▪Capítulo 28 - Afundando em sua pele.

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Afundando em sua pelePalavras escorrem pela minha espinha

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Afundando em sua pele
Palavras escorrem pela minha espinha

Fall - Vraell

Caminho impacientemente de volta ao laboratório, me sentia desesperado, fraco e inútil

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Caminho impacientemente de volta ao laboratório, me sentia desesperado, fraco e inútil. Como conseguiria protegê-la?

Hesitei ao me aproximar da porta do laboratório, pensando em como reagiria na presença dela depois de tudo que eu fiz. 

Respiro fundo, conto até cinco e tento manter minhas emoções controladas. Entro no laboratório me deparando com ela sentada, no chão, lendo um livro antigo. Observei-a levantar a cabeça devagar e me encarar.

— Oi ... Você demorou… — Disse ela, fechando o livro. Apenas respondi com sorriso fraco e forçado. Não tinha ideia de como respondê-la sem parecer suspeito.

— John… Como foi? — Perguntou Dr. Kim, se aproximando, como se já soubesse o que havia acontecido, como se estivesse me testando.

— Apenas uma conversa longa e cansativa, nada de mais. — Respondi friamente, creio que seja quase impossível mentir ao Dr. Kim, era evidente que ele não havia acreditado em minhas palavras fracas. Volto meu olhar para Alexa, que aparentava estar confusa com a minha reação indiferente.

— Já podemos ir? — Ela perguntou enquanto se levantava do chão.
Pensando por alguns segundos, decidi fazer alfo algo que eu desejava há um longo tempo.

— Antes, preciso lhe mostrar algo. — Segurei a sua mão e Saímos cuidadosamente do Laboratório, com atenção para todos os lados. Aquele era um perfeito horário para sair, já que todos estavam em refeição. Levo Alexa para fora da cidade, me preocupando apenas em chegar no local à salvo.

— John… Aconteceu alguma coisa? — Ela indagou em um tom preocupado. Queria falar de uma vez por toda, mas não podia fazer aquilo.

— Não. Só quero lhe mostrar uma coisa… — Sorriu e continuo andando até chegarmos à beira de um alto penhasco.

Olho para Alexa, vendo sua reação encantadora. Ela estava com a boca entreaberta, observando o imenso mar á nossa frente. Uma paisagem formidável.

— Nunca percebi o quão imenso e lindo é o mar… — Disse ela. Seus olhos brilhavam enquanto observava a miragem. Sabíamos que aquilo era apenas mais um bom momento, olhar para o mar era como esquecer todos os problemas e mergulhar nas águas da ilusão.

— Costumava vir aqui e pensar… — Falo enquanto a observo, para mim, ela era a paisagem mais bela daquele lugar.

— Por que está me mostrando isso? — Ela desviou o olhar e me encarou.

— Assim como o mar, há um imenso universo, e não um só… — Falo encarando seus olhos.

— O que quer dizer? — Indagou ela. Franzindo o cenho.

— Você não merece estar nesse mundo, nesse universo, sozinha… Deve haver um mundo melhor que esse, um universo melhor que esse… — Desvio meu olhar rapidamente, não conseguia olhá-la nos olhos. Naquele momento eu estava lutando e falhando miseravelmente contra minhas emoções.

— Você não me quer por perto? — Ela perguntou. Senti uma pontada forte no peito, não conseguia respirar, era como fogo consumindo meu corpo. Respiro fundo como mais cedo na intenção de me manter controlado,  fazendo um grande esforço para falar, sem surtar.

— Não! Quero mais que tudo. Você é a única coisa que me faz querer viver. — Ela me olhou sem entender nada.

— Então por que está falando assim? — Ela perguntou novamente. Aquelas perguntas estavam me matando por dentro.

— Porque… — Minha voz falha, preciso respirar fundo novamente para conseguir falar. — Porque… Não sei mais como protegê-la disso… — Eu estava aceitando a minha derrota, emoções diferentes e desconhecidas começaram a dominar meu corpo no momento, pela primeira vez eu realmente não sabia oque fazer, meus olhos estavam queimando e lacrimejando.

Alexa permaneceu calada por alguns segundos. Eu evitava olha-la a todo custo, ou minha tentativa de controlar minhas emoções falhariam ali mesmo.  

De repente senti a mão fria de Alexa tocar meu rosto e guia-lo para olhar em seus olho.

— Isso não combina nada com você. — Ela tombou a cabeça para o lado, senti uma gota de lágrima escapar de um dos meus olhos ardentes, antes mesmo de fechá-lo.

Encarei seus lábios e percebi naquele momento que eu já havia falhando em minha tentativa de controlar minhas emoções. Me aproximei um pouco mais de seu corpo, levei lentamente as minhas mãos até sua cintura ainda encarando seus lindos lábios. Sem hesitar, iniciei um beijo, mas não um beijo comum, um beijo fervoroso e apaixonado. Sentia como se aquela fosse a última vez que ia sentir seus lábios e tocar seu corpo.

Ignorei tudo que estava ao nosso redor enquanto a beijava. A cada segundo que se passava, eu estava mais perto de perdê-la para sempre.

Agarro sua cintura com força, senti sua mão gélida entre o tecido da minha camiseta e a minha pele. Naquele momento, não só o meu, mas também o bracelete dela começou a alarmar desesperadamente.

Ignoramos totalmente, estávamos cheios de desejo e queríamos apenas uma coisa naquele momento, nós queríamos a mesma coisa. Parei de beijá-la por alguns segundos e tirei a minha camisa, sentindo a brisa bater em minhas costas nuas.

O vento era forte e frio, o que me fez puxá-la ainda mais perto, ela começou a despir-se sem parar o beijo.
    Estávamos próximos de fazer o que tínhamos feito na noite passada, o que o Dr. Kim me proibiu de fazer, mas aquilo realmente não me importava, não havia ninguém ali, apenas ela e eu.

Nossa excitação era contagiante e incontrolável, deitei seu corpo no chão cuidadosamente, ficando por cima e entre suas pernas, afundo meu rosto na abertura de seu pescoço e me perco totalmente em seu corpo

Embora não devesse continuar aquilo, eu só conseguia pensar no quanto eu queria sentir aquilo para sempre.

Há infinitos universos que não conhecemos, por que deveríamos só viver em um?

EXILADA | A Esperança Nunca Morre (Volume I)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora