Eu Não Posso

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Para esse capítulo inspirei-me em Ensina-me a Amar da nossa querida @Izzy_Snape e também tive uma ajudinha da Mary Elvina.

A aluna desse capítulo foi inspirada em uma leitora que se transformou em uma grande amiga, a Luliz38 .

A aluna desse capítulo foi inspirada em uma leitora que se transformou em uma grande amiga, a Luliz38

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Severus Snape

Cedric Diggory estava morto. Voldemort havia voltado. Minha Marca Negra doía infernalmente. Sentir novamente aquela queimação na pele era suplicante.

Não havia participado do grande retorto e isso me faria sofrer fisicamente. Poderia imaginar o que me aconteceria a partir de tudo que já vira ser capaz de se tornar através da mão do Lorde Das Trevas e seus seguidores.

Eu voltaria a ser um agente duplo, voltaria a privar e reservar minha mente na presença de um dos maiores bruxos. Voltaria a arriscar minha vida diariamente.

Os trabalhos imundos e maléficos recomeçariam.

Beirávamos novamente o completo calvário.

Naquela noite, encontrava-me inquieto e desolado. A falta de afeto apresentava-se com maior intensidade. Ansiava e necessitava por um simples toque.

Sentia-me imundo por não ter ninguém em minha vida, mas sentia-me merecedor de tal situação. Era como se eu me punisse e fosse grato pelo mundo contribuir para isso.

Minhas roupas, minha aparência, postura e atitudes completavam a tarefa dolorosa de propositalmente afastar pessoas, mas também eram um reflexo de uma criança e um jovem que nunca havia sido merecedor de nada positivo.

Saí do castelo, escuro pelas nuvens carregadas. A escuridão não era só por causa da fria noite, mas por causa da aproximação do mal.

Aparatei no centro de Londres e caminhei lentamente sob a garoa pelo caminho já conhecido por mim. Desviando de algumas latas de lixo e alguns ratos que caçavam seus alimentos, contornei o quarteirão e entrei no beco sombrio, deixando o barulho da cidade para trás.

Logo vi a porta de ferro desgastada com uma placa vermelha luzente em cima.

Assim que entrei, a iluminação a meia luz e o cheiro de bebida e cigarro atingiram-me. O barman acenou como de costume e o segurança deu- me passagem para o andar de cima.

As escadas eram cobertas por um velho carpete vermelho, cobrindo o escuro piso de madeira que combinava com a cor da madeira que revestia as paredes.

O andar superior era composto por vários quartos e suas portas numeradas que não impediam o som do que acontecia dentro deles de sair pelas frestas das mesmas. O jazz de pouca qualidade do andar principal era ouvido no corredor onde estava, deixando o clima ainda mais depreciativo.

Bati na porta número 5. A curva daquele número sempre lembrava-me uma risada, a qual debochava sem escrúpulos da minha vida naquele momento.

A porta foi aberta, permitindo-me ver a bela mulher alta e magra. Sua pele bronzeada brilhava por baixo do vestido vermelho de seda. Os cabelos negros e curtos emolduravam o rosto fino e os olhos amendoados.

A Leoa De SnapeWhere stories live. Discover now