28- Pane geral

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Quero vocês comentando muito hein! Ajuda demais <3

Acordo com a boca seca e com calor. Muito calor. Tenho dificuldade para abrir os olhos, mesmo que o quarto esteja quase que completamente escuro e agradeço por ter deixado o black out fechado. Assim que me mexo na cama percebo que não estou sozinha.

Minha visão se acostuma para visualizar o rosto angelical e um pouco suado de Harry na minha frente. Seus lábios estão levemente abertos e ele respira devagar e baixo. Meu corpo se desperta aos poucos e descubro o motivo do calor e suor. Estávamos enrolados um com o outro sob um edredom pesado.

Minha mão estava na parte de trás da sua cabeça, entrelaçada com seus fios sedosos. Harry tinha sua mão sobre minha cintura e suas pernas entrelaçavam uma minha. Todo aquele contato resgatou as memórias da noite anterior em flashes, cada vez mais embriagados a medida que as garrafas se esvaziavam.

Eu quase traí meu namorado.

Se Laura não tivesse ligado, ele ia mesmo me beijar?

Engulo seco e assustada com o pensamento, tiro minha mão de seus fios, puxando-a para perto do meu corpo. Mexo minha perna de leve e Harry se remexe, soltando-a em seu ato. Respiro fundo e passo minha mão na testa, secando o suor ali presente.

Só de pensar em Rodrigo, naquela cena do sofá e agora na minha cama minha mente fazia um nó difícil de desatar. Logo chego a conclusão que Harry estava me zuando, ou com tesão alcoólico absurdo, porque eram as únicas justificativas plausíveis na minha cabeça. Já eu, tinha minha caixinha aberta e seu conteúdo espalhado por todo meu cérebro, enquanto as emoções corriam em círculos anunciando em alto e bom tom um pane geral no meu sistema.

Eu queria beijar ele e não era tesão alcoólico.

No segundo seguinte, me encontro com raiva dele. Por brincar com um coração tão frágil e ingênuo quanto o meu, que além de tudo estava comprometido. Mas era difícil alimentar minha irritação com seu rosto tão lindo perto de mim e seu cheiro por todo meu nariz.

Meus sentimentos dessa vez gritam – ainda correndo em círculos – para que eu não pense nisso. Gritando a plenos pulmões que ele mesmo disse que não queria me beijar e que eu amava outro alguém, que aquilo era só uma atração absurda e de mão única. Até porque é impossível não se atrair por sua casca alta, atletica, tatuada e... bonita.

A dor de cabeça se faz muito presente em consequência da ressaca e intensificada pelo pane geral.

Pego a mão dele com cuidado para não acordá-lo e ele segura a minha, abraçando meu braço contra seu peito em seguida. Meu coração derrete no seu ato fofo e me seguro para não soltar um "awn". Balanço a cabeça, descreditada que ele tem tanto efeito sobre mim e me solto num movimento rápido porém suave, saindo da cama em seguida. Ele se remexe, abraça meu travesseiro e se vira para a parede.

Suspiro em alívio e levanto para puxar meu short de volta para o quadril, já que ele subiu até minha cintura durante o sono, deixando meu bumbum metade para fora. Será que ele viu ou sentiu isso em algum momento? Passo a mão no rosto, preferindo acreditar que não e pego um dos copos ainda cheios na cômoda e bebo de uma vez. Saio devagar do quarto e fecho a porta, evitando qualquer barulho.

- E aí, gata. – me viro assustada para voz, fazendo o familiar rosto se iluminar em uma risada.

- Ah. Oi Scotty. – respondo e rio também.

- Ressaca? – assinto e dou de ombros – É, eu também.

- Ian ainda tá dormindo? – pergunto e ele se aproxima.

Aimlessly |H.S|Where stories live. Discover now