Deduções Permitidas

1 0 0
                                    

  Megan percebe que está cansada, sua rotina na casa de seus pais estava acontecendo novamente e isso faz com que se sinta feliz.
Tomada banho e pronta para se deitar, ela se senta à cama e começa a rir, recordando de como Trevon pareceu tremer na base quando Marcelo começou a interrogá-lo mais cedo.
Megan se toca de que algumas coisas mudaram de uns dias para cá, Trevon simplesmente está mais comunicativo e sua relação com ele está um pouco afetiva.
Está chovendo bastante fora, parece até mesmo que o mundo está prestes a desabar, os relâmpagos são incandescentes através das cortinas finas que recobrem as janelas, os trovões ecoam ensurdecedores por todo quarto, o vento é como assobios agoniantes batendo de encontro os vidros das janelas do quarto.
Manhã seguinte é fria e relativamente calma, comparada ao agito da chuva na noite anterior.
São quase sete da manhã, quando Megan é acordada por Trevon, ele está de ao lado da janela.
Ele é lindo à luz do dia, vestindo uma camisa de mangas compridas azul marinho que destacam seus músculos flexionados sob ela, calça jeans azul clara e tênis combinando, os cabelos castanhos opacos despenteados é o "grand finale", para sua elegância ser completa, Trevon está com os braços cruzados encarando o vidro da janela.
Megan se senta, esfrega os olhos, dizendo:
- Trevon?
- Olá, Megan. Bom dia.
- Bom dia. O quê houve?
- Alguém esteve aqui na noite passada. Vieram fazer uma visita a você.
- O quê!? Você está me assustando Trevon.
Megan caminha até ele e checa o local onde ele aponta com os dedos.
arranhões por todo vidro da janela.
- Veja como compassos entre os arranhões e como são persistentes.
Megan arregala os olhos e pergunta:
- O quê fez isso? Você tem noção do que possa ser?
- Os cães de guarda do clã. podem ter sido eles.
- Cães?
- Não são exatamente cães, são seres medonhos com características próprias de um demônio.
Megan recua alguns passos para trás e diz:
- A tempestade de ontem à noite, os trovões, os ventos...
- Agora eles sabem que nós estamos com Lina sob domínio e pressentem sua localização com mais facilidade, estão farejando seu cheiro, Megan. Com certeza ela deve ter dado pistas sobre a mudança dos seus pais para cá.
- Aquela... O quê vocês fizeram com ela?
- Ela está presa. E não se preocupe, não saíra de lá tão facilmente.
- Espero. Minha vida está por um fio de...
- Eles não conseguem pensar. Não enxergam através do vidro, mas utilizam do olfato apurado que possuem para obterem mais sucesso em suas caçadas.
- O quê eu devo fazer agora?
- Ficar aqui é o melhor para você, não se preocupe com seus pais, o clã não querem nada com eles, você é a única coisa que importa no momento.
- Eles podem mudar de tática, não podem?
- Podem. Mas eu duvido muito que façam isso. Os cães não sabem que está aqui, apenas sabem que a casa dos seus pais é para onde vocês iriam, mas não necessariamente esteja.
- Eu posso ficar aqui?
- Querendo ou não. Vou ficar com você hoje, amanhã Loba virá e cuidará de tudo.
- E o quê você vai fazer?
- Eu? Eu vou até o Norte Olympio.
- Não é perigoso?
- Sempre é.
Megan sorri ao perceber uma certa segurança nos olhos de Trevon.
- Acho que vamos sair.
- Para onde?
- Seu pai sugeriu irmos ao parque, sua mãe precisa de ar puro.
- Tá. Vou me trocar.
Megan caminha para o banheiro, ao se olhar no espelho leva as mãos no rosto ao ver sua situação.
Ela está vestida num short de camisola de cetim rosê bem curto, uma blusa de alças finas e suas madeixas despenteadas recaem sobre seus ombros, ela está feliz por Trevon ter mantido contato visual todo tempo.
Após tomar banho e se arrumar, optando por uma calça jeans escura e blusa de mangas compridas vermelha e tênis.
Marcelo beija seu rosto com uma mecha de cabelo caída sobre ele, dizendo:
- Bom dia, querida.
- Bom dia, pai.
Megan passa por Nathália e beija seu rosto, dizendo:
- Bom dia, mãe.
- Bom dia, meu bem.
Megan sorri e olha para Trevon, que à puxa delicadamente pelos punhos e lhe abraça, dá-lhe um beijo no rosto, tornando à abraçá-la.
- soube da novidade?
Megan envolvida pelos braços de Trevon, olha para Marcelo e pergunta:
- Que novidade?
- Vamos ao parque.
- Adorei essa ideia.
Megan pega uma xícara com leite sobre a bancada e o bebe.
Marcelo diz:
- Trevon estava me contando sobre vocês estarem se mudando para Montreal.
Megan se esquiva para sua direita, olhando Trevon nos olhos:
- Montreal?
- Isso. Não se lembra que eu disse a você sobre estar vendo algumas casas?
- Sim, claro.
- Estava comentando com seu pai sobre isso, perguntei o que ele achava da ideia.
- E o quê você acha, pai?
- Eu não acho como também tenho certeza de que vão se instalar muito bem naquela região.
- Pai?
- É claro que eu vou  visitá-los no natal. Achei uma ideia bacana. Você vai poder frequentar uma universidade e realizar seu sonho de se formar.
- Foi o quê eu disse à ela, mas parece que não consegue me ouvir.
Megan olha para Trevon novamente, perguntando:
- Ganhou um aliado agora?
Trevon sorri.
Nathália está sorrindo e olhando para Megan e Trevon abraçados.
Megan pergunta:
- O quê foi, mãe?
- Nada. Eu acho que formam um belo casal juntos. Vocês são lindos. Não acha, Marcelo?
- Claro. Eu tenho uma filha maravilhosa e ganhei um genro bom em deduções. Não poderia ser melhor.
Eles começam a rir.
Eles saem da casa momentos depois e embarcam no carro de Trevon, um Mercedes A200 preto.













A ESCOLHA DO LÍDERWhere stories live. Discover now