Capítulo 31

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Sigo pelo corredor e vou direto para o quartinho de limpeza

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Sigo pelo corredor e vou direto para o quartinho de limpeza. Há uns meses seria inimaginável pensar que eu estaria matando horário de serviço apenas para me divertir. Ou que estaria vestindo roupas tão descoladas.

Realmente eu mudei muito.

E a culpa é toda dela.

Ou melhor dizendo, o milagre é todo dela, já que agora me sinto muito mais jovial e alegre.

Abro a porta do quartinho de limpeza e ao entrar fecho de novo, mas sem passar a chave, porque não tinha chave. Mesmo assim, só quem vinha aqui era a dona Maria, a auxiliar de serviços gerais, então nem precisava trancar. Dona Maria é quase a nossa cúmplice e, apesar de saber o que eu e Mariana fazemos aqui, não espalha isso para ninguém pois Mariana praticamente a obrigou a ficar de bico calado ameaçando seu emprego. Embora eu não tenha concordado muito com essa ameaça, não deixo de vir aqui, pois quero muito dar uns amassos na minha namorada. E o fato de ser em um lugar proibido torna tudo ainda mais excitante.

Abro a galeria em meu celular e fico vendo umas selfies nossas. Foi Mariana quem tirou, pois não gosto de tirar fotos. Segundo ela eu deveria ter pelo menos uma foto nossa no meu celular, então deixei. Além disso, é bom demais ter fotos dela no meu celular, assim posso admirá-la quando eu quiser. Na foto que estou vendo agora, eu estou beijando um lado do seu rosto e ela sorrindo para a foto.

Caramba, eu devo estar muito apaixonado mesmo para ficar olhando feito bobo para uma foto da minha namorada.

Resolvo mandar uma mensagem para ela, que está demorando demais. Estou louco para beijar aquele cangote delicioso.

"Cadê vc?"

Escrevo a mensagem e mando. Ela visualiza segundos depois, mas não responde.

De repente a porta do quartinho se abre e entro em alerta. Penso ser Mariana, mas não é Mariana, é Fabiana.

O que ela está fazendo aqui?

E como me achou aqui?

— Oi, Leo.

— Oi... eer... O que está fazendo aqui?

— O que você está fazendo aqui, né?

— Ãhnm... me responde você primeiro.

— Bem, eu vim pegar um pano de chão. Derramei café no chão e como não achei a dona Maria vim eu mesma pegar o pano para limpar.

— Ah, certo.

— Mas e você? — Ela franze as sobrancelhas. — O que faz aqui?

— Eu... eu vim pegar... um pano também. É. Isso. Um pano.

— Ah, tá.

Ela se aproxima de mim e passa a mão no meu peito.

— Você tá um gato hoje, sabia?

Apartamento 302 (Série Apartamento - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora