Cap. 23 - Festa Perigosa (Parte 1)

22.4K 2.3K 694
                                    

"Não importa onde eu esteja, o importante é eu estar com você."

  Reed



***

CATLÉYA NARRANDO...

Conversando com o ETsão sobre o progresso em fazer contato com o planeta do Reed, noto que ainda estava de toalha, poderia estar semelhante à um vestido, mas ainda era uma toalha. Me retiro, e um pouco mais disposta, caminho até o quarto de Anny, onde minhas coisas estavam. Visto uma roupa confortável, e vou até a área dar boa noite pro meu bebê.

- Reed? - Me sento junto à ele, que já se preparava pra ir dormir.

- Oi mãe. Já está melhor? - Ele pergunta passando levemente a ponta dos dedos em meu cabelo, tomando cuidado para que suas garras não me machuquem.

- Estou sim, meu querido. - Digo acariciando seu rosto que agora estava à poucos centímetros do meu.

- Fico muito feliz. - Ele sorri, mas logo dá um suspiro e se deita no cantinho onde passaria a noite. - Sabe mãe Cat, às vezes eu imagino que meus pais de verdade não me querem mais. Estou perdido já faz um tempo e até agora ninguém veio me procurar. Ninguém, mãe.

Eu via em seus olhos que ele sentia falta de seu planeta natal, ainda mais agora que está crescido e confuso. Ele não estava se adaptando por aqui. O lugar ficando cada dia menor, a comida inapropriada pra ele, e além de tudo, ele sentia falta de outros da sua espécie.

- Meu amore, não fique assim. Vai dar tudo certo, tenha paciência. Tenho certeza de que o Dante está fazendo de tudo pra contactar seu planeta. - Digo tentando o consolar, o embrulhando com um cobertor que mal cobria seu corpo.

- A verdade é que não importa onde eu esteja, o importante é eu estar com você, mãe. - Reed fala fechando os olhos logo em seguida e dormindo.

Meu coração dói ao ouvir isso. Saber que ele vai embora mais cedo ou mais tarde. Saber que nunca mais iria vê-lo, me doía.

Quase todos já se encontravam dormindo, e já era minha hora também. Pé por pé, entro no quarto da Anny e me deito no chão.

Porém, após alguns instantes, sinto um leve cutucão no braço.

- Cat, estás acordada?

- Estou, Anny. O que foi?

- Quero que venhas comigo na festa do Scot. Por favor, necessito ir vê-lo.

- Mas seus pais te proibiram.

- Eu sei, mas não importa. Irei mesmo assim. Vens ou não?

Sei que é errado, mas eu não poderia deixar ela ir sozinha. Uma moça como ela seria fácil de se meter em apuros.

- Ah, me deixa só vestir algo melhor. - Falo pegando uma calça e uma blusinha. - Não vamos demorar muito, tá? Tem certeza de que só seus amigos vão estar nessa festa?

- Tenho sim. Obrigada, obrigada, obrigada, Cat. - Ela fala dando pulinhos e me abraçando. - Só vamos tomar cuidado para não acordar ninguém, principalmente o meu irmão, ele não entenderia.

Me visto rapidamente, saímos tentando fazer o mínimo barulho possível, ela pega uma chave que estava em cima do armário da cozinha, e seguimos até a garagem. Ela pega uma das motos, toda prateada como aquelas de filmes futurísticos, rodas grandes, retrovisor pequeno, painel brilhante.

A porta da garagem faz um ruído estridente, mas mesmo assim saímos. Pegamos apenas um óculos que serve de capacete. Após alguns metros de distância da casa, Anny liga a moto, que é bem silenciosa. Nos ajeitamos e ela pede pra eu me segurar, coloco o óculos e automaticamente ele faz um invólucro na minha cabeça, formando assim um capacete como qualquer outro, do tamanho exato, porém translúcido.

Mil Estrelas por Você Where stories live. Discover now