🥇Fanfic vencedora em voto popular do Concurso Literário Believer 2020
🥈Segundo Lugar na categoria Melhor Fanfic da Segunda edição do Concurso Literário Believer
Olivia White, uma bruxa mestiça e da Grifinória, cresceu fazendo parte do "Quarteto D...
Vou postar no meu Instagram a foto do vestido da Olivia desse capítulo. Aproveitem a leitura!
⚠️ Contém Gatilho ⚠️
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Olivia White
Entramos em seus aposentos.
Não cansava de surpreender-me em quão organizado aquele homem era. Todos os livros posicionados de maneira propícia para serem apanhados e lidos com maior comodidade. Sua escrivaninha não era um caos como a minha, os pergaminhos eram empilhados e devidamente separados, os vidrinhos com tintas eram postos em um único canto, junto com os tinteiros limpos.
O quarto era estranhamente confortavelmente obscuro, com suas poltronas e sofás de veludo verde e alguns quadros pendurados com simetria.
Sentia as mãos úmidas e os batimentos acelerados. Em minha mente, preocupações brincavam e corriam de um lado ao outro.
Deveria mesmo ter lhe perguntado aquilo?
Por Merlin, mesmo depois de tudo o que passamos, ele ainda era Severus Snape, as vezes o via como um ser inalcançável e muito, muito distante.
Mas outras vezes, principalmente quando olhava-me com seus negros e profundos olhos, tinha a noção exata de como era mergulhar neles e me enraizar em suas profundezas.
-Olivia?- Aquele tom de voz, grave, baixo e arrastado fazia-me sobrenadar por seus enunciados.
Ao virar para encara-lo, percebi que passara excessivo tempo perdida em reflexões.
-Me desculpe...
-Sente-se.- Apontou o único sofá daquela pequena sala.- Quer uma bebida?
-Não, obrigada.
O Sonserino serviu-se de um único copo, deixando a garrafa de Whiskey na prateleira de madeira que também sustentava alguns frascos de poções. Finalmente sentou-se ao meu lado, ajeitando a capa e o colete.
-Foi um erro... Me desculpe, eu não deveria...
-Pare de se desculpar, doce Olivia - Disse sério com o olhar fixo em sua bebida.
Após alguns segundos encarando o copo em sua mão, organizando as memórias em sua cabeça, pensando em como contaria o que acontecera com seus pais, fitou-me com seu olhar baratinado.
Se expôs por inteiro com apenas aquele feito, sem nenhuma palavra ser proferida.
A postura corporal, os ombros e tronco, refletiam o quanto aquele homem sentia-se pequeno perante os acontecimentos que estava prestes a me contar.
Engoli em seco, arrependendo-me mais uma vez pela pergunta. Por mais que Severus tivesse se aberto comigo antes, eu nunca o vira daquele jeito.
Seu silêncio era devastador, sua feição era sufocante, mesmo sem nenhuma ação ter sido tomada.
