Espírito Abrangente

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Megan corre para dentro do velho casebre, enquanto Kay à espera do lado externo.
Não nada dentro da casinhola, exceto por um baú velho e acabado ao canto, uma velha poltrona rasgada e repleta de telhas de aranhas.
- Será que consegue ser mais rápida?!
Pergunta Kay impaciente próximo à entrada.
Megan caminha até o baú e o abre: uma Sabre. A sua Sabre de antes, mas essa possui um rubi em forma de coração cravado no cabo e desenhos ancestrais desenhados no fio de corte.
- Megan!
- Eu estou indo.
Quando Megan está prestes a correr para a porta, ela se fecha, causando um grande estrondo.
- Fácil demais, não achou?
Megan gira para poder ver o homem, mas não o vê.
- Poderia matá-la, mas qual bem teria eu?
- Por favor, me deixe ir.
- Esta guerra não é sua, Megan.
- Como que não, eu causei tudo isso?
- Sim, causou, mas nem por isso tem que lutar contra o terror dos alfas. Olha aonde você foi obrigada a chegar. Até quando vai sofrer esta agrura.
- Quer dizer o quê?
- Ache o líder.
- Eu não tenho tempo.
- Sim, você tem.
- Não. Desta vez, não.
Megan abre a porta e sai gritando por Kay, que à pega e voa.
- Era ele?
- Sim.
- O quê ele queria?
- Queria que eu encontrasse o Trevon.
- Por quê?
- Eu não sei. Não perguntei.
Kay aterrissa no vale, cerca de doze metros de distância de onde à batalha ainda não teve seu fim decisivo.
- Você sabe o quê tem que fazer?
- Sei.
Megan avança na direção dos Tiranzuh, dos seres de luz e da alcatéia. Os lobos estão em desvantagem.
Megan caminha passos largos e confiantes, o corte profundo em seu braço arde feito brasa, ela não consegue pensar em mais nada, suas pulsações estão a mil, o ódio, a angústia o ressentimento lhe consumiram por inteira.
Megan não quer ver todos os amigos se desmanchando em sangue, ela então avança entre eles e grita:
- Parem!
Sua ordem é ouvida, todos recuam, mas à revolta é iminente aos olhos do combatentes.
Na mesma frequência, ouve-se:
- Caar, essa batalha é minha e sua!
Emanando de dentro da mata, uma voz altruísta e decidida a acabar com aquela revolta de uma vez por todas. O grande e autoconfiante lobo, surge e se aproxima, tirando sorrisos francos e aliviados por estarem vendo o destemido e majestoso Alfa-líder. Trevon.
Ele passa por Megan e à olha, fazendo-a recuar incrédula.
- Que bom que chegou, meu caro amigo, assim poderá ver o total desastre de melancolia que se tornou sua alcatéia.
Diz Caar com soberania.
O lobo solta um grunhido feroz e cheio de revolta, saltando por sobre à figura.
Novamente o caos se ergue sobre todo vale.
Megan luta ao lado de Kay, que diz:
- Temos que ajudar o líder!
Megan desvia bruscamente o olhar e se vê confusa outra vez: De um lado, Trevon com um machado lhe pressionando o pescoço. Do outro; Travel com uma lâmina afiada prestes a dilacerá-lo pelo meio.

Megan deve agir por impulso, ouvir a razão ou apenas sentir o instinto de revolta sem se prender ao que seu coração sente no momento? 





A ESCOLHA DO LÍDERWhere stories live. Discover now