Cap. 2 - Olhar Exótico

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Música: Pequena Eva - Roupa Nova 🎶

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Acabo dando um chute na perna do ETsão

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Acabo dando um chute na perna do ETsão. Mas acabo ficando com medo do que meu ato irresponsável poderia causar. E se ele ficar com raiva e querer me matar? Afinal, eu não valho nada para ele.

- Desculpe por ter te chutado. É que você me deixou nervosa. Não sei quanto à você, mas eu tenho meus motivos para estar roubando.

- Hum... Talvez em uma outra ocasião me contes. E quanto ao chute? Não foi nada. És uma humana muito fraca. - Me sinto ofendida com suas palavras. Mas ao ver ele falar, passando a mão em seus cabelos negros com seu olhar hipnotizante, me fez esquecer e paralizar por alguns segundos. Seu sorriso com dentes perfeitamente brancos e alinhados é a coisa mais linda que já vi na vida.

- Olha... Você deve estar com fome, não é? Venha, vamos comer algo, pois eu também estou. - Ele diz me levando até sua cozinha. Puxa, a nave dele realmente é enorme, já tinha contado umas três salas.

Não recuso seu convite, pois estou morrendo de fome. Meu estômago ronca alto, pois não consegui uma gota de leite das benditas vacas, e meu único pedaço de pão que tinha achado pra comer, perdi por aí. E além do mais, confesso que fiquei curiosa em saber que tipo de comida esse alien come.

Ele não tem nada de pele verde, anteninhas, tentáculos ou coisas do tipo, como nós sempre imaginamos. Ele parece um ser humano normal, a não ser pelos olhos, que são diferentes porque mudam de cor uma vez ou outra.

Pra um ET, ele é muito bonito, muito mesmo. Pra se ter uma ideia, ele é tipo os 10 homens mais lindos do mundo fusionados em um só, depois multiplica essa beleza por mil. Pronto, esse é o Dante. Talvez eu tenha exagerado um pouquinho, mas que ele é lindo, ele é.

Ele abre um pequeno compartimento, semelhante a uma geladeira, e retira algumas coisas de dentro, colocando tudo em cima da mesa e me explica o que é cada prato. Opto por algo que seja familiar, como algumas frutas. Frutas essas um tanto quanto estranhas, por exemplo uma maçã de coloração azul, bananas cor-de-rosa, morangos roxos e umas uvas verdes brilhantes como vagalumes. Frutas tão lindas que dava até dó de comer, e ao mesmo tempo pareciam algo extremamente radioativo. Havia uma garrafa prateada contendo água também. Que ótimo, pelo menos de sede eu não morreria.

- Só mais uma coisa. - Ele fala segurando uma cápsula vermelha, do tamanho de um comprimido, e me entregando. - Tome isto.

- O que é isso? É veneno? Você quer me matar? - Pergunto pegando aquilo.

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- E por que raios eu iria lhe matar? Você vai me valer bem mais se eu lhe vender em um leilão no planeta mais próximo

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- E por que raios eu iria lhe matar? Você vai me valer bem mais se eu lhe vender em um leilão no planeta mais próximo. - Digo e ela me fuzila com os olhos.

- Se vai me vender, pra que está me dando isso? - Ela fala me encarando com olhar furioso.

- Essa é a cápsula da linguagem universal. A substância contida nela se adere às suas células cerebrais, onde poderá entender e falar qualquer idioma do universo. - Explico.

- Sério? Que legal! Porquê não existe uma dessas no meu planeta? Teria me dado bem nas aulas de inglês e espanhol. - Ela toma com um pouco de água. - E por que você entende o que eu falo, ETsão?

Eu não gostei de ser chamado por esse nome, mas mesmo assim respondi-lhe à altura.

- Porquê em minha nave existe um tradutor interno. Se você sair lá pra fora, não entenderia mais nenhuma palavra minha. Humana minúscula.

- Ah, bom. Hey, não me chame assim, eu tenho nome e 1,58 de altura, tá? Rhum... - Ela fala cruzando os braços.

- Ah... Mil perdões, dona gigante. Por favor, não me esmagues com toda a sua grandeza. - Digo caçoando da criatura pequena.

- Chega de conversa. Posso comer? Já que vai me vender, tenho que estar bem apresentável, não? - Ela fala pegando algumas frutas. - Tem alguma masmorra pra eu ficar e dormir?

- Uma o quê? - Questiono sem entender direito e ela sorri mordendo a maçã.

- Um quarto, dormitório, aposentos, casinha do cachorro, sei lá como vocês dizem por aqui.

- Ah sim. Um quarto. Não costumo receber visitas, mas podes ficar no meu, por enquanto. É por aqui. - Conduzo a coisinha irritante pelo corredor e abro a porta para ela. - Pronto. Podes ficar aí, só não toques em nada.

- Obrigada, ETsão. Ops... Quer dizer, DANTE. - Ela fala com deboche, me mostrando a língua. Juro que não entendi o que tal gesto significava.

- Só mais uma coisa. Ali tem um banheiro e se quiseres tomar um banho, sinta-se à vontade. Você precisa pois está fedendo e não quero sentir seu cheiro insuportável em minha cama. - Digo fechando a porta, deixando-a sozinha.

Eu menti. Ela possui um cheiro estranhamente doce, mesmo misturado ao dos animais. Havia dito aquilo apenas para provocá-la, pois gosto de vê-la irritadiça. Imagina só que cabeça a minha, ceder meu quarto, minha cama para uma fêmea desconhecida. Devo estar ficando louco.

Li em algum lugar que os humanos não possuem os sentidos apurados como os de nossa espécie. Como por exemplo, nós possuímos a habilidade de enxergar no escuro e eles não, e nossa espécie é mais forte fisicamente também.

Preciso encontrar aquele manual que fala sobre a raça humana. Onde será que deixei? Preciso saber mais dessa espécie, principalmente na parte em que se fala das fêmeas. Quero entender melhor cada detalhe sobre ela, Catléya.


 Quero entender melhor cada detalhe sobre ela, Catléya

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Um Abração e Até o Próximo Capítulo... 💜

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