Uma História de amor EdSer

Ouvir a voz de Eda

Serkan não tem tempo para Selin. Ele quer Eda. Onde ela está agora?

A agonia de sua ausência parece um elemento estranho em suas veias lhe deixa tenso, angustiado, ansioso, descontrolado... Ele não parece com Serkan Bolat.

Então ele resolve importunar Engin. Ele já ligou para ela?

— Evet. O que aconteceu? – diz Serkan.

—Qual é o problema, irmão? – diz Engin.

—Você ligou para Eda? – diz Serkan.

—Eda? Liguei, liguei... mas não consegui. Eu te disse. – diz Engin.

A frustração de Serkan só aumenta, visivelmente. Ele não suporta não ter ela perto. Eda o tranquiliza, isso ele tem que admitir.

—E você simplesmente ficou esperando. Irmão, vá embora. Você não tem coisas para resolver? Desista disso. – diz Engin.

—Você pode ligar? Na minha frente. – diz Serkan.

Engin sacou tudo. Ele sorri da cara do amigo.

— Olhe para mim. Talvez você esteja sentindo falta dela? – ele se diverte.

—Vamos, responda. Eu estou certo? – Engin continua a zombaria. Quem diria, hein, Serkan Bolat?

Serkan tenta se esquivar, mas resolve não gastar saliva com Engin. Ele só quer que ele ligue pra Eda, porque Serkan Bolat, definitivamente, NÃO vai ligar. E só tem um jeito de ouvir a voz dela agora...

Ele acena com firmeza para Engin, apontando o celular com os olhos.

— Vamos, Engin. – diz Serkan.

—Irmão, se você errou, diga para ela "eu errei". Por que está fazendo tudo isso? – diz Engin.

Serkan ri. Leyla chega com o café errado.

— Está bem, está bem! Estou ligando, estou ligando, irmão. Só não fique bravo. – diz Engin.

Engin liga para o número de Eda e coloca o telefone perto da orelha, movimento que não passou despercebido por Serkan. Ele olha para o amigo de forma determinada. Alterna o foco entre a mesa e o telefone, até que Engin pega a mensagem: Ligação no viva-voz, já!

Engin o faz e Serkan agradece.

—Você está feliz? – diz Engin.

— Sim. – Responde um Serkan inquieto ao lado da mesa.

Em sua casa, Eda ouve o toque do celular. Ela não fica muito satisfeita ao ver o nome do melhor amigo de Serkan Bolat no identificador. Ela não tem nada contra Engin, na verdade, gosta muito dele. Porém, tudo que se relaciona a Serkan Bolat agora lhe testa a paciência como nunca antes.

Ela resolve atender.

— Efendim. – diz Eda.

—Olá Eda, tudo bem com você? – diz Engin.

— Estou bem. – diz Eda.

— Ainda está muito chateada com o que aconteceu ontem. – diz Engin.

Serkan perde mais cabelos. Esse assunto não, Engin! Esse assunto não. Que bola fora... Sem noção. Ele acena seus pensamentos com as mãos. Muda de tópico. Foco!

— É desnecessário dizer, Engin. Por que você ligou? – diz Eda.

— Querida Eda, precisamos da sua assinatura para alguns documentos. – diz Engin.