Capítulo 26

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     O final de semana passou voando. Hoje já é domingo e a Lídia recebeu uma ligação da secretária da minha escola. Avisando que amanhã meus serviços comunitários em dupla começam.

Maldição!

Ela não contou a papai que fui parar na diretoria, mais uma vez. Está até me acobertando... sendo legal.

No entanto, se ela pensa que eu vou ceder assim tão fácil está muito enganada!

    Ontem ela estava me dando conselhos, é sério! Pedindo que eu me abri-se com ela.

É o auge a ilusão!

Não sei se um alienígena se apoderou do corpo dela ou algo do tipo... porém, ela anda diferente.

                             🌸🌸🌸

    Já estamos na última aula, e a Iza não para de encher meu saco com esse papo de que eu e Sebastian somos um casal.

Ela é cega?

  Toda vez que nós dois nos vemos é uma briga difenrente, nunca sequer tivemos uma conversa civilizada e a retardada vem com essas paranóias.

          E a última aula chegava-se ao fim e pela primeira vez eu não queria que ela acabasse. Guardo meu material, me despeço das meninas e vou em direção ao refeitório. Quando estou saindo de minha sala, me deparo com aquelar criatura.

       Lá está ele, Sebastian está escostado em um armário próximo a mim e me secando com um olhar.

Para garoto! Vou arrancar seus olhos!

Por que tão lindo?

       Fico um pouco estasiada retribuindo o olhar, até que ele vem até a mim e põe seu rosto próximo ao meu ouvido, me deixando alerta e um tanto nervosa.

-Apreciando a vista? -Diz ele sussurrando em meu ouvido e me causando arrepios por todo o corpo.

O corpo de vocês também os trai?

O meu sim, e isso não é legal!

-Perdeu as palavras? Hein? -Sussura provocando e me causando mais arrepios. -Cadê a garota da língua afiada?

Não foi amolada hoje.

-Eu... temos... que trabalhar. -Falo com dificuldade e o empurro para longe de mim o mesmo dá um sorrisinho de lado.

Eu gaguejei!!!

Que desgraça!

O que eu tenho hoje?

Que vergonha, ele certamente percebeu que fiquei toda desconcertada com sua aproximação repentina. Quem não ficaria?

        Seguimos em direção ao refeitório, e eu estava torcendo para que ele não se sentasse comigo. E adivinha? Sentou na mesma mesa em que eu estava e na minha frente. Esse muleque só pode estar tirando sarro da minha cara.

      Ambos tínhamos terminado de almoçar, porém, a o meu "querido colega" fez o favor de ir comprar um milk shake e não voltar. Quando já estou quase desistindo de esperá-lo, ele chega sorrindo.

Não tá normal não.

-Pelo visto nem pontual você consegue ser! -Praticamente berro me levantando da cadeira e recebendo os olhares de todos que estão no refeitório.

Parabéns, burra.

-E pelo visto você não consegue sorrir e deixar esse mal humor de lado um minuto né? -Ela fala se aproximando e tomando seu milkshake em um canudinho.

Ahh que fofilho!

Para, sua bocó. Ele te fez passar vergonha na frente de metade da escola.

        O inspetor "amigo de todas as horas" nos acompanha até o pátio. Lá emcontramos vassouras, rodos e outros diversos assessórios de limpeza.

É pedir demais para que um terremoto aconteça apenas na diretoria e que o teto caia sobre o diretor?

       Começamos faxina, e até que o maurinho sabe varrer. Fizemos um trato ele varre e eu limpo as cadeiras de arquibancada, o chato lava o pátio e eu organizo as bolas de basquete na estante delas e guardo os pompons de líderes de torcida no armário.

Que? É justo! Não estaríamos aqui se não fosse por causa dele. O ingrato ainda se recusou a fazer sua parte do trato.

Bom, sobre o trato... não fizemos exatamente. Para ser mais clara eu propus, e como esperado o embuste discordou.

          Como já era se de esperar eu terminei primeiro e aproveitei para ir comprar algo para comer. Chegando lá peguei uma porção de batata frita e um suco de laranja.

Já estava saindo da lanchonete, mas, me veio a mente se eu poderia levar algo para Sebastian. Levar eu até posso, querer é diferente...

    Resolvo levar uma porção de batata fritas e uma coca cola de um litro como, porque era só pra uma pessoa.
E se ele não quiser eu jogo na cara dele.

      Vou até ele que está sentado no chão do pátio, me parece cansado. Mas, também o pátio é enorme. Estendo o braço com o lanche em sua direção. O mesmo me olha como se não tivesse esperando e depois de alguns minutos ele pega o lanche de minha mão.

-Meu Deus, não pode ser! -Sebastian fala. -Você sendo legal comigo? Quer dizer com alguém no planeta? -Diz sínico.

Já começou o showzinho...

Nunca mais faço nada de bom pra ele!

-Se não quer morre de fome embuste, miserável. -Falo agressiva.

-Tava bom demais para ser verdade. -Diz com um pouco de decepção soando em sua voz. -Porque fica sempre na defensiva?

Agora ele me pegou de jeito!

    Para ser verdadeira são tantas coisas que me influenciaram a ser arrogante assim, uma principal...
Já passei por muita coisa, não somente a separação de meus pais, muitos acontecimentos desencadearam as minha atitides atuais.

-Não lhe devo satisfações. -Digo por fim.

-Olha, sei que não fomos um com a cara do outro e isso não é de hoje. No entanto, nossos pais são muitos amigos e ontem tive que aturar um sermão enorme. -Diz colocando uma de suas mãos em meu braçose fazendo olhar pra ele. -Então, lhe proponho uma trégua -Em seu olhar eu podia ver sinceridade.


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A EXCLUÍDA- Romance CristãoWhere stories live. Discover now