VII. "Língua afiada"

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***

Duas semanas.

Fazia duas semanas desde que Harry acordou após desmaiar quando soube que ele quem causou a morte de seu primo.

Para começar, ele estava sob observação há um dia devido à fraqueza por não ter fome e à sua péssima aparência. Ele só dormia graças ao calmante no soro. Então veio a notícia do funeral de Brad, e o encaracolado desmaiou assim que ouviu.

Tornou-se algum tipo de trauma? Ele não sabia exatamente, mas assumiu que era por causa das imagens que assombravam sua mente quando alguém nomeava seu primo falecido. Lembrava da palavra Castrati e explodia em ataques de ansiedade. Tão forte que ele achava que iria morrer.

Finalmente, foi quando ele lembrou que, segundos antes de desmaiar no hospital, o diabo não o segurara. Ele não sentiu a proteção de seus braços, ele não sentiu nada e internamente ficou agradecido, porque naquele momento era a primeira vez que ele tinha medo dele realmente do jeito que todo mundo tinha.

Medo de que faria com ele, mesmo sabendo que ele levaria sua alma de qualquer jeito.

O pai de Harry voltou para casa, depois de alguns dias, ele foi informado sobre a morte de seu sobrinho e se trancou em seu quarto por mais de três dias. Ele estava sempre em casa, mas quando Harry chegava, ele ia para qualquer outro lugar, ele simplesmente saía de perto. Ele nem olhava para o menino, orava constantemente - ainda mais do que antes - e o garoto se sentia magoado porque estava esperando um pedido de desculpas... um pedido de desculpas por ele querer queimar a pele dele, por bater em sua mãe.

Mas o que mais machucou Harry não foi desmaiar, viver constantemente com ansiedade, ou suportar a culpa da morte de uma pessoa, ou prejudicar seu próprio pai, nem mesmo saber que ele certamente iria para o inferno.

A verdadeira dor era que, depois que ele acordou naquele dia no hospital ... Louis se foi.

Completamente. Ele não sentia mais o beep  no ouvido esquerdo, não sentia o desconforto constante, nem seu corpo continuava se deteriorando. Ele até estava melhor. Ele não parecia mais um cadáver.

E mesmo que ele estivesse com medo de ver Louis novamente, definitivamente não se comparava à dor de tê-lo longe, de não sentir seus braços ao redor dele à noite. Estava tudo horrível, e o nó na garganta dele não diminuía, mesmo quando ele chorava ruidosamente nos braços de sua mãe.

Finalmente, depois de duas semanas, Harry voltou para a escola. Seus pais haviam assinado a autorização para a viagem. "Deus guiará o seu caminho!" Eles disseram, mas Deus não guiaria ninguém que tivesse o nome "Harry Styles" e ele sabia disso.

Fionn ainda estava irritado por não poder ir e Harry tinha medo de ir porque sabia que Dylan Moisset e Parker Jenkins estavam indo também ."Os valentões". Eles tornavam a vida dos dois adolescentes impossível, tudo porque eles eram diferentes.

Dylan era quem sempre estava atrás de Parker. Parker teve uma vida terrível, caindo em um orfanato e sendo adotado por uma família rica, só porque ele era uma criança bonita. Ninguém sabia que ele era adotado, exceto os pais de Harry, que se davam bem com os pais de Parker. O garoto encaracolado ouviu quando o Sr. e a Sra. Jenkins confessaram o assunto aos Styles, mas ele nunca disse nada.

Ele sabia que ia fazer uma viagem horrível. Pelo amor de Deus, ele sabia disso. Mas ele não se importava mais com nada, nada fazia mais sentido. Ele queria Louis, era a única coisa que ele queria, a única coisa que ele queria e não podia ter. Ele sentia que todo o carinho que o diabo já lhe dera era falso e isso partia seu coração.

Dancing with the DevilWhere stories live. Discover now