Mil Estrelas por Você

Cap. 11 - Um Mal Entendido

Música: Give Your Heart a Break - Demi Lovato 🎶

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Sinto a nave pousar, o ETsão havia me mandado ficar aqui dentro do quarto. O que será que está acontecendo? Ouço algumas vozes ao longe, mas porque tanta demora?

Estou sentada na cama, na companhia de Reed, que dormia profundamente. Esse dragãozinho dorme bastante. Estou arrumando minhas coisas, quando repentinamente, a porta é aberta e uma garota muito bonita entra no quarto.

- Quem é você? - Ela questiona me encarando.

- Oi, sou a Catléya.

- O que estás fazendo aqui? És a companheira de meu irmão? Nossa, você é linda. De onde é? Qual sua idade?

A garota faz uma pergunta atrás da outra. Ela é dona de longos cabelos negros e ondulados, corpo escultural como o de uma sereia, olhos lindamente azuis, como os de Dante. Logo presumi que é a irmã dele, pois suas feições são parecidas.

- Calma... Uma coisa de cada vez. - Rimos juntas. - Pergunte pro Dante, ele irá te responder melhor.

Afinal, nem sei qual é a relação que eu e o ETsão temos. Pra falar a verdade, acho que eu sou só uma pedra no sapato dele, que logo será chutada pra bem longe.

- E o que é isto no chão? É um bebê? Vocês já têm um bebê?

- Não, não. Ele é um filhote de dragão. Estava sendo maltratado e eu o salvei, com a ajuda do seu irmão.

- Awnmm! Além de bonita, és protetora também. Espere aqui um momento, voltarei logo.

A garota fala eufórica. Ela parece ser bem mais divertida do que o bruto do irmão. Suspiro, imaginando o que sua família vai pensar. Se é que o ETsão irá me apresentar pra algum conhecido seu. Talvez ele sinta vergonha, por eu ser uma humana. Mas pelo menos eu acho que a irmã dele gostou de mim.

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- MÃE, PAI. DANTE ARRANJOU UMA COMPANHEIRA, LINDA. E AINDA POR CIMA ELES TÊM UM BEBÊ.

- O QUÊ? - Meus pais questionam confusos e assustados me encarando.

- Não é nada disto. Estás louca, minha irmã? É uma longa história e explicarei à vocês com calma.

- É bom mesmo, filho. - Meu pai fala sério, cruzando os braços.

- Mas onde se encontra esta jovem, meu filho? Quem é ela? E por qual motivo ela está com você? - Minha mãe começa a me encher de perguntas.

- Seu nome é Catléya, e eu gostei muito dela. Fez uma ótima escolha pra companheira, irmão. - Anny Lee tagarela sem parar.

- Companheira, Dante? - Meu pai fala com surpresa. - E eu jurava à mim mesmo que não chegaria à lhe ver com uma companheira. Mas acho que me enganei, finalmente teremos mais descendentes.

- Não, não e não. Ela não é minha companheira, e por dois motivos.
Primeiro, ela não é izlojiniana, e sim terráquea. E mesmo que ela fosse daqui, não daria certo, pois somos muito diferentes. Segundo, eu tenho prioridades em outras coisas, como minha reputação e fortuna, que não vão se criar sozinhas. - Invento a desculpa mais esfarrapada que poderia inventar na vida.

- Reputação, Dante? O amor vem em primeiro lugar, e uma boa reputação você já tem.

- Mas eu preciso de mais. Muito mais. E quem disse que eu gosto daquela criatura? Ela é apenas uma mercadoria que venderei logo, e não quero mais falar sobre esse assunto. - Minto de todas as formas tentando convencê-los e convencer à mim mesmo também.

- O quê? Mas porquê? Eu gostei tanto dela. - Minha irmã fala emburrada.

- Ora, traga essa moça para conhecermos. Vou preparar um jantar pra todos. - Minha mãe diz com um sorriso estranho, daqueles de quem irá aprontar alguma coisa.

Balanço a cabeça positivamente e espero eles entrarem em casa. Vou de encontro com a pequena humana que está me deixando completamente louco. Ultimamente nada do que eu ando fazendo está sendo uma boa idéia.

Sigo rapidamente até o quarto em minha nave, Catléya se encontra sentada na cama, com o filhote nos braços.

- Oi, ETsão. Conheci sua irmã, ela é um doce de pessoa, diferente de você. - Ela me olha com desprezo.

- Pegue suas bugigangas e venha. Vamos até a casa de meus pais.

- Hummm... Você mora com os pais? - Ela começa a rir. - Desculpe, mas achei que fosse um homem de reputação e independente. E que tinha uma casa só sua.

- Eu sou independente. Não tenho uma casa, porque não arranjei uma companheira ainda, e ajudo meus pais. Eu passo a maioria de meus dias enfurnado em minha nave do que aqui com minha família. E eu não lhe devo explicações sobre minha vida. Nem sei porque estou contando isso à você.

- Ai... Que bonitinho, ele ajuda a família. - Ela aperta minha bochecha como se eu fosse um bebê. - Eu acho isso muito fofo de sua parte.

- Pare de dizer bobagens e venha logo. Não diga nada, não faça nada, fique quieta e não toque em nada. Nem diga à eles sobre o que aconteceu com a gente naquela noite na cidade, entendeu? - Digo segurando em seu pulso, e à trazendo pra perto de mim.

- Ain... Tá bem. Não precisa ser tão bruto assim comigo. - Ela diz se afastando. - Vou levar o Reed. Pode levar minha mochila, senhor Dante?

Pego sua bolsa, e caminhamos devagar passando pelo jardim. Noto que ela havia ficado encantada com as flores. Chegamos na porta de casa, e logo entramos.

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Um Abração a Todos e Até o Próximo Capítulo... 💜