Capítulo 4

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Após o almoço, fomos juntos ao mercado comprar algumas besteiras para comermos de noite; incluindo ingredientes para um brigadeiro de panela que aprendi a fazer no Brasil, meu avô disse que queria provar e me obrigou a prometer que faria mais tarde!

Já novamente na parte externa da casa, ele pegou as bolas de vôlei e se direcionou a mim. “Faremos assim, irei posicionar algumas garrafas na área adversária, levantarei as bolas e você, obviamente, deve acertar as garrafas.”

Assinto após ele arrumar as garrafas e me preparo para correr. Ele levanta a bola, pulo e faço uma paralela bem 'apertada' acertando uma das garrafas; novamente pulo e faço um cruzado e por ai seguiu, acertei todas sem muitas dificuldades.

Esparramados e cansados no chão de seu quintal, começamos a falar sobre meu desempenho.

“Você esta com um controle bom de bola, parece ir bem nos saques também”.

“Então estou aprovada?” levanto a cabeça o olhando.

“Aham, é bem notável a sua evolução no esporte” diz sorrindo.

Sorrio de volta.

“Agora chega né? Estamos fedendo!” falo me levantando e o ajudando a levantar em seguida.

Seguimos derrotadíssimos para casa.

[...]

Já limpinha e de buxo cheio, me encontro esparramada no sofá com um prato de brigadeiro pousado em minha barriga.

Meu avô esta sentado com meus pés em seu colo; conversamos sobre meu irmão.

“Então vocês ainda não sabem em qual escola o matricular?” ele pergunta comendo mais do brigadeiro.

Nego com a cabeça, “Ele também recebeu varias recomendações de algumas escolas potencias, por conta da natação”, digo me levantando e indo a cozinha pegar água.

“Por que não o Karasuno? Todos os Ukais estudaram lá, incluindo sua mãe.” Fala simplista.

“Acho que ‘o Karasuno’ não esta nem nas opções dele Jii-chan” começo a rir.

Ele muda a feição e parece ficar nervoso, “E por que não? Ele é bom demais para estudar lá?” resmunga.

“Não fale assim Jii-chan! No Brasil ele era de uma escola renomada pelo esporte, é normal ele ficar indeciso” comento o entregando um copo d’agua.

Quem vê essa nossa relação de avô e neta, acha que ele é muito carinhoso e gentil! Mas meu avô é sempre muito sério e rígido com as pessoas, não chega ao ponto de ser sem educação, mas ele não é de socializar ou pagar simpatia.

Após mais um tempo de conversa, arrumamos o que bagunçamos e fomos dormir.

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Meu Domingo passou de forma rápida, conseguimos matar a saudade fazendo varias coisas juntos. Até skin care ele topou fazer! Combinamos de no próximo final de semana eu dormir de novo na casa dele, com o Caleb ou até sem o Caleb.

Pedalei voltando a minha casa, o céu já estava escuro. Assim que cheguei me direcionei ao meu quarto enviando mensagens ao Caleb, sua viagem de volta irá ser hoje por volta das onze; ele só estaria aqui de manhã na terça.

Arrumei meus materiais para as aulas de amanhã e capotei na cama.

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Estávamos seguindo para quadra já com nossos uniformes de educação física. Nessa aula, o ginásio enorme é dividido em dois, um lado para os meninos e o outro para as meninas.

A professora nos explicou sobre a atividade que faremos , no caso Handball, e depois começamos a jogar e aplicar o que ela nos ensinou; no meu time estavam Mahina, Sayuri e outras 3 meninas.

Em geral, me dou bem com as pessoas da classe, mas tem um quarteto especifico de garotas que o santo não bateu. Sempre quando falo alguma coisa, elas fazem caras e bocas; motivos? Desconheço, sério.

Ganhávamos de 6 a 4; Mahina é a goleira e defende muito bem! Sayuri, eu e outra colega somos atacantes, e as outras 2 meninas são tipo ‘zagueiras’.

Estava prestes a passar a bola para minha parceira de time, quando senti um solavanco nas costas quase me fazendo cair.

A arbitro apita e cobra falta, me dando o tiro de 7 metros. Me viro e vejo ser Mina, uma das meninas na qual ‘não me dou bem’, quem me empurrou; decido relevar a situação e marco mais um ponto.

No decorrer do jogo, percebo Mina me marcando muito! Começo a ficar sem paciência...

Passo a bola para Sayuri, correndo em direção ao gol adversário. Sinto novamente o solavanco, mas dessa vez eu revido.

“Qual o seu problema?” a empurro.

Ela fica de frente a mim, me pentando com um puta sorriso debochado.
‘Fecho’ ainda mais minha cara.

“Eu estou fazendo nada!” diz irônica.

“Só esta me trombando como uma louca!”, falo nervosa.

Neste meio tempo, o jogo tinha dado uma pausa e as garotas estavam a nossa volta sem entender a confusão.

“Calma Bibian é só um jogo!” Mina me provoca, com as encostos dela rindo.

“Te digo o mesmo!” a olho firmemente. “Sonsa do caralho.”, resmungo mudando de direção.

Sigo para onde as garotas estavam.

“Qual foi da confusão ali ?”, pergunta Mahina.

“Ela só resolveu começar a implicar comigo.” Falo sem paciência revirando os olhos.

O sinal soou indicando o fim da aula, caminhamos ao vestiário. Tomamos um banho, nos vestimos e saímos juntas.


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"Skin Care: cuidados com a pele".

"Tiro de 7 metros: é como o pênalti do futebol".

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A presença dos meninos do time de vôlei no cotidiano da protagonista, está perto; se acalmem!

beijos gorói '3'

[PAUSADA] Can You Understand Me? //HAIKYUUWo Geschichten leben. Entdecke jetzt