CAPÍTULO 1: A FAMÍLIA PEACE

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Ao sul de Montgomery se encontra uma bela vila, pertencente ao mesmo reino. Uma vila sempre ensolarada, o clima era sempre agradável aos sentidos. Era possível ver as cores das borboletas e o desabrochar das flores. As casinhas dessa vila são pequenas porém aconchegantes, e os moradores dela sempre possuem um sorriso no rosto. O cheiro do Bosque das Flores tomava conta de toda ela.
No meio de toda essa alegria se encontra um dos mais belos castelos já vistos até hoje. Era discreto, porém majestoso, pintado em cores claras e seus detalhes em ouro. Em uma das inúmeras sacadas pertencentes ao castelo era possível visualizar uma mulher encostada no parapeito, de olhos fechados. Os seus cabelos são compridos e encaracolados, dourados como a coroa que carrega em sua cabeça. Seu rosto é delicado e sua pele é leitosa, somente suas bochechas são vermelhas. Sua expressão era calma e apreciava a leve brisa. Essa era a rainha Amanda Peace, ela pôde ouvir os passos de alguém vindo em sua direção, contudo permaneceu de olhos fechados aproveitando a brisa em seu rosto.

– Vossa majestade está aproveitando o vento fresco desta manhã maravilhosa? – Perguntou Tomás Müller se aproximando de Amanda.

Tomás era conselheiro real dos Peace, com seus cabelos castanhos, sua pele era de cor negra, seus olhos profundos e castanhos, envolvido em um dos mais terríveis acontecimentos da cidade, o Attack Stolen Children's.

– Sim, meu caro Tomás – abrindo os olhos azuis levemente, questionou o amigo – Você já viu mais bela paisagem do que os nossos lindos bosques? Ouça os pássaros em nossos ouvidos, é está a calmaria que eu queria para Montgomery. Amo vir aqui para ouvir o som dos pássaros cantando, observar as árvores.

– Também gosto dessa vista, madame.

– Madame, Tomás? – Disse a Rainha rindo - Oras, por favor! Nos conhecemos desde que você apareceu no Castelo, lembra? Tinha apenas 15 anos.

– Ainda se lembra do dia em que cheguei? A senhora era tão pequena.

– Fala como se eu fosse idosa – indignada, a rainha revirou os olhos – sou mais nova que você, tenho somente 39 anos, na época, tinha 13, mas era grande suficiente para entender. Como poderia me esquecer daquele dia? Como você conseguiu fugir sem carregar traumas?

– As noites ainda tenho pesadelos, o ataque naquele dia, mudou tudo, na minha vida e na de tantas outras.

– Eu me lembro, mais de 100 crianças tiradas de seu lares pela Ordem Negra, malditos asquerosos que se escondem no escuro da floresta. – Amanda abaixou seus olhos com pesar – Os Blake, a Ordem, Montgomery está sentenciado a não ter mais paz!

– Um dia tudo isso acabará, soberana. Eu lhe afirmo! E o mais importante, estarei sempre aqui com a senhora. – Tomás colocou sua mão sobre a da Rainha, seu olhar brilhava. Ela o olhou assustada e deu alguns passos para trás. Sua expressão tornou-se fria.

– Tomás, somos amigos há muito tempo e você possuí a minha mais alta confiança. Porém, sabe melhor do que ninguém que sou uma mulher casada e totalmente apaixonada pelo meu marido, então não admito atitudes como essa. – seu olhar indicava irritação – Qualquer sentimento amoroso que você possuí por mim, guarde para si mesmo, acabe com ele, pois nunca será recíproco. Estou em minha casa e exijo ser respeitada!

Amanda estava tão focada em repreender Tomás sobre seu comportamento impróprio que nem percebeu o marido chegando ao seu lado.

– Está tudo bem por aqui? Você está desrespeitando a minha esposa, Tomás?

Diogo era um homem alto, forte e musculoso por treinar com os soldados desde que era pequeno. Seu rosto másculo era levemente bronzeado pelo sol, seus olhos eram verdes como esmeraldas. Seus cabelos lisos e loiros em um tom escuro eram adornados por uma coroa de ouro. Diogo, marido de Amanda, olhou irado para o conselheiro e rapidamente enlaçou sua mão na cintura da esposa.

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