Capítulo 5

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Até chegarmos em "casa" a viagem foi silenciosa eu não poderia mais falar nada, pois meu estado emocional estava péssimo! E eu não poderia mostrar a ele isso. Já tinha demonstrado sentimentos demais.

Ao chegarmos desço do carro e vou imediatamente em direção ao meu quarto, acho que ainda lembro-me de onde ficava. Mal passo pelo primeiro corredor e sinto uma faca atingir meu meu coração ao ver fotos e retratos da nova família de papai.

O que está acontecendo comigo?

Me preparei para essa semana e disse que isso não seria um problema para mim, que eu não iria deixar isso me abalar de maneira nenhuma! Pelo visto estava enganada...

Continuo andando chego perto de uma  escada, e pelo que lembro devo estar na sala principal. Ao pôr o pé no primeiro degrau da escada ouço a voz de meu pai:

—Vou deixar suas malas aqui em baixo, amanhã mando algum empregado as deixar em seu quarto.   -diz meu pai logo em seguida  indo para seu escritório.

O que ele quer fazendo no escritório a essa hora?
        
Bom, é melhor eu ir procurar meu quarto agora, preciso dormir. Estou exausta!
     
Ao terminar de subir as escadas vou em direção ao meu quarto, mas antes passo pelo quarto principal onde minha mãe dormia com meu pai. Será se ela está aí? Aquela cobra da qual tenho que chamar de madrasta?

Fico parada por alguns minutos em frente ao quarto dela e pensamentos um tanto malignos me vem á minha cabeça.

E se eu deixasse um presentinho para ela?

Algo com que ela se identificasse. Pode ser uma cobra, um escorpião, uma aranha... - Sou interrompida pelo meu próprio bocejo.

Acho melhor ir dormir, estou exausta, mas é bom ela ir se preparando a guerra ainda vai começar!

Entro em meu quarto e sem pensar duas vezes tiro apenas meus sapatos e desabo em minha cama.

                          🌹🌹🌹

 Na manhã seguinte, acordo me sentindo bem melhor, como minha tia sempre dizia nada como uma pra noite de sono para recuperar as forças. Me levanto e observo-me no espelho percebendo que ainda estava com a mesma roupa. Vou para o banheiro tomo um banho e faço minha higiene matinal, visto uns shorts preto e um cropt da mesma cor.

Agora é a hora, tenho que enfrenta-lá não posso deixar acontecer o mesmo ataque emocional de ontem!

  
 Desço as escadas e ouço vozes duas masculinas e uma femenina que provavelmente é de minha madrasta. Mal chego na sala e ouço uma voz de alguma menina me chamando:

—Juhhhh!!!!! Você voltou! -A garota fala pulando de alegria, pelo visto ela me conhece mais eu não me lembro dela não. 

—Oi, tudo bem? -Tento parecer um tanto amigável.

—Ora minha filha querida não está reconhecendo a Iza sua melhor amiga de infância. -Diz meu pai com um sorriso mais falso que a mulher dele.

Em meus pensamentos  tento me lembrar Izadora.... Iza.... logo me vem em minha mente uma lembrança, nela eu estava com uma menina de cabelos ruivos e longos brincando de casinha em um jardim muito parecido com o dessa casa.

Lembrei!

—Iza! -corro na direção dela e a abraço, ela retribue no mesmo instante.—Desculpas, amiga não te reconheci. Está muito linda! cresceu bastante anãzinha.

—Linda eu? Se eu chegar ao menos aos seus pés! -Diz ela me analisando de cabeça a baixo.—E sim juh, cresci bastante agora a "anãzinha" aqui é você. -Diz gesticulando com as mãos.

—Ah não! Estamos quase do mesmo taman... -não consigo terminar a frase, sinto alguém me puxando com delicadeza pela minha cintura e me abraçando.

      Retribuo mesmo não sabendo de quem se tratava, quando terminados de se abraçar olho para seu rosto e vejo um garoto alto, de cabelos castanhos e muito bonito por sinal e percebo que ainda estávamos abraçados, ele com os braços ao redor de minha cintura e eu com os braços sobre seu pescoço.

—Xiiiii. Simon, acho que ela não lembra de você também não. -Diz Iza com uma carinha de decepção um tanto teatral.

-Pelo menos a mim ela abraçou, por outro lado com você quase deu um ataque. Quem deve ser essa louca me chamando? - ele fala em um tom de provocação logo em seguida retirando seus braços fortes de minha cintura.

—Claro que lembro de vocês só não os reconheci faz tanto tempo... -Sou interrompida novamente.

Parece que toda vez que eu abro a boca o universo conspira para que eu a cale no mesmo instante!

—Bom, vamos tomar café todos juntos na mesa. -Diz papai que ainda estava ali nos observando.

—Comer? claro! -Diz Iza já avançando em direção á cozinha.

—Não papai, vamos tomar café em outro lugar. - Digo puxando Iza e o Simon para fora  de casa.

Fomos para o shopping  lanchamos na MC Donalts e passamos o resto da manhã por lá. Contei a eles tudo o que aconteceu comigo em todo esse tempo que passei em Buenos Aires, relembramos nossa infância e rimos a manhã toda.

        Liguei pelo celular do Simon já que não tinha levado o meu, para meu pai pedindo-lhe permissão para passar a tarde na casa da Iza. Uma manhã só não era insuficiente para matarmos a saudade.

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OLÁ!

POR FAVOR deixem sua (🌟) e comentem o que acharam isso me incentiva a continuar.

     

     

A EXCLUÍDA- Romance CristãoWhere stories live. Discover now