Festa Surpresa III

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APOLO

A festa corria bem e animada. Selena estava feliz da vida e Saulo também curtia o seu momento na pista de dança com os outros convidados. Mesmo estando em posição de vigília, estava fazendo de tudo para ser um bom acompanhante para minha morena linda, que dançava comigo, conversava, sorria e parecia feliz essa noite.

A sua amiga e o Teodoro se aproximaram de nós começaram a conversar. Eu apenas respondia o necessário e fingia não perceber os olhares e ceninhas do arco-íris na minha frente,  que fazia questão de praticamente me comer com os olhos, precisava poupar minha paciência até o fim da porra dessa festa.

Nesse momento, escutei Léo pelo comunicador, informando que tínhamos um código vermelho na entrada da casa. A raiva tomou conta de mim e olhei para a quantidade de convidados expostos por aqui. Puta que pariu! É melhor tentar controlar a situação e proteger todos do que causar um tumulto e pânico. Olhei para Alexandre do outro lado e fiz sinal para entrarmos na casa e ele assentiu. Falei para Melissa que ia ao banheiro e pedi que ficasse com os amigos, não queria que ela se preocupasse e muito menos que se envolvesse e ficasse altamente exposta a outra situação dessas, mais uma vez.

Então caminhei até a casa e rapidamente Alexandre me alcançou, entramos e no corredor mesmo, já saquei a arma que estava na parte de trás da calça assim como Alexandre.

Começamos a caminhar atentos aos cômodos, até que escutamos barulhos de briga. Fomos imediatamente para a sala de jantar e quando chegamos a equipe de segurança e Léo haviam derrubado quatro homens, que estavam desacordados no chão.

-Sem baixas? - perguntei

-Apenas contenção, senhor. - falou Léo.

-Vigiem a entrada da casa, vejam de onde eles vieram, vasculhem o perímetro e vejam se não têm mais deles a espreita. Ainda tem muita gente lá nos fundos e não podemos arriscar. - falei- De onde esses filhos da puta saíram? - perguntei

- Não há nenhuma documentação com eles, senhor. - Disse Léo.

-É, pelo visto Léo acabou com a brincadeira antes mesmo que nós chegássemos! - disse Alexandre.

- Não mesmo! A brincadeira não acabou, pelo contrário, ela só começou! - falou um filho da puta entrando na sala e fazendo uma funcionária do evento de refém. Todos apontamos as armas para ele que sorria debochadamente.

- Você sabe que está bem fodido, não sabe? - perguntei puto.

- Eu? Eu não, mas você está começando a ficar e vai ficar mais ainda se continuar como está, Apolo Ferrari. - falou o filho da puta

-O que quer dizer? - perguntei

-Dizer? Eu não vim dizer nada, eu vim fazer. Não é mesmo, moça? Você é bonita até. Quantos anos tem? - perguntou para a mulher que fazia de refém

-22. - respondeu aos prantos

-22 anos. Isso é muito tempo, demora muito para se passarem 22 anos, sabia? - perguntou esfregando o cano da arma no rosto dela. Desgraçado! - Mas quando você diz que uma vida toda se resume a 22 anos eles se tornam pouco tempo. Isso não é nem metade do que uma pessoa deve viver, você ainda teria mais futuro do que passado. Mas isso não vai acontecer e sabe por quê? Porque aquele homem alí gosta de mexer onde não deve e quem vai pagar o pato dessa vez é você! 

- Para com isso, porra! - falei

- Você é quem tem que parar, federal.

-É melhor você recuar, sabe que está cercado! - falou Alexandre

APOLO FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora