Nascida Uchiha.

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Hospital de Konoha.

— Kyô! — Shikamaru tentava acordar a amiga, mas era em vão. Algo a puxou para as suas memórias antigas novamente, provavelmente a aparição de Itachi foi um gatilho.

— Tsunade-sama está chegando. — A enfermeira estava fazendo a checagem rápida na garota.

• Memórias on.

| Lembranças eram pequenas partituras que ficavam presas em uma determinada parte do cérebro. Orochimaru possuía fascínio pela memória, era como abrir ou fechar camadas. Desenvolveu um novo jutsu no qual ele as trancava e fazia o necessário para criar novas. Kiyomi fora o primeiro experimento bem sucedido do sannin. |

Clã Uchiha, 10 anos atrás.

— Kyô! — A mulher se aproximou ao lado de Itachi. Os cabelos longos e castanhos voavam em meio a brisa. Olhos ônix e penetrantes. A doçura acompanhada de selvageria deixava Izumi Uchiha sob os olhos de Itachi. — Como você está?

— Izumi! — Deu um pequeno grito. Correndo na direção da mulher, envolveu seus braços ao redor de sua cintura, abraçando-a. — Estou bem, Arigatō. E você? — Um sorriso se formou em seus lábios.

— Estou me sentindo magnífica com esse abraço. — Ela retribuiu sem hesitação, depositando um beijo sobre o topo da cabeça da menina.

— Kyô-chan. — Sasuke revirou os olhos, enquanto encarava a cena em sua frente. — Precisamos ir.

— Tá bom! — Lançou um olhar frio para o seu irmão. Se afastando daquele abraço, seguiu até o seu irmão mais velho que a parou.

— Kyô e Sasuke, nada de chegarem tarde em casa. — Itachi advertiu. Se curvando frente a menina, deslizou dois dedos de sua destra sobre a testa dela, enquanto sorria. — Talvez outro dia, ocorra o nosso abraço.. Preciso ir até a força policial. Se virando para Sasuke, o chamou. O pequeno veio correndo e sorridente na direção de seu irmão mais velho, que efetuou o mesmo ato sobre a sua testa também. — Cuide da nossa imōto. — Firmando sua postura, ele se afastou dos menores e seguiu na direção oposta, acompanhado de Izumi.

Sasuke puxou a irmã pelo braço, enquanto ela encarava Itachi se afastar. Os olhos marejados estavam tão nítidos, que Sasuke limpou algumas lágrimas com o seu polegar. — O Ni-san é distante, eu sei mas ele é o prodígio do nosso clã e por isso..

— Vem as responsabilidades. — Respondeu ainda encarando o vulto que sumia. Virando seu rosto para Sasuke, sorriu. — Ainda bem que eu tenho você para alegrar os meus dias.

— Não ouse. — Ficou totalmente sério. — Eu te conheço bem, Baka.

— Ouso sim. — Envolvendo seus braços ao redor de Sasuke, o abraçou. Foi algo espontâneo, carinhoso de sua parte. Ela amava seu irmão gêmeo e não sabia se um dia viveria sem ele.

Sasuke estava inerte por alguns segundos, foi inesperado. Seu coração se encheu de amor, deixando seu rosto rosado. Envolvendo seus braços ao redor de Kiyomi, retribuiu o abraço. — Baka!

— Tsuki to hoshi.. — Kiyomi Sussurrou.

— Lua e estrela? — Sasuke questionou confuso, se afastando um pouco da irmã, a encarou. 

— Mamãe nos chamou assim uma vez.. — Estava séria. — Ela disse que é uma maneira de dizer que somos sangue, mas com as nossas diferenças.

— Eu gostei.. — Ele riu. — Quando um estiver longe ou perdido do outro, vamos lembrar dessa exata frase..

“Tsuki to hoshi, possuem o mesmo sangue com pequenas diferenças.”

Kiyomi - A primeira criação de orochimaru. Onde histórias criam vida. Descubra agora