Seguinte II

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APOLO

Acordei cedo, me organizei para ir para o trabalho, repassei os detalhes com Léo para pegar Melissa. Em seguida fui escoltado para o núcleo e de lá a equipe saiu com destino ao condomínio da atrevida.

Cheguei no núcleo, mandei chamar apenas Sávio em particular e marquei uma reunião com ele.

- Com licença, comandante. - falou entrando na sala.

-Sente-se Sávio. - pedi e ele sentou. 

-Aconteceu alguma coisa, comandante?

- Sim. Mais um ataque para me alertar. Trouxe todo o material para analisarmos e só chamei você aqui por causa da nossa última conversa. Tenho muitas suspeitas, muitas perguntas e poucas respostas, por isso não posso arriscar vazar muitas informações. Posso contar com sua discrição?

-Claro, comandante. Tem minha palavra!

-Ótimo. - falei e em seguida mostrei tudo o que consegui do ocorrido de ontem para ele. Tentamos o reconhecimento facial pelo sistema da PF, mas, como eu já esperava, não obtivemos sucesso.

- Com toda certeza são da B612, comandante. Eles têm todas as características dos demais. Rostos expostos, mas irreconhecíveis por qualquer sistema, carros blindados sem identificação, ataques surpresa, treinamento, precisão, conhecimento do local. Tudo bate! 

-Exatamente Sávio, eles estão aumentando a frequência dos ataques e isso aumenta a probabilidade de erros deles. E quando eles erraram, porque vão errar, nós vamos estar lá para pegá-los.

- Com toda certeza, comandante.

- Quero que anexe esse material ao caso, são rastros precisos deles, mas não quero que os demais agentes tenham conhecimento disso. Entendido?

-Claro, comandante. 

-Ótimo. Vou acionar o restante da equipe para retornamos ao trabalho com os arquivos. Volte para o centro de treinamento e venha junto com eles para não desconfiarem da nossa conversa. Não quero ninguém no nosso pé.

- Sim senhor. - respondeu 

Enquanto aguardava os agentes chegarem, troquei algumas mensagens com Melissa que, como já havia sido informado, estava a caminho do trabalho. A mulher consegue me afetar com uma simples mensagem, é uma porra!

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Passei a manhã inteira trabalhando no caso com os agentes e, quando encerramos o expediente, minha cabeça estava explodindo. Fui para o prédio dos apartamentos e subi para o meu apê. Tomei um remédio para controlar a dor e fui direto para o banho.

Depois vesti apenas uma boxer e peguei meu celular. Léo, sempre muito competente, já havia me mandado todos os detalhes sobre Melissa. Pedi que ele ficasse fazendo a vigília dela, preciso que tudo fique nos conformes com a atrevida, não posso arriscar a segurança dela.

Liguei para ela com a desculpa da pizza só para falar alguns segundos. Conversamos um pouco e percebi que ela não ficou nada feliz em saber que tem alguém a observando para mim, mas no fim optou por não discutir. Terei que explicar muito bem para ela toda a situação, aquela morena não é fácil!

Depois que encerrei a ligação, me vesti, saí do prédio, entrei no meu carro e fui para casa.
Comi a primeira coisa que vi na geladeira e fui deitar um pouco, ainda faltavam algumas horas para pegar Melissa.

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Acordei e ainda faltava cerca de uma hora para o expediente de Melissa acabar. Então levantei, tomei um banho rápido para despertar, vesti uma calça jeans preta, camiseta cinza e tênis preto. Coloquei um relógio dourado, peguei a carteira e decidi ir no outro carro hoje. Peguei a chave do Audi, fui para a garagem, entrei no carro e saí escoltado pela equipe extra que contratei.

APOLO FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora