Boate

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MELISSA

Ainda estava lá parada, dentro da droga do octógono, com raiva, frustrada e tentando entender: quem aquele homem pensa que é?

Ele acha que pode simplesmente chegar, dar uns amassos até onde for conveniente pra ele, sair e ainda me desafiar?!

O pior é que o maldito do senhor encrenca acha que pode mesmo, porque eu permiti a aproximação dele. Que ódio!

Tenho que parar de deixar meus hormônios falarem mais alto. Eu sei que eu estou na seca faz um bom tempo, e que eu estou necessitando de sexo, e que também quero uma presença masculina constante na minha vida. E eu também sei que o senhor encrenca, apesar de ser lindo, gostoso, beijar bem, ter um toque firme, uma pegada forte e um olhar sedutor demais pro meu psicológico, é um baita problema!

Tenho que manter distância dele. Ele é meu superior, é um arrogante nato, sem contar na tatuagem que EU vejo claramente na testa dele de: EU VIM PRA FERRAR COM A SUA VIDA!

E o pior é que ferra com tudo mesmo! Ainda estou aqui, lembrando dos toques apressados, do beijo urgente, do seu corpo quente e pesado se apoiando em mim, da pegada firme, do volume considerável do homem e que ele fazia questão de esfregar e pressionar em mim. Droga! Estou quente de novo! Quente não, incendiando! O pior é que ele conseguiu fazer aquilo tudo sem tirar uma peça de roupa minha. Que porra de homem é esse?

-CHEGA MELISSA! - falei firme comigo mesma.

Tenho que esquecer isso, jogar pra lá esses pensamentos e me afastar de Apolo. Então continuei o meu serviço e terminei de limpar a sala do octógono, a qual eu nunca mais olharia do mesmo jeito. Fui para a sala ao lado, em que ele estava espancando o saco de pancadas antes, e limpei tudo por lá.

Em seguida peguei todos os materiais e saí da academia. Entrei na mansão e guardei tudo o que utilizei na dispensa dos materiais de limpeza. Estava saindo da dispensa quando encontro Téo.

-Mel! Como vai querida? - perguntou e me abraçou.

-Olá Téo. Vou bem e você? - perguntei e retribuí o gesto.

-Estou vendo que você está indo muito bem mesmo! - falou com um sorriso sugestivo.

-Como assim? - perguntei sem entender

-Vem aqui! - falou e saiu me puxando pela mão como se eu fosse uma criança de 5 anos. Não entendi, mas o acompanhei.

Ele me levou até o espelho que tem no corredor próximo à sala de jantar. Foi aí que percebi que o meu cabelo estava uma bagunça, o meu uniforme todo amassado e a minha cara de quem foi atacada estava nítida.

-Querida, esse cabelo todo espetado e a roupa toda amarrotada te entregam na hora. Parece que passou um furacão por você e eu acho que esse furacão tem cara, cheiro, nome, cpf, é um gostosão e tem sobrenome Ferrari. - falou sorrindo.

-Não foi nada disso Téo. Eu estava limpando a academia. Eu tenho que esfregar chão, limpar aparelho, espelho, vidraças, tudo! No fim eu fico uma bagunça mesmo. - Falei enquanto arrumava meus cabelos e o uniforme. Bom, eu não estava assanhada e amarrotada só por isso, teve realmente o furacão Apolo, mas não era totalmente mentira.

-E essa cara de pós-foda aí é de esfregar chão, meu anjo? Ou de ser esfregada em outros lugares? - falou mais uma vez sorrindo sugestivamente.

-Para com isso, Téo! - falei tentando não sorrir.

-Tudo bem, eu paro. Mas pelo visto, quem não gosta de parar é o Apolo gostosão! - falou gargalhando.

Aaah se ele soubesse o que aquele homem maldito fez ele não diria isso!

APOLO FERRARIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora