Cap. 47 - MAGNUS

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CATLÉYA NARRANDO...

Saio em busca do meu irmão. Mas não consigo encontrá-lo em parte alguma. Entro em uma sala após a outra. Este lugar parece um grande labirinto tecnológico. Acho que estou perdida, as paredes e corredores são todos iguais.

Pra minha sorte, encontro um banheiro no meio do caminho. Bem a tempo, pois estou quase fazendo xixi na roupa. Assim que saio para fora, vejo mais soldados passando pelo corredor. Volto para minha busca, então vejo Gabriel atropelando todos que estavam em seu caminho. Agora eu conseguia ver suas belíssimas asas em ação. Eram enormes, douradas, grandiosas. Ele estava voando apressado, olhando para o chão como se seguisse algo.

- Mas que droga. - Começo a andar depressa ao notar o quê ele estava seguindo, mas já era tarde demais.

Aranhas azuis vinham com rapidez em minha direção e no meio do corredor, entre um setor e outro elas me alcançam e saltam pra cima de mim.

Grito desesperada tentando me livrar delas, que subiam pelo meu corpo.

- Te achei. - Gabriel fala com um sorrisinho de satisfação no rosto.

Ele segura firme em meu braço, e aperta o botão de um aparelho que estava na mão dele. Fazendo com que as aranhas levassem um tipo de choque e caíssem mortas no chão, e um cheiro de coisa tostada sobe até minhas narinas.

Ele desce a mão até meu pulso e arranca minha pulseira de invisibilidade, assim me revelando.

- Que droga, Gabriel. Porquê fez isso? - Falo toda esbaforida pelo susto com as benditas aranhas.

- Porquê você fugiu?

- Porque não aguento mais ficar aqui. Eu te disse que quero ir embora. Me solta.

- O quê? Mas por qual motivo? Você e o bebê têm tudo que precisa bem aqui. Tem a mim.

- Não, Gabriel. Não tenho. Você ficou louco? Por acaso você é um escravo do Magnus? Ou ele te prometeu alguma coisa, hein? Me diz. Riquezas? Mulheres? Um exército? ME RESPONDE, GABRIEL. - Falo gritando com ele.

Ele apenas dá uma risada debochada, fechando suas asas. Enquanto os aliens ao redor fazem uma careta estranha, como se eu tivesse falado algo errado.

- Pare de me chamar por esse nome. Eu não sou o Gabriel, aquele seu irmão terrestre.

Arregalo os olhos perplexa.

- Meu nome é MAGNUS.

- O QUÊ? - Fico paralisada por alguns segundos, processando o que acabo de descobrir.

- Todo esse império, eu construí pensando em você, Katy. E agora que eu finalmente te encontrei, vai reinar isso tudo, comigo. Seja por bem, ou por mal.

- AH, QUERIDO, MAS NEM MORTA!! - Dou-lhe uma mordida na mão que me segurava e saio correndo.

Sei que não adiantaria de nada. Mas lembrei das palavras daquela senhorinha sobre não deixar ele dominar minha mente. Eu achando que era do meu irmão que ela falava, sendo que na verdade é de um completo estranho, e ainda por cima alienígena lunático. O quê será que ele é? Será que é como a Estrela, que toma forma de alguém que ela toca? Não, não. Sendo assim ele teria que ter se encontrado com meu irmão.

- Katheryne. Não adianta correr, eu vou sempre estar um passo a frente de você, minha irmã.

- Sai fora. Você não é meu irmão. E quem é Katheryne? Eu hein? Pirou na batatinha?

Ele pára em minha frente, e o vento de suas asas fazem meus cabelos esvoaçarem em meu rosto.

- Katy, deixe de teimosia. - Ele aproxima sua mão da minha cabeça. - Logo vai ficar tudo bem.

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