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J U L I E

- Vem logo, Simon! - digo puxando meu amigo pelo braço e entrando na casa dele enquanto outras pessoas também entravam.

Depois que sair com Simon daquele lugar, seu celular felizmente ficou com eles e assim eu rastreei eles pelo celular vindo parar aqui, em uma festa. Em comemoração ao o quê? Não sei, são com certeza loucos.

- Vamos morrer aqui e a culpa vai ser sua! Já viu como aqueles caras são? Eu sim e tô falando que vamos morrer aqui e eu ainda não dei pro Diego o atendente daquela lanchonete perto de casa.

Simon era Bi dizendo ele, mas era mais gay do que tudo. E tinha um crush imenso pelo atendente de uma lanchonete perto da nossa cassa.

- Larga de cu doce, eles não vão fazer nada e nós vamos ser rápidos aqui. - digo e ando com meu amigos por trás de alguns arbustos até os fundos onde tinha mais gente. Olho para a casa toda aberta e vejo Zayn de longe conversando com uma menina - Ok, ele tá na cozinha. Os quartos devem ser lá em cima. Então vamos e fica quieto. - seguro o braço dele e o puxo para o andar de cima comigo.

- Eu devia ter pedido meu celular de volta, isso é um erro.

- Xiu! Vem vindo alguém. - ouço passos e risadinhas de alguém e vou com Simon para trás de uma planta grande que tinha no corredor onde estávamos. Logo depois que os passos se afastam olho pelos pequenos buraquinhos da planta e vejo Zayn entrar em um quarto com a garota.

- É, ele tá indo transar.

- Oh senhor! - ele solta um suspiro e me olha - Agora vamos ter que esperar ele gozar?

- É o jeito, ou... - olho para meu amigo com um sorrisinho maliciosos e pego meu celular - Eu ligo para ele, tomara que atrapalhe. - disco o número e ligo.

- Louca. - ri.

Zayn atende o telefone e parece ter resmungado alguma coisa que eu não entendi bem o que era.

- O que você quer? - que mal educado.

- Sua casa é muito bonita, Zayn. Mas estou triste... está fazendo uma festa e não me convidou? Que consideração viu. - me escoro na parede e sorrio colocando a língua entre os dentes. Ele fica por uns segundos em silêncio e logo depois solta um suspiro.

- O que você está fazendo aqui?

- Conversar e ver você, mas acho que já está ocupado agora.

- Em que lugar da casa você está?

- Hum... - olho ao meu redor. Não podia falar que estava no corredor do seu quarto - Jardim.

- Então sobe pro meu quarto, vou ficar te esperando no quarto. - desliga a ligação. Olho para o Simon.

- Ele me chamou pro quarto dele.

- Ótimo, agora eu vou ter que esperar você e ele gozar. - rio e me levanto.

- Para, eu não vou transar. Desce lá pra baixo e fica de olho, qualquer coisa me liga. Já volto. - Saio de trás da planta vendo a menina que tinha entrado com ele no quarto passar por mim, dou um sorrisinho e vou até ele que me esperava escorado na porta - E aí. - ele se vira para mim.

- Não vem com E aí, o que você tá fazendo aqui, Julie? - pega meu braço e me puxa para dentro do quarto, tranca a porta - Eu sei que não veio aqui para me ver coisa nenhuma. O que você está tramando? - me viro olhando seu quarto e vou até sua cama me sentando na mesma.

- Eu sei, vim aqui pra conversar também. - olho ele - Não estou tramando nada.

- Não confio em você e não viria aqui pra me ver porque você não é do tipo que corre atrás. - se aproxima de mim ficando em minha frente - Temos um problema em comum, Julie e eu sei que podemos trabalhar juntos nisso. O que acha? É melhor nós dois trabalhando juntos com a garota em nossas mãos do que nós dois em pé de guerra. Porque eu não vou hesitar em machucar você para alcançar o que quero e sei que você também vai fazer a mesma coisa.

- Era isso que eu ia falar com você, tá vendo? Temos muito em comum. - observo ele e me escoro em sua cama - Mas pra trabalhar juntos temos que entrar em alguns acordos. E como você sabe que eu não viria aqui correndo atrás de você?

- Vamos negociar. -Aproxima nossos rostos - Você pode ter qualquer um aos seus pés e não precisa correr atrás de ninguém. Eu sei dos meus talentos, mas também sei que você não é do tipo que corre atrás. A não ser que esteja querendo algo em troca. - ele se aproxima mais me deitando na cama. Mordo meus lábios.

- Você está sabendo muito sobre mim, acho que vou ter que cortar sua língua. - empurro ele para o lado fazendo ele deitar e vou para cima do mesmo me ajeitando em seu colo - Vamos para os negócios agora... - coloco minha mão por dentro de sua camisa e passo minha unha pelo seu abdômen. Olho para ele que me observava e passava a língua entre os lábios.

- Vamos. Quais são suas exigências?

- Minha primeira exigência é que não minta para mim, se quiser me trapacear ou algo assim, pode ser arrepender disso. - levanto sua camisa e começo a distribuir beijos pelo seu peitoral.

- Então seja sincera comigo também.

- Com certeza. - subo os beijos para seu pescoço. - A segunda é um pouco mais séria, não sei que você vai concordar.

- E o que seria? - sinto suas mãos segurarem minha cintura e apertar com força. Paro os beijos e olho para ele com nossos rostos bem próximos um do outro.

- Eu sei que quer vingança com o Charles... Mas não podemos matar ele.

- E eu não quero matar ele, mas ele quer me matar. - me olha - Por que tá falando pra eu não matar ele, sendo que ele também quer matar você? - afasta meu cabelo do meu ombro e distribui beijos molhados pelo local.

- E por que ele quer te matar? - me arrepio sentidos seus beijos -Ele não quer exatamente me matar, mas só dá uma lição em mim. Mas acho que você devia fazer isso. - mordo o lóbulo de sua orelha.

- Eu fiz coisas pra ele que não vem ao caso agora. Mas não me arrependo de nada. - ele solta um gemido baixo - Vamos logo com isso, por favor! - implora e o olho, rio baixo.

- Ah Zayn... eu não vim aqui pra transar com você. As coisas não são como você deseja. - saio de cima dele e o mesmo me olha com a sobrancelha erguida.

- Como quiser, tenho gente disposta a fazer isso. - se levanta da cama - Então temos um acordo?

- Estamos sim. - me aproximo dele - Tem gente disposta mas quem você mais quer sou eu, mas não vai poder ter. - dou um selinho rápido nele - Até a próxima! - vou até a porta abrindo a mesma e saio do seu quarto. Arrumo meu cabelo e minha roupa enquanto ando até o andar de baixo indo encontrar o Simon.

- Oi! Vamos. - saio de lá com ele e vamos até minha moto.

- Já gozaram? Que rápido. - rio.

- Já falei que não ia transar com ele, mas quase transamos...

- Eca. - ele diz e rio mais uma vez. Quem dera se eu tivesse mesmo transado com ele, mas não podia ser tão fácil assim, eu estava gostando do jeito que ele me desejava, era diverto esse joguinho.

A filha do inimigo | z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora