - Falei.

- Jacob é "nada"? - Ela perguntou.

- Não.

Contei sobre a situação de temer o surto do meu pai.

- Ele vai sobreviver. Seu pai é tranquilo, embora um pouco enciumado.

Dim Dom!

A campanhia tocou.

- Vou lá atender a porta. Desçam, fiz um lanche pra vocês.

Então, minha mãe se foi.

- Hmmm Jacob... - Mirella tirou onda, jogando a almofada em mim.

- Vai arrumar um namorado e me deixa em paz, garota. Meu irmão tá solteiro. - Brinquei.

Ela arregalou os olhos pra mim e nos encaramos.

- Não mesmo. - Dissemos em uníssono e caímos na gargalhada.

Percy POV -

O copo de vidro na minha mesa começou vibrar, enquanto eu escrevia um novo roteiro para as apresentações dos golfinhos. Ou o Peter tinha enlouquecido ou algo de errado estava acontecendo. Ou os dois.

A porta bateu e logo mandei que entrasse.

- Sr. Jackson, você está sentindo isso? Tem alguma coisa acontecendo lá fora. - Era Penélope, a recepcionista.

- Não deve ser nada. Talvez algum tubarão bravo em um dos aquários. - Menti.

A luminária começou a vibrar fortemente e em poucos segundos um telquine avançou pela porta. Pulei por cima da minha mesa e empurrei a secretária pra longe.

Ela deu um grito desesperador, enquanto eu armava contracorrente.

Momentos depois, antes que eu pudesse revidar, minha sala foi invadida por litros e litros de água. Me fazendo girar por aquela improvisada.

Naquele momento, eu percebi que as paredes maravilhosas que Annabeth havia elaborado, haviam sido destruídas.

Então, me concentrei para não deixar minha funcionária morrer afogada, ao mesmo tempo que eu era atacado pelo monstro.






Percabeth: Peter Jackson e o LegadoWhere stories live. Discover now