Capítulo 34

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Como assim?

Meu amor?

O que essa baranga faz aqui mesmo?

-Oi querida, que bom que veio. Tenho certeza que Sebastian ficará muito feliz em lhe ver. -Diz a mãe de Sebastian abraçando Safira que exibe sua atuação de comovida e preocupada.

O que essa cobra faz aqui? ELA PODE ENTRAR E EU NÃO?!

E eu aqui sendo boba, querendo ver ele...

Diferentemente dela a MINHA preocupação é real!

Essa naja chora e a mãe de Sebastian já vai correndo consolar ela.

Eu quase me desidratei e ninguém sequer olhou para minha cara. Nem meu pai.

Como se eu tivesse culpa. Devem estar pensando que brigamos.

EU NÃO TENHO CULPA!

Que ódio!

Estão demorando demais lá, não vou deixar Simon aqui sozinho não.

Não que seja uma desculpa pra ficar mais... Eu vim com ele e vou voltar com ele. Ponto final.

-Papai, eu quero ir com o Simon. -Falo já determinada a ficar.

Meu pai olha para mim e quando vai responder é interrompido por uma voz irritante.

-o que "essa aí" faz aqui?  -Safira pergunta me olhando com um alhar de rivalidade.

Oh cobra! Não faz eu te bater aqui na frente de todas essas pessoas não.

- Eu tenho nome! E eu que te pergunto. -Digo num tom mais alto do que eu esperava e todos olham para mim.

Espero a repreensão de meu pai, mas ele não o faz.

-Eu sou a NAMORADA dele, tenho mais direito que do que você de estar aqui. -Diz Safira gesticulando com as mãos. -Quem é você na fila do pão? Aaa agora eu lembro, ele já me falou de você. É a garota que ele foi forçado a passar um tempo fazendo trabalho comunitário por ter sido punido. Agora eu lembrei, ele te odeia. -Ela cospe o seu veneno. -O meu bebê não está bem, se ele te ver aqui certamente não vai gostar. Tá esperando o que? VAI EMBORA!

"Ele te odeia."

"Ele te odeia"

"Ele te odeia"

Essa frase não sai na minha mente.

Confesso que ele poderia ter me dito essa frases inúmeras vezes, mas eu nunca encarei como uma verdade. A gente vive se provocando, virou mais um joguinho...

Mas, ouvir DELA. E na frente de todos aqui, doeu. Doeu muito.

Não, Júlia. Você não vai se humilhar mais e chorar aqui.

-Meninas vamos parar, ok? Estamos em um hospital. -Diz o pai de Sebastian aborrecido.

Fui expulsa e ainda levei uma bronca. Hora de ir embora.

-Vamos papai. -Sussuro para meu pai, já segurando as lágrimas.

Eu não vou chorar mais!

Já basta de humilhação por hoje.

-Ei meu bem, vou levar as meninas. Você vai com seu pai? -Simon pergunta com a voz mansa e toca no meu ombro.

Eu tinha esquecido que as meninas estavam aqui todo o tempo. Já está bem tarde. E nossa noite das meninas foi por água a baixo.

-Meninas, fiquem lá em casa comigo. -Eu simplesmente imploro, não quero ficar sozinha hoje.

A EXCLUÍDA- Romance CristãoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant