Capítulo 6

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Estou caminhando a uns 8 minutos desde que desembarquei na estação perto de casa, peguei um metrô fudidamente cheio hoje pelo horário.

Minha terça feira foi agitada, eu diria. Estava meio aérea hoje o que fez tudo parecer muito cansativo, no fim das aulas nem parei para conversar com os garotos, só caí fora.
Acredito que tudo isso foi por ansiedade e pressa de rever meu irmão, ele chegou de manhã, mas no horário que eu estava em aula na escola.

Do fim da rua, já no meu bairro, o vejo correndo em minha direção todo eufórico.
Dou um sorriso grande abrindo meus braços.

Ele pula no meu colo feito uma criancinha, sem nem ter medo de me machucar com o seu peso em meus braços.
Cheguei a me desequilibrar, mas consegui o segurar.

“MEU DEUS”, grito retribuindo seu abraço.
porra Caleb que peso!”, rio fazendo uma careta de dor.

Ele gargalha, “Fraca demais” diz saindo do meu colo.

Olha o seu tamanho véi!”, resmungo. "Estava com saudades!", o abraço novamente, numa posição confortável dessa vez.

"SAIAM DO MEIO DA RUA!”, grita nossa mãe, no portão nos fazendo rir.
Seguimos juntos para casa.

“Como foi a viagem?” pergunto me sentando no sofá.

“Cansativa e tediosa, escutei a mesma playlist umas 7 vezes!”, suspira dramático.

“Ninguém mandou não ter voltado com a gente.”, vejo minha mãe concordar.

“Foi um risco que eu quis correr!”, resmunga.

“Tsc, ‘risco’!” falo irônica.

“Enfim, o Pai disse que vai marcar de vir para cá depois, provavelmente nas férias.”, comenta deitando no meu colo.

“Isso é ótimo!”, levo minhas mãos ao seu cabelo por força de hábito.

“Triste para você ter que passar as próximas férias estudando, hein?”, nossa mãe o lembra, deixando o garoto angustiado.

“Ai, nem me lembre! Me dá um desanimo só de pensar nisso.”, diz com um biquinho manhoso.

“Já decidiram onde vão o matricular?”, pergunto distraída com o cabelo do moreno.

“No Shiratorizawa”, exclamam juntos.

“Resolvi aceitar a solicitação de matrícula que me enviaram!”, ele fala animado.

“Vamos o matricular amanhã”, continua a mais velha.

Os encaro surpresa, “Uaaah, parabéns!", sorrio. "Vai conseguir pegar o ritmo de lá? Parece ser tudo tão tenso.".

"Relaxa, eu consigo fazer tudo!", diz convencido.

"Hmm, bom saber!", comenta nossa mãe de forma irônica.
Rio de sua fala.

"Mas sobre você ir para lá, já imagino o problema que isso vai dar!", faço uma careta.

“Nem me fale...”, diz minha mãe se levantando e saindo da sala.

“Não sei o por que de tanta preocupação!”, Caleb fala nervoso. “Nossos parentes não vão me deserdar por isso”.

“Isso é, mas ouvir asneiras você vai ter que ouvir.”, digo simplista.

“E sem reclamar!”, a mais velha completa voltando a sala e nos entregando uns biscoitos.

“Que merda!”, ele resmunga de boca cheia, ainda deitado.

[PAUSADA] Can You Understand Me? //HAIKYUUWhere stories live. Discover now