Mariana não é aquela garota que precisa de um príncipe para se sentir amada. Ela mesma faz esse trabalho. Além de se vestir bem, usa e abusa de sua beleza para conquistar os rapazes e não se importa em cumprir horários. Quem não gosta nada disso é o...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Quando paramos em frente à minha casa, Leo não para de admirá-la. Eu também ficaria impressionada no lugar dele, já que a casa tem dois andares e vários metros quadrados.
— Wow! Isso sim é uma mansão.
— É bem grande, mas eu nunca gostei muito daqui. Sempre achei essa casa vazia e silenciosa demais porque só vivíamos eu, meu pai e alguns empregados. Agora que não moro mais aqui, isso aqui deve ter virado um cemitério.
Toco o interfone e não demora para o portão ser destrancado. Tia Lu provavelmente nos viu pela câmera e por isso nem perguntou quem era. Leo e eu passamos pelos jardins e chegamos à porta de entrada. Voltar aqui me traz muitas lembranças. Boas e ruins. Lembro dos dias que brincava com minha mãe nos jardins. Lembro também do último dia que pisei nos solos desta linda mansão, quando saí arrastando as minhas malas e jurei nunca mais pisar aqui.
Realmente a vida dá voltas.
— Nossa, meu anjo. Sua casa é linda — Leo comenta. — Parece um palácio.
— Você ainda não viu por dentro.
Mal chegamos na entrada e Tia Lu já está com a porta aberta nos esperando, um sorriso que brilha mais que o sol implantado em seu rosto. Solto a mão de Leo e a abraço, apertando-a tão forte quanto ela me aperta.
— Minha Cenourinha!
— Que saudade! — digo emocionada.
— Saudade? Eu nem sei o que eu estou sentindo mais. Então a senhorita resolve sair de casa e esquecer de mim?
— Desculpa, Tia Lu, minha vida virou de cabeça para baixo nesses últimos meses.
— É, estou vendo — diz sorrindo para Leo.
— Esse é o Leonardo, mas pode chamar ele de Leo — apresento. — Ele é meu namorado.
— E que namorado! Meu Deus, Cenourinha — ela abana seu rosto com o avental e eu rio.
— Muito prazer, senhora — Leo estende sua mão para Tia Lu, que dá um tapinha nela.
— Senhora? Só tenho 53 anos rapaz! Serei senhora apenas depois que passar dos 60. Eu ainda tenho muito fogo na cama, se quer saber.
Leo fica vermelho.
— Não se preocupa, Leo. Tia Lu tem esse espírito jovem — comento aos risos.
— Sim, e tenho muito músculo para bater em rapazes aproveitadores. Mas caso meus músculos não sejam suficientes, tenho um facão enorme na minha cozinha.
Agora Leo fica branco.
— Não precisa ficar com medo, Leo. A Tia Lu tem esse instinto protetor, mas é um amor de pessoa. Acontece que Tia Lu me viu nascer e trocou as minhas fraudas. E depois que a minha mãe morreu, ela cuidou mais ainda de mim. É como se fosse a minha segunda mãe.