Capítulo 2

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Quando ela sai andando para fora do estacionamento eu ainda fico ali parado

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Quando ela sai andando para fora do estacionamento eu ainda fico ali parado.

Chocado.

Embasbacado.

Perplexo.

E duro.

Muito duro.

O que foi isso que acabou de acontecer aqui?

Depois que meu corpo consegue ganhar mobilidade, ajeito minha gravata e entro no elevador. Mas não consigo tirá-la da cabeça.

Que garota maluca.

Como sai beijando os outros assim do nada? Bem, na verdade ela só queria agradecer por eu ter emprestado o telefone, mas poderia ter feito isso com um sorriso e um aperto de mão.

Não com um beijo.

E que beijo.

Caralho, estou duro até agora. Meu corpo ainda vibra e meus lábios ainda pinicam. Quando ela começou a me beijar daquela maneira tão intensa fiquei completamente envolvido e não consegui parar o beijo.

Não deu pra parar.

Com toda a certeza ela não deve ser dessas que coram quando um homem faz um elogio. Acho que deve ocorrer exatamente o contrário, os homens se encabulam perto dela. E não só por ser atrevida, mas também por ter uma beleza arrasadora.

A maquiagem forte combina com sua personalidade. Seus olhos são verdes da cor de uma esmeralda e bem marcados por lápis preto e delineador. O batom vermelho forte e provocante. E o cabelo longo e ondulado da cor de uma cenoura. Ela é chamativa, como uma ruiva deve ser.

Ela é linda pra caramba, mas não faz o meu tipo. Sou o tipo de cara que prefere as garotas mais calmas e recatadas. Definitivamente eu não ficaria com alguém que se atreveu a me agarrar daquela maneira.

Mas você ficou. E quase transou, inclusive. Num estacionamento.

Ok, é melhor esquecer isso. Talvez eu nunca mais a veja. Ando pelo corredor até chegar no setor que a recepcionista me informou.

Caramba.

Meu irmão foi baleado!

Eu estava em casa assistindo tv quando meu pai me ligou. Mais especificamente, deitado no conforto do meu sofá, assistindo tranquilamente a mais um episódio de The Walking Dead. Achei que a ligação fosse para dizer que tinham chegado bem, já que pedi que me avisassem assim que chegassem à Brasília. Meus pais foram visitar o meu irmão e ver como ficara a sua nova academia que havia sido inaugurada. Mas fui pego de surpresa quando meu pai disse que meu irmão havia sido baleado e me implorou para ir vê-lo.

E é claro que me arrumei correndo, peguei o carro e aqui estou. Sei que a gente não se fala há um tempo, mas, poxa, ele é o meu irmão, me sentiria péssimo caso ele... cara, não posso nem imaginar.

Apartamento 302 (Série Apartamento - Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora