Cap. 46 - Planos Desplanejados

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CATLÉYA NARRANDO...

Estou com um sensação muito estranha em relação ao comportamento de Gabriel, e minha intuição não falha. Ele está me escondendo alguma coisa muito grave, eu sinto. Será que ele e esse Magnus são sócios? Essa é a única explicação. Porquê ele possui todo esse poder em relação aos outros?

Eu preciso saber, isso está me corroendo por dentro. Como sair? Ainda não sei, pois o lugar todo está cercado por câmeras. Só por um milagre eu conseguiria fugir daqui.

Ouço um estrondo vindo de algum lugar distante. Parece que alguma coisa explodiu. Uma sirene ao fundo começa a soar, como aquelas de fuga de prisão. Olho pela janela pra ver se consigo enxergar alguma coisa, mas vejo apenas escuridão, areia e corais gigantes. No céu estrelado, vejo um brilho diferente que se aproxima sorrateiramente. Pelo visto é uma nave, pois noto ela se aproximar cada vez mais rápido, creio que ela está tentando aterrisar, mas os corais estão atrapalhando. Será que é o Dante?

Tento disfarçar pra câmera não notar que estou eufórica com a probabilidade de ser o meu ETsão. Que saudade do meu Dante, de todos, pra falar a verdade. Vontade de ir pra casa, vontade de ter uma gravidez normal e sem preocupações o tempo todo. Estou surtando a cada minuto, hora, ou dia que se passa. Nem sei mais quanto tempo já se passou durante toda essa situação. Parece um pesadelo que não tem mais fim. Estou parada no tempo e enlouquecendo aqui.

Estou preocupadíssima com meu bebê que não pára de crescer, nem sei se ele está bem ou não. Nunca vi uma gravidez passar assim tão rapidamente, nem em filmes de ficção científica. Não tô aproveitando nada.

...

Após alguns instantes, depois de tanto pensar e uma preocupação descomunal dentro deste quarto/cela, vejo a porta se abrindo e adentrando aquela senhorinha baixinha e verde, que posso dizer se tratar de uma green men fêmea.

- Olá, senhorita. - Ela diz me cumprimentando.

- Olá, está tudo bem? O quê houve? - Questiono estranhando a visita inesperada.

- Por favor, senhorita, não tenho muito tempo. Preciso lhe dizer algo antes que eles descubram que falei com você.

Fico aflita ao perceber o olhar de preocupação dela.

- Me escute, aquele que diz ser seu irmão não é quem você pensa que é.

- Oi? Como assim? O Gabriel? - Questiono confusa e ela assenti com a cabeça.

- Ele a está enganando. - Ela diz pegando em minhas mãos, me entregando sorrateiramente um cartão prateado, um pequeno potinho, e uma espécie de pulseira translúcida, de uma forma que a câmera não consiga perceber. - Pegue, isto é a chave para todas as portas e este aparelho deixará você invisível aos olhos dos soldados, é só apertar o botão rosa. Dentro deste potinho tem vários pequenos explosivos, é só colocar em algo que queira explodir e apertar o botão amarelo até uma luz branca acender, depois você terá dez segundos pra sair. - Ela me diz tudo isso como se eu fosse salvar a humanidade. - Sei que estas coisas irão ser mais úteis pra você do que pra mim. Quanto antes descobrir a verdade, mais de nós você conseguirá salvar. Ele não vai parar, e só você poderá detê-lo. É só não deixar ele entrar na sua mente.

- Espera, calma. É muita informação. Como assim? Eu não consigo nem me salvar, como eu poderia salvar vocês? E o Gabriel? Porquê? Ele não é só mais um soldado desse tal de Magnus? Que aliás, eu ainda nem sei quem é.

Ouvimos um falatório alto do lado de fora.

- Essa é a questão senhorita. Tudo isto que está acontecendo e o motivo de você estar em cárcere aqui neste lugar é porquê o seu irmão é... - Antes dela terminar a frase, dois soldados de preto entram, dando-lhe um tiro de tranquilizante e arrastando-a para fora.

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