Uma História de amor EdSer

O Mundo

A noite estava maravilhosa, Serkan não queria que acabasse ainda.

—Você me comprou um presente? Melek me disse.

— Eu ficaria surpresa se ela não dissesse nada... É algo pequeno. Vai parecer um pouco engraçado ao lado dos presentes que você recebe. Portanto, esqueça.

—Estou pedindo meu presente. Posso recebê-lo? - Serkan a surpreendeu. Ele queria seu presente e usava uma carinha de filhote de cachorro.

—No carro- ela sorriu, não podia evitar

—Tá bom, sente-se e eu vou pegar. – diz Eda sorrindo

—Ok. - ele sentou feliz na escada suja, germes que se explodam.

Eda volta do carro com seu presente em mãos, um bolinho, uma vela e um isqueiro.

—Você pode segurá-lo? É seu. - ela lhe entregou a caixa.

—E isso? Cup-cake?

—Evet! -ela disse animada

— Você não come doces, que diferença faria se fosse o bolo mais delicioso do mundo? – ela fala entusiasmada.

—É lógico. - ele responde enquanto ela acende a vela.

—Feliz aniversário. Faça um desejo - e aí está a Eda falando sem freio outra vez.

—O que você mais deseja. Aquilo que você não pode ter. Ou algo que te deixa preocupado. – Eda não consegue parar de falar

— Eda. Ssh... - Ele a interrompe.

Serkan, como um bom mágico, sopra a pequena vela com magia. Seus olhos encontram os dela no momento em que a chama se apaga do pavio, mesmo instante em que inflama seu coração.

A conexão de seus olhares intensos e sinceros é demais pra Serkan. Ele se lembra de seu presente.

—Presente. - ele diz, pega o pacote e desfaz com cuidado o embrulho. Já planeja guardar estas flores num potinho também.

Ele abre a caixa. Um globo.

— Eu pensei... - Eda diz hesitante. — O que se pode comprar para uma pessoa que tem tudo... ?

Serkan não precisava de explicação, ele entendeu sua ideia. Era perfeita. Carregava mais significado do que qualquer outro presente que ganhara em muito tempo.

—E me comprou o mundo inteiro, certo? - ele sorriu, não podia evitar sorrir pra ela.

Ela acenou, confirmando. Estava apreensiva se ele havia gostado ou não.

— Você gostou? - os pensamentos de Eda voavam... "Será que ele gostou? Ele continua calado, encarando o globo... Vacilei. Ai, Eda! Um globo qualquer para o grande arquiteto da Turquia! Allah Allah! "

Enquanto ela se debatia em conflito interno, Serkan tinha o seu próprio. Pra ele na verdade, não era uma discussão interna, mas uma constatação. Alguns sentimentos eram cristalinos para ele naquele momento (outros não), gratidão, apreço, afeto... Ele não precisava de palavras para dizer o quanto gostou daquele presente. Sentiu uma vontade avassaladora de tocá-la, beijá-la outra vez. Ele não resistiu.

Serkan se inclinou, invadiu o espaço pessoal de Eda, mas não completamente. "Esta é uma mulher empoderada, deixe ela decidir se posso ou não chegar perto. "

Eda se inclinou para frente, encontrando-o no meio do caminho. Mas seus lábios perderam os dele. A onda de decepção que a inundou se esvaiu tão rápido quanto apareceu.