X. "Amar o Diabo dói"

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N/a: voltei!! sonhando todos os dias com o harry em mais um filme aiai,,,,,, e vcs??

comentem pff :)

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Será que a morte extraiu o desejo que ele tinha de viver? Será que ele costumava ter um desejo de viver antes que essa dor no seu peito surgisse?

Depois de deixar a igreja, sua família fingiu não perceber que ele estava estranho. Anne perguntou algumas vezes se ele estava bem porque seu filho parecia estar tendo sérios problemas para caminhar, mas desde que a reunião com sua família lavou o seu cérebro - embora o que eles pensassem fosse verdade, Harry realmente tinha o diabo com ele - ela não queria chegar muito perto. Ela seguiria tudo como planejado.

Era literal demais para ele voltar para casa, descer os degraus e dormir. Ele nem mesmo percebeu quando adormeceu. A inquietação era muito forte, a dor no peito muito visível. Ele se perguntou se estava morrendo. Ele rezou para que sim, para que ele nunca mais sentisse esse vazio.

Ele acordou no dia seguinte e não sabia há quanto tempo estava olhando para o teto, respirando pesadamente, fracamente. Louis não voltou, e isso acabou ainda mais com ele. Ele não queria morrer sozinho. Ele não se sentia tão mal quanto no dia anterior, pelo menos ele podia ficar em pé, contanto que estivesse apoiado em alguma coisa.

O dia passou como se nada tivesse acontecido, e ninguém, a não ser sua irmã, perguntou o que estava errado. Ele podia até ouvir sua mãe a mandando ficar quieta e continuando a fingir que estava tudo bem. Ele diria isso a Louis, se ele não o matasse.

Ele foi para a escola e vestiu um grande casaco cinza com botões. O frio perfurou seus ossos, mesmo no outono. Um dia atrás, ele estava de shorts e agora tremia de frio, os lábios roxos e a pele pálida. Felizmente, Fionn não estava lá naquele dia, e ele podia evitar as perguntas que ele não tinha respostas.

Ele voltou para casa no carro do pai com a mãe dirigindo algumas horas depois. Ele não comeu nada o dia inteiro porque a primeira coisa que bebeu - uma caixa de suco de laranja, já que não estava com disposição para o café da manhã - estava agora no banheiro. Ele vomitou imediatamente, aparentemente seu corpo rejeitava qualquer coisa que o fizesse se sentir bem.

Quando chegou em casa, ele nem cumprimentou sua tia e seu tio, que estavam bebendo chá na sala de estar. Ele notou que seu pai estava prestes a repreendê-lo por ser rude, mas ele voltou atrás instantaneamente porque se lembrou das palavras do diabo. Ele tinha que ser muito cauteloso.

Finalmente, desceu os degraus com cuidado, abrindo a porta do quarto, acendendo a luz e girando para trancar a fechadura. Ele não queria ver ninguém. Ele suspirou e se virou, com o coração acelerado ao notar o diabo a alguns centímetros de distância, no outro extremo do quarto, para ser exato.

Ele parecia diferente.

Seus olhos estavam arregalados e vermelhos, suas pupilas muito dilatadas, sua mandíbula trincada e seus punhos cerrados enquanto ele continuava observando Harry com um olhar sombrio. o menino ficou paralisado quando o viu assim, porque, por favor, ele era tão estúpido por não ter pensado em como o diabo seria quando estivesse com raiva. Ele pensou que seria o precioso Louis? Aquele que o segurou nos braços enquanto fazia amor com ele? Aquele que aliviou suas lágrimas com palavras doces? Não.

O silêncio reinou na sala por alguns segundos. Harry não ia falar nada, seria muito desrespeitoso.

"...O que você fez?"

Alguém acreditaria nele se ele falasse que nunca teve o medo que todo mundo tem de Louis? Se ele jurar que apesar de ele ser o diabo, Harry nunca viu ele como horrível, aterrorizante e cruel? Será que ele estava tão apaixonado assim? A voz do diabo tinha saído tão baixa, rouca e quieta que era muito arrepiante. O menino sentia vontade de chorar, mas sequer conseguia. Até seus olhos, mesmo embaçados de lágrimas, não liberava nem mesmo uma.

Dancing with the DevilWhere stories live. Discover now