A noite.

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SELENA

Hoje meu dia foi super carregado e, nesse momento, os meus planos estavam todos voltados para minha linda cama. Uma pena que não seja para um sexo bem louco e quente e sim para dormir todo o sono acumulado que minhas benditas olheiras de panda fazem questão de estampar para todos o meu cansaço.

Para a minha "sorte", tudo foi por água abaixo quando mamãe resolveu que precisava sair para fazer compras e não tínhamos escolta o suficiente disponível, pelo menos não a escolta padrão que exigimos. Tentei convencê-la de toda maneira para que fosse outro dia, mas não teve jeito. Depois que Estela Ferrari decide alguma coisa, não há santo nenhum nesse mundo que a faça mudar de ideia. Não nega ser mãe do Apolo! Afff!

Então não tive outra escolha, não poderia deixar que ela fosse sozinha e com pouca escolta. Pedi a ela que me aguardasse por dez minutos que iria com ela e assim foi feito. Subi para o quarto, troquei de roupa, em seguida passei na sala de armas e peguei todo o equipamento que eu precisaria.

-Vamos! - falei quando desci as escadas e a encontrei na sala.

-Porque está vestida assim, com todas essas coisas no corpo, minha filha? - perguntou com olhar um tanto triste. Minha mãe detesta ver qualquer um de nós com roupas e equipamentos táticos, pois já passamos por situações bem delicadas que ela quase surtou. Por isso sempre que nos vestimos assim, algumas lembranças não muito boas vêm na mente dela.

-Porque hoje eu sou a segurança particular de Estela Ferrari! E, modéstia a parte, é uma segurança de alta qualidade! - falei e dei uma piscadela para ela que abriu meu sorriso preferido.

-Já vi que estou muito importante hoje, com toda esse cuidado. - disse ela 

-Você é sempre importante, minha velha favorita! - falei

-Velho é seu passado, Selena Ferrari! Eu sou linda e experiente. Agora vamos, essa tal segurança de alta qualidade está me atrasando! - falou e saiu andando e eu fiquei apenas sorrindo de todos os seus comentários.

Entramos no carro e saímos escoltadas por apenas outro carro da segurança na nossa frente. Coloquei a escuta para ficar sempre em contato com os seguranças do outro carro e assim seguimos. Não estávamos nem há dois minutos direito na estrada quando um carro bate na lateral do carro dos seguranças a nossa frente, fazendo com que ele saia da pista. Freio bruscamente o carro e vejo mais dois carros vindo na nossa direção, um vem pelo fundo e o outro pela frente.

-Se segura mãe! - falei e rapidamente acelerei o carro e fiz a manobra para a lateral, tentando fugir de uma colisão com os outros carros. - pega isso e digita código vermelho, mãe! - falei e entreguei o celular comunicador do carro.

-Tá bom. - falou ela nervosa. - O que isso vai fazer? - perguntou ela.

-Vai ativar o rastreador do carro e avisar aos seguranças. Ah e também vai fazer com que os três mosqueteiros venham. - falei e ela assentiu mais nervosa ainda.

Os dois carros que eu havia acabado de desviar estão vindo novamente na nossa direção e dessa vez não tem para onde correr. Merda!

O primeiro chega e bate no fundo e em seguida o segundo vem e colide pela lateral do lado da minha mãe. 

-Bando de filhos da puta! - xinguei tentando sair com o carro, mas estava praticamente cercada. - Você está bem, mamãe? - perguntei

-Estou sim. Esse carro é blindado? - perguntou ela vendo a rachadura no vidro do seu lado.

-Ele é sim, mas com todo esse impacto não tem blindagem no mundo que permaneça intacta. - falei

Tentei acelerar o carro, mas os desgraçados estavam nos pressionando de modo que não tinha para onde correr. Olhei pelo retrovisor e os carros são todos escuros e com fumê no máximo, droga! Não consigo ver nada e nem ninguém.

APOLO FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora