Pendências II

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APOLO:

Quando realmente confirmo ser uma perseguição dupla, pego o celular, ligo para Alexandre e coloco no viva-voz.

-Fala Polinho. Já está com saudades? - disse quando atendeu.

-Depois eu te mostro o Polinho. Por acaso a princesinha está afim de se divertir? - pergunto.

-Qual a gravidade? - pergunta Alexandre já com tom sério.

-Código amarelo. - respondo.

-Me explique a situação. - pede Alexandre.

-Dois carros. Suponho que tenha três ou quatro homens em cada. Não há ataque, nem bloqueio. Só perseguição. Estou indo em direção a avenida que dá acesso para a saída da cidade.

-Certo. Consigo chegar aí com a minha equipe em 20 minutos. Enrole eles. Fala com o Léo e pede para ele fazer contato com meus homens. - disse Alexandre.

-Você tem 15 minutos. Vou parar numa lanchonete do posto logo a frente. E o Léo não está aqui. - falei.

-Porra Apolo, você saiu sem escolta! Depois reclama de mim, seu caralho! - berrou Alexandre

-Não precisa ficar nervosa princesinha, depois eu te dou um absorvente, tô vendo que o seu ciclo  vai começar. - falei sério só para irritá-lo.

-Vai se foder! Vou pedir pra Saulo ativar o rastreador do seu carro. Enrola eles na porra desse posto. Come tempo. Vê se não vai atacar sozinho, se controla até eu chegar. - falou

-Você tem 14 minutos para chegar, se demorar mais que isso eu avanço sozinho. Venha logo e traga reforço.

-Eu já estou de saída, mas preciso de mais tempo Apolo. Você está distante, cacete! - falou ele.

-Se vira princesinha! - falei

-Você é de foder o juízo, Apolo. Puta que pariu! - falou Alexandre com raiva.

-13 minutos princesa! - falei e desliguei.

Entro na avenida que dá acesso para a saída da cidade e avisto o posto de gasolina logo a frente. Reduzo a velocidade e paro o carro ao lado da lanchonete do posto. 

Recolho o celular e as chaves do carro e dou uma rápida conferida no retrovisor. Os carros estão parados do outro lado, mantendo certa distância.

Desço do carro normalmente e entro na lanchonete sem pressa alguma. Pego uma lata de energético e levo até o caixa. Chegando lá a moça do caixa pergunta com um sorriso sugestivo:

-Deseja mais alguma coisa? 

-Não, obrigado! - respondo sabendo muito bem o que ELA deseja.

Depois de pagar, pego o energético e fico na porta da lanchonete conversando com o segurança de lá. Os carros continuam parados lá e percebo que uma luz sai de um deles. É um flash, estão fotografando. Finjo não notar e continuo conversando com o segurança.

Confiro o relógio e se passaram dez minutos. Continuo lá disfarçando, até que dois minutos depois Alexandre manda a mensagem que eu queria ver: "Estamos a postos".

Despeço-me do segurança, entro no carro e sigo o percurso da avenida. Poucos metros depois da saída da cidade, avisto um corte de luz numa moto parada. É Alexandre. 

Então faço a monobra com o carro, colocando ele lateralmente na pista e bloqueio a passagem. A equipe de Alexandre vem no mesmo instante e posiciona-se ao meu lado. Os carros que me seguiam freiam bruscamente e ficam cercados pelos outros homens que trancam a passagem por trás deles.

APOLO FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora