Capítulo 8

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Desperto com um luz resplandecente em meu rosto e uma voz insuportelmente irritante. Ao abrir os olhos com uma certa dificuldade posso ver com mais clareza de quem era aquela voz.

-Oi, queridinha. Bom dia! -Diz Lídia quase berrando.
O que essa mulher está fazendo em meu quarto? Essa cobra já faz o enorme favor de vim morar em minha casa. E agora quer entrar em meu quarto, e sem a minha permissão?

Hahhh fofinha agora você escuta!

---O que é isso Lídia? Está ficando maluca? Como se atreve a entrar em meu quarto sem a minha concepção? --Berro bem alto na esperança de que meu pai e os empregados ouçam e saibam que foi ela que me provocou caso eu a mate nesse instante. ---- Sua cobra. Saia daqui agora! -Essa última frase ainda sai em um tom mais alto e agressivo.

---Olha aqui florzinha se quer que seu pai a escute, saiba que ele não vai porque não está em casa. E mesmo que estivesse foi ele que me mandou vir aqui. -Diz com um tom de voz convencido como se fosse a dona do mundo. -----Aliás, agora sou dona desta casa e posso entrar onde eu quiser e quando eu quiser. -Diz apontando seu dedo com suas unhas enormes em meu rosto.

Unhas de gel!

---Sim, Lídia. Você pode entrar onde quiser e quando quiser em qualquer cômodo desta casa, portanto que esse cômodo não seja o MEU quarto. -Indago e empurro sua mão que ainda estava posicionada em direção ao meu rosto.

Levanto- me da cama e vou em direção ao banheiro. Mas antes olho para trás e vejo que ela continua em meu quarto, como se nada que eu disse tivesse feito algum efeito sobre ela.

--Só não esqueça que a única herdeira da fortuna de papai sou eu. Você não passa de mais uma das milhares de mulheres que ele pega todo mês e depois descarta. --Minto descaradamente pois após se separar de mamãe meu pai não teve relação mais com nenhuma mulher.

---Vou fingir que o que você disse é verdade. Diz debochando e arrumando alguns fios de seu cabelo que estavam em seu rosto. Prefiro ser algo descartável, que pode se usar uma vez, do que você que nem para isso serve. Só é um fardo na vida de seu pai... ela é interrompida pelo barulho da porta se abrindo.

Meu pai abre a porta e manda eu me arrumar. Pelo que ele disse hoje eu teria que ir ao shopping com Lídia para comprar umas roupas para ela e alguns acessórios para ela. Eles saem e eu entro com pressa no banheiro.

Tento prender esses pensamentos, porém é inevitável!

Como assim não sirvo para nada?

Sou um fardo na vida de meu pai?

Tento me conter, mas falho, lágrimas quentes descem pelo meu rosto. Essa mulher é um demônio! Ela vai pagar caro por cada lágrima que está me fazendo derramar.

Enxugo as lágrimas, tomo um banho faço toda a minha higiene matinal, visto-me e desço para tomar café. Meu pai já estava na mesa ao lado dela. Terminamos de tomar café e fomos para fora, o motorista já estava nos esperando entro primeiro no carro e ela me acompanha.

Chegamos ao shopping, onde passávamos várias pessoas nos cumprimentavam. Todas as pessoas me elogiavam dizendo que eu era muito linda e que parecia bastante com minha mãe, o que deixava Lídia furiosa.

Estamos andando pelo shopping com dois empregados que estavam conosco que até o momento ainda não tinha percebido a presença. Todos nós  estávamos cheios de sacolas com roupas e sapatos, eu já estava com os braços doendo de segurar tanta coisa.

--- Amiga quanto tempo! Amiga você está divina! Diz uma mulher alta, loira de olhos claros. A mulher estava tentando se equilibrar por causa de uma multidão de sacolas que estava em seus braços.

Pelo visto não somos os únicos que estão parecendo uns loucos com todas aquelas sacolas.

--- Quanto tempo digo eu. E nós que somos divinas. Diz Lídia com um sorriso enorme em seu rosto.

---Mas quem é essa princesa linda aí atrás de você? A mulher fala se inclinando para direita tentando me ver, e tenho a leve impressão de que Lídia não queria que ela me visse.

----Hahh essa é minha... afilhada! Lídia mente e puxa meu braço com força, me lançando para frente.

---Ah sua afilhada é muito linda, mas porque não corta o cabelo queridinha? Cabelo longo saiu de moda! A mulher fala alisando meus cabelos com suas mãos.

---Não corto porque eu não quero, e se eu fosse você cortava a sua língua que tá muito grande não acha? Falo com sarcasmo e ignorância e Lídia me um beliscão.

--- Ela está brincando! Desculpe, minha afilhada adora uma brincadeirinha. --Lídia fala toda sem graça e percebo as oportunidades que vou ter de passar vergonha nela e fazer ela se arrepender de ter invadido meu quarto.

Logo após o acontecido Lídia mente para mulher dizendo que tem um compromisso urgente e que temos que ir embora, então saímos dali e fomos para o segundo andar comprar algumas makes. Eu estava radiante de alegria, vou fazer ela se derreter de vergonha.

                             🌹🌹🌹

Passamos o dia lá quando finalmente chegamos em casa pensei que Lídia ia contar ao meu pai o que aprontei no shopping e todas as vergonhas que a fiz passar. Mas, não ela simplesmente me entregou algumas sacolas deu boa noite e subiu para seu quarto. O que me deixou surpresa.

Ando pelos corredores e avisto meu pai saindo do escritório com um jornal em suas mãos. Papai lendo jornal? Estranho.

---Pai! O que queria falar comigo ontem? Digo pondo as sacolas em uma mesinha próxima a uma poltrona.

--- Hahhh. Diz fazendo um gesto com as mãos como se estivesse lembrando o que queria me conversar comigo. Sente-se por favor. Ele se senta e aponta para outra poltrona próxima a que ele estava sentado.

---Não obrigada. Nego mesmo estando exausta por ter andado por todo aquele shopping.

---Bom amanhã é domingo eu e Lídia iremos a casa de sua tia Vitória e só voltaremos a noite como imaginei que não quisesse ir. Pode ficar aqui sozinha? Diz parecendo um pouco preocupado com minha resposta.

---Claro. Respondo em um tom de voz entediado mas por dentro estou ecoando de empolgação.

Finalmente livre!

Continua...

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Oiiii!

Vocês também assim como Júlia gostam de ficar sozinha em casa?

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A EXCLUÍDA- Romance CristãoWhere stories live. Discover now