Capítulo 30

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— Fala se você não ficou um gato

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— Fala se você não ficou um gato. Agora sim parece um jovem de vinte e sete anos — digo olhando junto com Leo seu reflexo no espelho.

O look é arrasador. Ele parece bem mais jovem assim. E bem mais gato. Está usando uma camisa azul jeans com as mangas dobradas até o cotovelo e calça marrom skinny combinando, o relógio prateado no pulso direito e um topetinho discreto que eu mesma fiz em seu cabelo.

— Estou me sentindo o boneco Ken.

Eu gargalho. Tipo, gargalho mesmo. Bem alto.

— O Ken é lindo de morrer, então acho que você quis dizer que está se achando a oitava maravilha do mundo. Esse conjunto ficou espetacular.

— Claro, pois essa roupa custou quase metade do meu salário.

— Exagerado — cantarolo. — Você ficou lindo. Vai, confessa que você adorou esse look.

— É, confesso que estou bem estiloso. As mulheres no escritório vão ficar loucas.

Arregalo meus olhos.

— Droga, me esqueci desse detalhe. Se antes elas já te olhavam como se você fosse um pedaço de picanha, agora vão querer te comer vivo. Merda.

— Por acaso a senhorita está com ciúme? — Ele se vira para mim e me pega pela cintura.

— Claro que sim! Você é um gato e agora é meu namorado, mas elas só sabem da primeira parte. Lembra que a gente não pode falar que estamos namorando para ninguém do escritório por causa do meu pai?

— Bom, a ideia do look foi sua. Foi você quem sugeriu, agora não pode reclamar.

— Ah, elas que não se atrevam a dar em cima de você porque sou capaz de arrancar cada fio de cabelo delas. E você — miro bem em seus olhos castanhos — trate de se comportar, se não a coisa vai ficar bem feia pro seu lado — falo séria e brava.

— Hey! Calma! — Ele ri. — Você sabe que só tenho olhos pra você, não sabe? — Ele me aperta mais contra seu corpo durinho.

— Eu sei, mas aquelas oferecidas não sabem, principalmente a Naja.

— Não chama a Fabiana assim.

— Ela é uma naja de duas cabeças que solta veneno até pelo rabo.

Ele ri.

— Tá bom, minha linda — ele me dá um beijo rápido nos lábios. — Agora vamos para o trabalho pois estamos muito atrasados.

Ele pega a minha bolsa em cima da cama e me puxa para sairmos do apartamento.

Quando chegamos no escritório fazemos aquele mesmo esquema, tirando par ou ímpar pra ver quem sobe primeiro. Ele como sempre ganha. Minha vontade era de subir junto e repetir a cena clichê do elevador do livro Cinquenta Tons de Cinza, dando uns amassos bem gostosos no meu namorado, mas não poderíamos arriscar.

Apartamento 302 (Série Apartamento - Livro 2)Where stories live. Discover now