Vagando pelas sombras

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  - CORRA! CORRA! ESTÃO CHEGANDO MAIS PERTO! AAAH! SOCORRO! ENTRE E PEGUE O SEGREDO DO BAÚ!

Megan se senta bruscamente na cama, ela está encharcada de suor, o pesadelo parecia ser real: uma cabana em ruínas e o cântico.
Ela está convencida a explorar o outro lado do riacho, agora mais que nunca, com ou sem a ajuda de Travel.
Calçando o tênis e pegando uma lanterna, Megan salta a janela do quarto e se evade para à escuridão que é gritante. É noite de lua cheia. O vento é agoniante em manter sua franja cobrindo seu rosto, ela prende cabelos em um rabo de cavalo.
Megan segue com seus passos segura de si, a floresta parece sombria e pássaros voam de sobre à copa das árvores causando um alvoroço nelas.
Ela segue atravessando por toda mata, se desvencilhando de galhos cortantes e que lhe rasgam um certo pedaço da blusa de algodão cinza a cada compasso dado para dentro floresta.
Megan consegue alcança o outro lado da reserva, um lado onde a escuridão é intensa e ainda mais gritante. Ela se certifica de não estar sendo seguida e avança pela trilha. Mais ao fundo da escuridão, há uma luz piscando, como se convidasse Megan à avançar, em seguida, um grunhido abafado, um uivo sendo interrompido por algo talvez. A luz tênue da lanterna procurando sempre ser útil ao iluminar o pouco do caminho repleto de folhas secas e galhos, íngreme e úmido.
Uma vez ou outra Megan é arranhada por um galho de arbustos espinhosos, sempre temendo o quê encontrará por detrás daquela luz.
- Subsídia.
Megan para. Um desejo de correr e desistir da investida eclode dentro dela. Pela primeira vez em algum momento, o arrependimento lhe toma conta.
Olha em volta, o silêncio é inquietante, exceto pelos balanços das folhas movidas pelo vento e que a cada avanço se torna mais frio.
Megan avança seus passos agora menos afoitos. A luz se torna mais próxima, o caminho mais temeroso.
Depois de alguns passos, ela percebe uma sombra de uma choupana rústica, de madeira e algumas falhas no telhado. Espécie de um cativeiro, mas realmente abandonado e no meio do nada, literalmente os anos naquele lugar castigaram. Aos olhos de Megan encontrar essa ruína de casebre é bem mais que arrepiante ou temeroso, é o destino dizendo para ir embora e de que ali não é lugar para estar aquela hora da madrugada e nem em qualquer outro momento.
Ela continua avançado, quer ver mais de perto o quê , quer saber o quê esteve ali e o porquê de ter estado.
De repente, um uivo estridente, como se um lobo estivesse sendo esmagado chega aos ouvidos de Megan.
Megan grita, não sabendo por quê de estar tendo essa atitude momentânea, talvez queira abafar o sentimento de correr para casa ou de morrer de medo ali mesmo.
Então ela ouve uma risada perversa, altamente doentia. Risada de quem estaria adorando a ver ali perdida e totalmente indiferente.
Megan gira em torno de si mesma, tenta ela com a lanterna quase falha poder ver o que lhe causa espanto, mas o silêncio cortante preenche o vazio ao redor.
Novamente, insistentemente a risada volta à tona, desta vez mais próxima e alta, vinda de dentro do velho casebre e então algo voa sobre sua cabeça fazendo-a cair e perder a lanterna que se apaga no escuro, ela se levanta temerosa.
Uma luz dentro da velha choupana se ascende e a porta causando ruído se abre.
Um silhueta alta sai de dentro do casebre, os olhos sustentando focos de chamas. Ele é o autor das risadas. Seus passos se instigam a caminhar até Megan. Ela percebe o risco, nota o mal prestes a cercá-la, a morte perto de apossar de sua alma. Sua mente está em sinal de alerta contínuo, mas sua atividade muscular lhe falham, seus pés lhe traem à medida em que aquele ser pitoresco se aproxima.
- Você veio. Veio para libertá-los? Sinto muito. Não está em seu alcance. Acabou. Não percebe? Acabou.
Ele parece correr em sua direção, a boca escancarando a cada medida em que os dentes se mostram. Dentes de um animal feroz. Megan está prestes a ser atacada por uma máquina mortífera e sua coordenação motora lhe fogem instantaneamente.
Então, de não onde não possível saber, um ruflar de asas grandes plana sobre as árvores, voa sobre Megan e a derruba no chão. Sua consciência é perdida.
Megan acorda em sua cama. No quarto da casa de Trevon. Uma esperança se dissipa por seus pensamentos esperando por Trevon estar próximo da porta, mas é contrariada.
Lembrando da noite anterior e se perguntando sobre como foi parar novamente na casa, se pergunta também se ela realmente esteve do outro lado do riacho.
Então, instantaneamente ela sente um ardor na pele, ao olhar os sinais de arranhões avermelhados e nota o pedaço de sua blusa em falta.
Ela caminha para o banheiro.
Ao descer para a sala, não ninguém, está uma paz absurda, um silêncio que lhe fazem lembrar da floresta. Segue pela casa chamando Leônidas, Loba, Travel e Frida, mas não ouve ninguém. Sem respostas ela sai da casa.
Ao seguir para a casa de Loba e adentrar nela, Megan que não ninguém. Então avança para os fundos, uma espécie de jardim dentro de uma estufa.
Megan chama por Loba e ela aparece, ela parece apreensiva.
- Oi, Megan.
- Procurei você na casa e...
- Desculpe.
- Está tudo bem?
- Está.
A resposta de Loba mais parece uma pergunta aos ouvidos de Megan, que observa a plantação de morangos diante dela.
Megan pergunta:
- Hobbies?
- Sim.
- Bom, eu vou voltar para casa, você vem comigo?
- Ah, eu tenho que ir...
- Tudo bem, Loba. Não precisa vir.
- Megan, eu realmente iria, mas tenho...
- Não tem que se explicar. Com licença.
Megan sai frustrada da casa de Loba e não olha para trás.
Ela se encaminha para o píer, sentando-se nele. Projetando a imagem do homem da floresta, dos seus olhos fulminantes. Pensa em quem pode tê-la tirado de e trazido de volta ao quarto, à casa de Trevon.
De repente, sem que perceba se pensando em Keith. Por onde anda e com quem.
 



A ESCOLHA DO LÍDERWhere stories live. Discover now