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J U L I E

Zayn e eu saímos pelos fundos do hotel sem ser vistos por ninguém. Fomos correndo até seu carro e entramos no mesmo, olho para fora vendo se não tinha ninguém atrás de nós e logo ele dá partida saindo dali.

- Eu acho melhor não envolver você mais nisso. - falei me virando para o olhar.

- Caralho toda hora é você querendo se livrar de mim. Isso já está me enchendo o saco.

- Melhor te encher o saco em vez de ver você morrer.

- Eu sei quais são os perigos que estou me submetendo ao ficar com você. Não preciso da porra de uma babá me dizendo isso toda hora. Eu sei que posso morrer, mas eu não estou nem ai. Mas esse negócio de toda hora você querer que eu te deixe sozinha nessa já está me enchendo a paciência.

- Tá bom, Zayn! Já entendi. - ele em um tom alto e revirei os olhos - Só estou avisando pra depois você não se arrepender e ficar falando sei lá o que. Não vou falar mais nada, que saco.

- Nunca joguei nada na sua cara, sei o que estou fazendo. Eu quero ficar aqui e só saio quando você me disser claramente "Zayn eu quero que você me deixe em paz, vá embora e me esquece pra sempre". - ele disse e soltei um suspiro assentindo e ficando quieta - Matou mais alguém?

- Os dois homens que foram me pegar, mas acho que um só está inconsciente.

- Você não pode matar alguém explicitamente, Julie. Já temos problemas demais e envolver a polícia nisso é mais complicado ainda.

- Como eu não ia matar se eles queriam me dopar? Eu ia pedir pra eles pararem educadamente? - reviro os olhos - A polícia não vai dá em nada.

Ele fica quieto sem responder apenas prestando atenção na estrada. Ele ficou burro depois que transou com a vadia loira ou o que? 

- Devia ligar para os meninos e falar o que está acontecendo. - falei.

- Mas eles não tem nada a ver com isso. Não estão me perseguindo e sim você, eles não vão se envolver. Estou aqui mesmo só pra tentar te ajudar. Você sabe quem está atrás de você? - 

- Sei...

- Quem é? - soltei um longo suspiro e olhei para frente observando a estrada.

- Meu tio, Bryan. Ele é irmão do meu pai e eles nunca se deram bem, um sempre queria matar o outro, mas não conseguiam. Meu pai como mais velho, ficaria com toda a fortuna e bens da família, e depois passaria para mim. Mas meu tio Bryan nunca concordou já que tem um filho homem e acharia que um homem cuidaria melhor das coisas. E agora que meu pai morreu, ele está atrás de mim para terminar e conseguir o que quer.

- Então é treta de família? Nossa. Que barraco.

É... - dou de ombros - A outra opção em vez de me matar era eu me casar com meu primo, mas meu pai não concordou.

- Então por que não casa? Daí você mata ele depois.

- Ele já tem um filho, então se eu casasse com ele, não ia ganhar nada depois que eu o matasse. Ia tudo pro filho dele, que ainda é uma criança.

- Mata o filho também ou pega a tutela da criança pra você. - arqueio as sobrancelhas e olho ele.

- Eu não vou matar uma criança. E... ah, sei lá. Acho que se eu der essa opção eles nem vão querer mais. Isso já faz tempo, quando eu tinha dezesseis anos.

- Então temos que matar seu tio pra tudo isso acabar?

- É, meu tio e meu primo também.

- Tem fotos aí?

A filha do inimigo | z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora