One hour at Freddy's • JIKOOK

Purple Guy

»Park Jimin«

Saí do banheiro secando o cabelo com a toalha. 

Entrei no quarto de Taehyung e sentei-me na cama que eu estava usando para dormir, soltei um longo suspiro e me deitei. 

Todos estavam tomando banho e vestindo roupas mais confortáveis, estávamos tentando agir normalmente, mas uma enorme nuvem de nervosismo chovia sobre a casa. 

Estávamos um tanto aflitos e cada vez mais ansiosos por notícias de Taehyung, mas o tempo estava passando cada vez mais rápido e Heechul ainda não tinha nos dito nada. Ele se mantinha em seu escritório, cético em relação a tudo o que contamos a ele.

Jungkook estava sentado num canto, lendo os papéis que havia pegado da Freddy’s, absorto no seu próprio mundinho. De repente, comecei a querer muito que ele me desse atenção, mesmo que eu não tivesse nada a dizer. 

Tzuyu e Dahyun entraram no quarto e se sentaram próximos a Jungkook, para ver o que ele estava fazendo. O mais novo começou a explicar para as meninas o que tinha entendido daquelas papéis e eu resolvi sair do quarto. Já tinha escutado aquilo diversas vezes enquanto ele divagava. 

Desci as escadas e encontrei Lukas deitado no sofá, aproveitando um filme que passava na televisão. 

Com os lábios comprimidos, caminhei sorrateiramente até o escritório de Heechul, e quando ia bater na porta, ouvi a voz de Mina atrás de mim. 

– Ele não está aí – Disse ela, me assustando por não ter dado algum sinal de que estava ali. – Saiu há alguns minutos, disse que iria para a delegacia.

A encarei e suspirei. Talvez isso seja uma coisa boa, afinal, pensei. Talvez ele tenha se dado conta de que tem alguma coisa errada. 

– Ele disse se o policial que mandou já retornou? 

– Não, apenas falou para onde estava indo. 

Descansei as costas contra a parede e cruzei os braços. 

– Precisamos fazer alguma coisa – Murmurei, mais para mim mesmo do que para Mina. 

– Eu sei – Ela respondeu, no mesmo tom sério que eu usara. – Mas o que podemos fazer? Somos impotentes. 

– Não, ele é apenas um – Afirmei, com convicção. – Somos seis ao todo, sem Taehyung. Ele não teria chance se fôssemos de surpresa. 

– Certo, mas e os animatrônicos? Não importa o número em que estivermos, se um deles nos pega, estamos ferrados.

– Nós fomos lá três vezes e eles não se moveram, por que fariam isso agora?

– Não sei. Por que Foxy resolveu se mover hoje? Por que tudo aquilo foi acontecer justamente hoje? Olha, Jimin, eu sei que você quer fazer alguma coisa para tirar Taehyung de lá, eu também quero, mas se jogar de cabeça na Freddy’s não é a resposta. – Ela soltou um longo suspiro. – Não temos outra escolha a não ser esperar. 

Levantei a cabeça e comecei a olhar para o encontro da parede com o teto. Ela está certa, concluí. Não dá para simplesmente invadimos o lugar e tirar Taehyung de lá. 

– Certo…

Mas, mesmo que eu tenha concordado, a ideia de sair correndo e invadir aquele lugar se mantinha fresco em minha mente. 

– Na verdade se jogar de cabeça na Freddy’s é exatamente a resposta – Outra voz interrompeu Mina quando ela estava prestes a falar. Jungkook apareceu, e junto a ele estavam Tzuyu e Dahyun, ambas segurando várias papéis soltos. – Se não fizermos algo, Taehyung pode ter o mesmo fim que Hoseok, vocês sabem disso. Heechul não acredita em nós, e parece não ter achado estranho o policial enviado não ter retornado até agora.