▪Capítulo 31 - Análise Minuciosa

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A imagem não conseguia sair da minha mente, aquela cena entre eles passava uma estranha sensação pelo corpo, algo incomum de se sentir

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A imagem não conseguia sair da minha mente, aquela cena entre eles passava uma estranha sensação pelo corpo, algo incomum de se sentir. No entanto, o que me deixou mais intrigado foi a marca atrás do pescoço da Exilada. As teorias irreais começaram a surgir em minha mente sobre uma possível ligação entre a Exilada e, não apenas o John, mas o resto dos homens. Havia algo muito irracional ali, sentimentos bons estavam correndo, possíveis sentimentos de alegria e euforia, algo estranhamente atraente para mim. Por descuido, meu bracelete começou a apitar, alertando sentimentos irracionais. Desliguei e voltei a atenção para eles que pareciam concentrados demais no que estavam fazendo para ouvirem algo. Aquilo me causou alívio.  

O tempo passou e senti uma pequena vibração em meu pulso, o General Russell já estava me esperando em seus aposentos restritos

— Undewood… — Ele me chama pelo sobrenome para não romper a formalidade — Pode entrar. Espero que tenha notícias sobre as tarefas que lhe passei. — Disse ele, ajeitando seu blazer e alinhando-o ao seu corpo alçado.

— Não tenho nada de relevante sobre o John, ele parece mesmo ter tomado a vacina. — Falei. Sei que deveria contar sobre o que vi, porém, não confiava o bastante nele para ceder tal informação, preferia me aproveitar mais disso.  

— Sua expressão parece dizer o contrário — Observou ele, franzido a testa e se afastando gradualmente, voltando para sua cadeira. Ele tinha razão, pois nunca fui bom ou razoável em esconder tão bem minhas emoções quanto John, que conseguia passar pelo General Russell totalmente despercebido, até ter me dado um soco, é claro. Acredito que sou uma das únicas pessoas que o faz perder o total controle de suas emoções. 

— Ao que me parece, John está muito bem ultimamente. — Respondi, tentando desviar o assunto. De qualquer forma, eu não estava mentindo para ele, embora ele tivesse outra perspectiva sobre isso. John parecia muito bem com a Exilada.   

— Confio em você, Underwood. Ao contrário do meu filho você parece se preocupar bastante com o bem da nossa espécie… — Disse ele — Agora, Preciso que continue de olho, ele parece esconder algo de mim. — Ele deu um leve suspiro sem perder sua postura ereta e com um gesto suave com a cabeça fez sinal para que eu saísse de sua sala, pois sabia que eu não iria fornecer informações relevantes para ele.

Após sair daquela situação intimidadora, comecei a refletir sobre como iria me aproveitar daquelas informações, não poderia entregar tudo de uma vez para o general. Antes disso, precisava tirar aquela dúvida que não abandonava a minha mente. Por que a Exilada tinha a mesma marca que os outros?

Dr. Kim parecia saber de tantas coisas, porém, queria poupar de fazer essas perguntas a ele, ele nunca iria me falar o porquê disso. Se é que ele tenha visto aquilo. Estava cansado de pensar em várias impossibilidades sobre o que a marca poderia representar em uma exilada. Resolvi ir atrás do John, um pouco de chantagem iria fazê-lo falar algo.   

A exilada o afetava muito emocionalmente, sinto que ele a protegeria e mataria até o próprio general se algo acontecesse contra ela. É por isso que as emoções são tão perigosas. 

— Olá, Russell… — O observei abrir a porta da sua casa, pronto para entrar. Chamá-lo pelo nome do pai “amado” só iria deixá-lo com mais raiva ainda. Antes de entrar ele para na porta e responde sem se virar de frente para mim; uma tentativa evidente de controlar seus nervos. 

— O que você quer? — Ele perguntou friamente.

— Seu pai me chamou em sua sala. — Permaneceu calado, ouvindo. — E perguntou se eu não tinha nada para falar sobre você…

John virou-se para mim com “sangue” nos olhos e me encarou, esperando que eu continuasse a minha fala.

— Não precisa me socar como da última vez - Dou um sorriso fraco para provocá-lo — Eu não falei nada sobre a sua relação divertida com a Exilada no topo da colina. — Falei inclinando meu corpo para frente e sussurrando.  Ele sorriu discretamente e abaixou a cabeça, ele parecia debochar da situação.

— Bom, espero que tenha gostado do que viu. — Ele falou levantando a cabeça e dando a volta para entrar na casa.

— Eu vi algo na Exilada, algo incomum… — Ele cessou os passos novamente e se virou para mim.

— Do que está falando? — Perguntou ele, parecia realmente não saber do que eu estava falando.  Não parecia pouco às vezes em que John tivera visto a Exilada sem as roupas do corpo, como ele não viu a mancha atrás do pescoço? Não era tão imperceptível assim.  

— Não sei dizer, mas saberia do que estou falando se observasse mais o seu ambiente. — Respondo calmamente, aquilo pareceu irritá-lo. Ele se calou com a minha resposta e ficou pensativo. — Por falar nisso… Onde está a Exilada? Não mora mais com você?

— Acha mesmo que eu iria te dar essa informação? Me poupe dessas suas interrupções. — Disse ele, irritado. 

— Não se preocupe, não tomarei mais o seu tempo. Mas como você acha que a Alexa iria reagir ao descobrir que você matou a mãe dela e as outras exiladas? — Falar o nome da Exilada só fez provocá-lo ainda mais. Ele se aproximou rapidamente com passos largos e encostou o peito ao meu, com ódio, ele olhava em meus olhos e dava suspiros pesados. 

— Você parece ter muito medo que ela descubra. O que você vai fazer? Me bater? — Encaro de volta, sorrindo ardilosamente. — Vamos, faça isso e você nunca mais irá vê-la novamente. O general irá colocá-la em uma Câmara de vácuo e aos poucos irá matá-la, como você fez com as outras, queimando toda a sua pele — Após falar aquilo, John segurou na gola da minha camiseta com força, fechou os olhos e soltou a gola com a mesma força que segurou, me empurrando moderadamente.

— Você não vale o tempo que leva para limpar o sangue das mãos. — Ele virou-se tranquilamente e entrou na casa. Parecia estar guardando toda raiva que estava sentindo para depositar outra hora, isso me assustava, não tinha muita noção do que ele era capaz de fazer se perdesse a cabeça. 

Seu ponto fraco; A exilada, como minhas teorias apontavam. Ele morreria e, provavelmente, mataria por ela. Analisando-o, John conseguia controlar muito bem as suas emoções em relação à outras coisas, mas quando o nome da Exilada era tocado de forma errada, um sentimento indomável de ódio tomava conta do seu corpo. Agora que eu já estava bem ciente de qual era o seu ponto fraco, tinha uma noção de como eu poderia agir quando tivesse a oportunidade perfeita. John não iria conseguir esconder esse segredo por muito tempo, e não vai ser por meu intermédio que a Exilada irá descobrir.

 John não iria conseguir esconder esse segredo por muito tempo, e não vai ser por meu intermédio que a Exilada irá descobrir

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EXILADA | A Esperança Nunca Morre (Volume I)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora